"Exercícios de graduação no seminário teológico soviético"
Entre
31 de janeiro e 4 de fevereiro de 1945, decorreu em Moscovo oConselho
local da Igreja Ortodoxa Russa(IOR), o mais representativo desde 1918. Os
documentos divulgados pela secreta ucraniana SBU mostram que 100% dos delegados
eram agentes do NKGB, escolhidos e aprovados pelas autoridades comunistas
soviéticas.
O
Congresso de 1945 tinha criado de jure o Patriarcado de Moscovo, adotou o nome
oficial de “Igreja Ortodoxa Russa”, escolheu o novo patriarca e aprovou uma
série de documentos, contando com apoio total das autoridades soviéticas e sob
ordens pessoais do Estaline.
O
interesse do Estaline em IOR explica-se pelo desejo do ditador soviético de
exercer o controlo total sobre as igrejas e a religião, colocando em cada
igreja os agentes e informadores do NKGB-MGB, que espionavam e vigiavam os padres
e os paroquianos.
Ainda
em 5 de junho de 1943, Estaline assinou uma deliberação secreta do Comité de
Defesa do Estado “Sobre aprovação de medidas para melhorar o trabalho das
agências de inteligência da URSS no exterior”, na qual as organizações
religiosas foram, pela primeira vez, classificadas como objetos de interesse
dos órgãos de inteligência da URSS no estrangeiro [Knyshevsky P. N.; As
origens da espionagem total // Segurança do Estado e Democracia. — 1993. — № 2.
— p. 45].
No
centro de Kyiv, na avenida Khreschatyk, em frente do mercado municipal Bessarabsky,
recentemente foi instalada uma mão azul, que imediatamente suscitou nos ucranianos
as reações bastante antagónicas de amor & ódio.
A
mão que perturbou a paz mental dos puristas do realismo socialista é uma obra
de arte contemporânea que se chama “Middle way” (2014) da autoria do jovem escultor romeno
Bogdan Raţă (34). A
escultura foi instalada em Kyiv no âmbito do projeto “Moving monuments”
(Monumentos em movimento) pela iniciativa da embaixada da Roménia na Ucrânia.
Informação sobre a instalação em inglês e ucraniano
Bogdan Raţă em Cascais (Portugal)
A instalação “Middle way” é temporal, por isso todos os haters podem ficar mais tranquilos, colocando um creminho fresquinho nos seus orifícios anuais.
Baia Mare, Roménia
Cascais, Portugal
Liverpool, GB
Porto, Portugal
“Middle
way” simboliza a paz e a comunicação. Aparentemente, por isso, se decidiu
abandonar a cor vermelha, optando pela cor azul. O vermelho não é nada pacífico,
escreve o blogueiro ucraniano Emil Salmanov.
Após
a divulgação da informação do SBU sobre a participação do Denis Pushilin naeliminaçãodo
anterior líder de separatistas de Donetsk, o atual chefe interino da dita “dnr”
agiu sem perder o tempo. Um dos grupos separatistas rivais perdeu a liderança e
o congresso dos comunistas locais foi alvo de um ataque bombista.
Pavel Gubarev - Died Moroz, Ucrânia em paz, década de 2010
Primeiro,
neste sábado, na cidade de Donetsk decorreu o congresso do assim chamado “partido
Donbas Livre”, criado e liderado pelo clã Gubarev. Pavel
Gubarev (1983) é um dos líderes separatistas da primeira leva, na Ucrânia era
um pequeno empresário do ramo de eventos, ganhava dinheiro organizando e participando
nas festinhas de crianças, se disfarçando de Died
Moroz (Pai Natal/Papai Noel). Na juventude pertenceu ao grupo neonazi
russo “Unidade Nacional Russa” (RNE), que participou, nas fileiras
separatistas, na guerra russo-ucraniana sob o nome do “Exército Ortodoxo Russo”.
Jovem Pavel Gubarev era filiado no grupo neonazi russo “Unidade Nacional Russa” (RNE)
Na
sequência do atentado e do acidente de viação, Pavel foi confinado à uma vida
caseira, enquanto a sua esposa Ekaterina (que separatistas chegaram à nomear de
“ministra dos negócios estrangeiros da dnr”), dirigia o partido e cerca de sete órgãos de comunicação social online, pertencenes ao clã e todas de inspiração separatista.
