segunda-feira, janeiro 08, 2018

Irão antes da chegada dos ayatollah em 1979 (20 fotos)

Irão, onde em janeiro de 2018 decorreram os protestos em massa nem sempre era uma ditadura teocrática que tenta controlar todos os aspetos da vida humana: desde as roupas dos cidadãos até suas amizades nas redes sociais. Geralmente os cidadãos iranianos protestam apenas atrás das portas fechadas (organizando as festas ou ouvindo a música ocidental), por vezes eles saem às ruas.

Olhando para Irão atual, com pessoas vestidas de forma horrorosa em roupas medievais sombrias e com terríveis execuções de dissidentes, é quase impossível acreditar que menos de 40 anos a vida no Irão era completamente diferente, sem os ayatollah e da sua “revolução islâmica” de 1979, quando o poder do país caiu nas mãos de fundamentalistas.

02. As estudantes da Universidade de Teerão, década de 1970. As moças usam roupas e cabelos completamente ocidentais, país não conhece as proibições de uso de roupas ou de comportamentos.

03. Mais uma foto dos estudantes da Universidade de Teerão, os jovens iranianos parecem com os seus pares da Europa Ocidental.

04. A banda de rock local, década de 1970. Antes de 1979 no Irão funcionavam alguns bons estúdios musicais, completamente proibidos após 1979.

05. Mais uma banda musical. Após a sua vitória, os fundamentalistas começaram aprender e queimar os discos de música “não islâmica” e cartazes das bandas iranianas, para apagar, por completo, a memória da vida passada.

06. O quarteto feminino iraniano, início da década de 1970.

07. O pop iraniano com alguns elementos do rock-n-roll e música étnica:

08. Revista iraniana de moda, publicada antes de 1979.

09. Mais uma revista de moda:

10. Mais Irão e mais revistas de moda.

11. As modelos iranianos pousam junto aos monumentos culturais nacionais.

12. Mais modelos, uma verdadeira beleza oriental:

13. Vitrina de uma loja de roupa de moda em Teerão:

14. A juventude iraniana: as roupas e cabelos são iguais aos jovens ocidentais da década de 1970.

15. Diversos cidadãos mais comuns nas ruas de Teerão, década de 1970 (a publicidade da companhia aérea americana Pan Am no topo do edifício no fundo da foto).

16. As moças, na entrada, do que parece, um centro comercial ou edifício de escritórios.

17. O mais provável a foto da década de 1960:

18. Mãe e filho na loja de roupa, Teerão, década de 1970.

19. Passeio no rio. Antes de 1979 as mulheres iranianas possuiam diversos direitos (como passear sozinhas), que foram lhes retirados pelos ayatollah.

20. Arquitetura urbana das décadas de 1960-1970. Edifícios ao estilo internacional, conhecido como Bauhaus (nome da escola do design alemão, existente entre 1919 e 1933). Parecido com alguma rua no Brasil ou Ucrânia (menos o autocarro “britânico” de dois andares no fundo da foto).

21. O paradigma da vida no Irão atual. As conclusões podem ser tiradas pelos nossos queridos leitores...

Fotos: GettyImages | Internet | Texto Maxim Mirovich

5 comentários:

Anónimo disse...

Foram eles mesmos que SE permitiram isso, essa dominação. Agora pagam o preço da ignorância e imbecilidade. Sorry!

meciento disse...

como o islamismo transforma pessoas livres em escravos de alla......coisas bonitas em coisas muito feias....

Unknown disse...

Fico imaginando o que aconteceu à essas pessoas quando os ayatottah começaram a mudar tudo! Isso não faz muito tempo, afinal essas pessoas, se vivas estiverem, na média devem estar com uns 70 a 80 anos! Devem ter protestado, muitos foram mortos! Hoje os filhos dessa geração não devem ter permissão para guardar fotos,músicas ou lembranças! Muito triste! Imigrei para o Canadá em 1993, conheci Iranianos, pessoas boas que fugiam do regime de seu País! Sempre lembro uma senhora preocupada com o filho que ficara no Irã! Só agora entendo a dor que devem ter sentido! Sinto muito!

Anónimo disse...

setembro em jiraz , não lembro o nome bem certo, é um filme bem legal que mostra como ficou a situação lá com a ascensão dos aitolás...

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

O fundamentalismo é um perigo quer seja islâmico, cristão ou de qualquer outra religião.