quarta-feira, setembro 05, 2018

A queda do rial iraniano. As lições ao real e ao rublo

O câmbio do rial iraniano (IRR) caiu quase até 150.000 riais por 1 dólar americano. Em maio de 2018 um dólar ainda valia 60.000. O mercado cambial iraniano reage às sanções americanas e à fuga dos investidores estrangeiros. É o preço à pagar pelas três guerras que o regime iraniano mantém no exterior, usando a guarda revolucionária e os proxies xiitas.

A queda ainda não é igual a da Venezuela, mas a tendência é a mesma. A economia do país produtor do petróleo não está aguentar as ambições políticas das suas elites reinantes.    

No país vizinho, o Banco Central russo já informou que as taxas diretoras aumentarão e as intervenções cambiais serão reduzidas. As razões dos problemas russos são as mesmas – as guerras na Ucrânia e na Síria em que Putin entrou sem perspectivas claras, além de uma política interna bastante insana. O atual aumento draconiano de impostos e a aumento da idade de reformas são a última reserva. Em resultado, a base tributária russa será mais reduzida, a produção industrial está próxima do coma, o aumento dos impostos e das taxas darão cada vez menos receita. Não há milagres na economia.

São lições muito úteis ao Brasil, se o país não eleger Bolsonaro (e de preferência ainda no 1º turno), infelizmente será o próximo ponto da desgraça...

FSB vs grupo de “maça ilegal”

A Direcção do Rosselkhoznadzor (organismo estatal russo, que zela pela qualidade dos produtos agrícolas) da região russa de Sverdlovsk, com apoio operacional do departamento regional de FSB, realizou uma operação especial, em que apreendeu e destruiu 77 (setenta e sete) kg de maçãs, escreve a página russa Znak.com
As maçãs foram apreendidas num dos armazéns de vegetais em Ecaterimburgo. O nome do armazém não é divulgado, uma vez que esta é uma informação operativa do FSB. Rosselkhoznadzor explicou que “durante a ação em um dos armazéns foi achada a produção proibida à importação à federação russa – seis caixas de maçãs frescas de origem desconhecida”.

As maçãs foram retiradas da venda e levadas, de urgência, à uma distância de 70 quilómetros da cidade e destruídos: primeiro foram esmagadas por uma escavadora frontal, depois pisadas por suas rodas e por fim, cobertos de terra:
Note-se que essa operação especial foi realizada extritamente de acordo com o decreto do presidente russo de 29 de julho de 2015 № 391: “Sobre as certas medidas económicas especiais, aplicadas para garantir a segurança da federação russa” e do Decreto do governo russo de 31 de julho de 2015 № 774 “Sobre aprovação das regras da destruição de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos incluídos na lista de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos, originários dos Estados Unidos, da União Europeia, Canada, Austrália, Noruega, Ucrânia, Albânia, Montenegro, Islândia e Principado do Liechtenstein”.

As normas russas foram introduzidas em resposta às sanções internacionais dos EUA, da UE e de alguns outros países, em resposta da comunidade internacional pela ocupação e anexação russa da península ucraniana da Crimeia em 2014.

1 comentário:

francisco júnior disse...

Pensava que o real brasileiro era desvalorizado mais tem moedas piores rsrsrsrs.