Ekaterina Gubareva, é uma alma artística
Neste
sábado, 29 de setembro, Ekaterina foi levada à força para uma “conversinha” com
as pessoas próximas do Pushilin, em que foi informada do seguinte (segundo as
suas próprias palavras após a libertação): “Donbas Livre” deixa de pertencer e ser
liderado pelo clã Gubarev, a própria Ekaterina, o seu 1º número na lista das
próximas “eleições”, é excluída e nem sequer constará na nova lista do grupo. As sete páginas online, pertencentes ao clã, também foram tomadas de assalto e
eventualmente mudarão de proprietários.
"Na lista eu era número um; agora nem sequer estou na lista")
Os
apoiantes russos do clã Gubarev, escrevem, indignados, que Denis Pushilin está
criar em Donetsk uma espécie da Coreia do Norte. Parece que só hoje é que
repararam que matar os ucranianos e mesmo os seus próprios comparsas, torturar os
cidadãos nas masmorras do “mgb dnr” faz mal à saúde. Os comunistas e nazis(tas)
sempre estão convencidos de que as repressões, espancamentos e cadeias são
ótimas. Até que chegue a sua vez, e o “amado líder” de amanha se torne “inimigo
do povo” de hoje.
Como
escreve o blogueiro ucraniano Denis Kazansky: “o mundo russo é assim mesmo, mas
pelo menos podem ficar felizes, que não estão na Europa”)
Os separatistas de Donetsk queimam os comunistas locais...
Nomesmodia, emDonetskdecorriao“congresso”do“partidocomunistadadnr” (após a morte do Zakharchenko os
separatistas se preparam para assim chamadas “eleições”, marcadas para o dia 10 de novembro de 2018). No local do “congresso”, ocorreu um atentado bombista de
baixa intensidade, três pessoas foram feridas sem muita gravidade, entre eles,
o candidato dos comunistas ao posto do líder da “dnr”, tártaro étnico Igor Hakimzianov
(o “ministro da defesa da dnr” em abril-maio de 2014). Possivelmente, a baixa
intensidade da explosão foi escolhida propositadamente, apenas para passar o recado
aos comunistas locais, para que estes não se esquecem quem é que manda no
pedaço.
Comunista Igor Hakimzianov, o “ministro da defesa da dnr” em abril-maio de 2014
É
de notar, que segundo a “legislação” dos separatistas, este sábado é último dia
para apresentação oficial de documentos dos “partidos” da dita “dnr”, que
desejam participar no “processo eleitoral”. Por isso as ações do poder são perfeitamente compreensíveis. Quem apresentar os documentos em sintonia com
Pushilin, fará parte do novo poder da dita “dnr”. Quem não conseguir os participar,
será definitivamente marginalizado. Na “dnr” não existe nenhum mecanismo de
reclamar os seus direitos preteridos. Mais uma vez: “o mundo russo é assim
mesmo, mas pelo menos podem ficar felizes, que não estão na Ucrânia, nem na Europa”)
Comunista Igor Hakimzianov, o “ministro da defesa da dnr” em abril-maio de 2014
Os
próprios comunistas, por acaso, não têm dúvidas: “é uma tentativa de atrapalhar nossa
participação nas eleições, nos deparamos constantemente com problemas na arrecadação
de documentos”.
Como
já escreveu, por diversas vezes, o nosso blogue no passado, só podemos desejar
aos líderes separatistas a sabedoria de decidir a sua entrega atempada ao SBU e
à justiça ucraniana. Os que não possuem a sangue ucraniana nas mãos, podem
almejar as penas mínimas ou mesmo suspensas, os que cometeram os crimes de
sangue serão condenados às penas até 15-20 anos de prisão efetiva. Por bom
comportamento poderão sair após cumprir ⅔ das mesmas. É sempre uma mais-valia,
comparada com a morte inglória, numa sarjeta qualquer, que a região de Donbas possui
tantas...
Bónus
Como
escreve o mesmo blogueiro Denis Kazansky, a assim chamada «comissão central eleitoral da dnr» foi encabeçada pela Olga Pozdniakova– cidadã russa que
antes da guerra russo-ucraniana era deputada municipal do partido governamental
russo “Rússia Unida” na cidade de Shakhty da região russa de Rostov.
A cidadã russa Olga Pozdniakova, a chefe da «comissão central eleitoral da dnr»
Pelos
vistos as futuras “eleições” não foram confiadas aos separatistas locais, um
processo demasiadamente sério.
«A guerra civil na
Ucrânia» é
quando as «vontadeseleitorais dos habitantes de Donbass» são garantidas
pelos cidadãos russos. Que
possivelmente, simplesmente se perderam naquela região.
A
secreta ucraniana SBU divulgou a gravação efetuada em junho de 2018, em que o
assessor, ex-responsável pela segurança do atual chefe dos separatistas de
Donetsk, está discutir, usando a linguagem ligeiramente codificada, a
liquidação física do líder da dita “dnr” Aleksandr
Zakharchenko, ação realmente registada em 31 de agosto de 2018.
1: Denis Pushilin e 2: Alexander Lavrentyev na Donbas | Imagem: SBU
O
atual líder da dita “dnr” se chama Denis Pushilin (1981), é
um dos separatistas da primeira leva, pertencente à sua ala “não militar”. É
conhecido sobretudo por fazer a carreira e ganhar dinheiro como representante
em Donetsk, da famosa pirâmide financeira russa, MMM, que usando o
“esquema ponzi”, se apropriou de poupanças pessoais de entre 5 à 40 milhões de
pessoas (na sua grande maioria cidadãos russos), que perderam cerca de 10
bilhões de dólares. Até a morte do Zakharchenko, Pushilin ocupava a posição do
chefe do “Conselho popular da dnr”, posto meramente protocolar, representando os
separatistas nas negociações em Minsk.
1: Denis Pushilin e 2: Alexander Lavrentyev na Donbas | Imagem: SBU
Até
que em 12 de junho de 2018, às 16h50, na cidade turca de Antália, no
restaurante «Yuvam», decorreu uma conversa entre o assessor oficial do Pushilin
– cidadão do Cazaquistão Alexander Lavrentyev (1983) e dois desconhecidos, um
dos quais falava língua russa com um sotaque ucraniano. É de notar que a carreira do
Lavrentyev entre os separatistas de Donetsk começou em 2014, quando ele se ocupou pela segurança pessoal do Pushilin. Quando a fase mais
quente dos combates na linha da frente terminou no fim de 2014 – início de
2015, ele se tornou o assessor oficial do Pushilin, nas estruturas do “conselho
popular”:
A
conversa entre Lavrentyev e dois desconhecidos (muito possivelmente gravada e entregue à Ucrânia pela secreta turca) durou cerca de quatro horas, SBUdivulgou apenas pequenos trechos reveladores,
que demonstram a preparação do “golpe palaciano” por parte do Pushilin e da sua
decisão do afastamento do Zakharchenko o mais tardar até o setembro de 2018, e fora
do “processo eleitoral”.
Lavrentyev
explica aos seus interlocutores (um dos quais se chama Victor) que com o
aparecimento do novo chefe interino da “república popular”, o “problema do
Zakharchenko” será resolvido definitivamente, informa SBU.
O terrorista russo Igor Girkin confirma que a voz e maneira de falar parecem autênticos,
além disso confirma que, pelo menos até junho de 2018, Lavrentyev era assessor do Pushilin
É
de notar que o terrorista e cidadão russo, Igor “Strelkov” Girkin, que em 2014
desempenhava as funções do “ministro da defesa da dnr”, já confirmou, através
dos seus contactos a autenticidade da gravação. Pessoas de Donetsk, que conhecem
bem o assessor do Pushilin, confidenciaram ao Girkin que não apenas a sua voz,
mas mesmo a fraseologia usada, coincidem com o padrão habitualmente usado pelo Alexander Lavrentyev.
Blogueiro: é preciso recordar que na Europa se aproxima o inverno de 2019. O sistema de gasodutos
da Ucrânia, muito provavelmente, irá transportar entre o mínimo de 15 ao máximo
de 50-70 biliões de m³ de gás natural “russo” (parcialmente russo e em parte vindo
da Ásia Central pós-soviética). O gasoduto TurkStream está cada vez mais e mais
morto, principalmente na sua vertente de trânsito à Europa Ocidental. O gasoduto
Nord Stream-2 é um projeto cada vez mais arriscado, que poderá, à qualquer
momento, ser abandonado pelos seus parceiros ocidentais. Os EUA e todos os outros
produtores estão avançar na questão do gás de xisto e dos terminais de LNG.
Áreas, onde a federação russa, não está na vanguarda tecnológica...
A
estatal russa Gazprom, não se pode dar ao luxo de perder os seus consumidores habituais
na Europa, a questão de manutenção de clientes é uma questão de sua
sobrevivência financeira. Dado que neste momento a empresa está numa situação económica
muito complicada, gastando os recursos e gerando as dívidas.
Os
separatistas da “lnr-dnr” desde sempre foram usados, pela federação russa, como
um dos elementos da pressão socioeconómica sobre Ucrânia. Mas seguramente todas
as “torres do Kremlin” estavam plenamente cientes de que Zakharchenko, com as
suas exacerbações periódicas de “tomar Berlim e Londres”, nunca seria aceite
pela Ucrânia como um interlocutor minimamente válido. Alias, quer Zakharchenko,
quer qualquer outro separatista da ala militar, que tenha a sangue ucraniana
nas suas mãos...
Tendo
em conta todos estes elementos, é possível pressupor que Denis Pushilin não foi
o mandante final da liquidação do Zakharchenko. A probabilidade de que este foi
morto por ordem de Moscovo, desde início a hipótese mais provável e lógica,
agora apenas recebeu a confirmação adicional técnica.
Como
já escreveu, por diversas vezes, o nosso blogue no passado, só podemos desejar
aos líderes separatistas a sabedoria de decidir a sua entrega atempada ao SBU e
à justiça ucraniana. Os que não possuem a sangue ucraniana nas mãos, podem
almejar as penas mínimas ou mesmo suspensas, os que cometeram os crimes de
sangue serão condenados às penas até 15-20 anos de prisão efetiva. Por bom
comportamento poderão sair após cumprir ⅔ das mesmas. É sempre uma mais-valia,
comparando com a morte inglória, numa sarjeta qualquer, que a região de Donbas possui muitas...
Na
Internet foram publicadas as fotos da jovem e encantadora lituana Simona Daumantienė (31),
a oficial do Departamento da Proteção de Liderança (Vadovybės apsaugos
departamento – VAD), a guarda-costas da presidente da Lituânia Dalią Grybauskaitę.
Simona
sempre quis ligar a sua vida aos desportos, ela era uma ciclista profissional
e, em 2014, tornou-se treinadora, começando a trabalhar num dos clubes desportivos
da capital lituana – cidade de Vílnius.
A
oficial conta que sente o mesmo enquanto protege qualquer pessoa, mas é uma
grande honra para ela proteger a chefe de Estado, escreve a publicação lituana 15min.lt
“Um erro aqui pode custar-lhe a vida. A nossa tarefa é evitar esse erro com os
nossos olhos, você deve ser invisível, mas ver tudo”, diz a guarda-costas.
Fotos: VidmantoBalkūno & 15min
E
como bónus um pequeno texto que talvez explica para que Dalią Grybauskaitę precisa
de uma guarda-costas assim ;)
Grybauskaitę
acusou o Conselho de Segurança da ONU da incapacidade de resistir à agressão
As
instituições internacionais, em particular o Conselho de Segurança da ONU, não
foram capazes de responder adequadamente a novos desafios e atos de agressão.
Isto
foi afirmado pelo Presidente da República da Lituânia Dalią Grybauskaitę,
falando esta quinta-feira [28/09/2018] na 73ª Assembleia Geral da ONU.
“Quase
em todas as grandes crises da última década – da Síria à Ucrânia, de Mianmar ao
Iémen – Conselho de Segurança da ONU não foi capaz de desempenhar um papel
importante”, – disse a presidente lituana.
Organizações
criadas para destruir armas de destruição em massa, são “desarmados perante os
ditadores que desenvolvem armas nucleares e usam armas químicas contra civis”,
continuou ela.
Presidente
da Lituânia lembrou que, a fim de prevenir a repetição de guerra foram estabelecidos
instituições multilaterais, para que eles possam manter a independência
política e integridade territorial, mas quando o mundo está confrontado com uma
crise como essa, estas instituições não têm sido capazes de agir e permaneceram
os espectadores impotentes.
“Eu
gostaria de acreditar que nossas instituições multilaterais, incluindo a ONU,
são fortes o suficiente para resistir à agressão e desrespeito pelo direito
internacional”, – disse ela, acrescentando que às vezes a realidade é bem
diferente.
A
presidente observou que o mundo se tornou mais frágil, as instituições estão
sendo destruídos, ao invés de proteger [o mundo] da força e da turbulência
económica – reporta a TV dos tártaros da Crimeia ATR.