Na
noite de 1 à 2 de setembro a aviação desconhecida (possivelmente israelita)
bombardeou o aeroporto militar al-Mezzeh nos subúrbios de Damasco e a base
militar em al-Kaswa na província de Damasco. Os bombardeamentos visavam as forças
xiitas iranianas, cujas baixas, em dois locais, totalizaram cerca de 100
pessoas.
Em
resultado do bombardeamento do aeroporto foi destruído armazém de munição e
armamento, operado pelas guardas revolucionárias iranianas e pelas forças
irregulares xiitas, se fala em mais de 70 militantes mortos. A versão oficial
síria, divulgada pela agência SANA foi um bocado previsível: “não houve
agressão israelita no aeroporto de al-Mezzeh e a explosão ouvida em Damasco se
deu devido à explosão no depósito de munição perto de aeroporto, que foi
causada pelo curto-circuito”.
No
entanto, as fotos mostram uso dos sistemas da defesa aérea síria. Possivelmente
dentro de alguns poderá surgir a versão de que “apesar de que a explosão se
deveu ao curto-circuito, a heróica defesa aérea da Síria abateu x aviões israelitas
e y Tomohawk americanos”. Pelo menos não se deve ficar espantado se/quando isso
acontecer.
Outro
ponto atingido pela aviação desconhecida foi a base militar na cidade de
al-Kaswa, também usada pelos iranianos, as baixas totalizaram cerca de 35 militantes.
Como
escreve o blogueiro militarista russo el-murid, aparecem os
sinais de abrandamento ou mesmo de cancelamento do assalto militar sírio (forças
iranianas, sírias e russas), contra Idlib. O grupo al-Kuds e uma parte dos mercenários
iranianos se retiraram da zona e voltaram ao deserto. Possivelmente a Turquia e
os EUA em conjunto (apesar da retórica pública devido às disputas comerciais) conseguiram
obrigar Damasco à recuar na sua decisão de solução militar do problema de Idlib.
A situação em Idlib nos finais de agosto de 2018 |
Também
surgem as informações não confirmadas sobre os curtos-circuitos em alguns outros
locais militares sírios, em que foram mortos e feridos altos quadros iranianos
e sírios. Alegadamente, um dos feridos é irmão do Bashar al-Assad – Maher.
Blogueiro:
os leitores assíduos do sputnik gostam de citar este ou aquele general iraniano
que sistematicamente promete “aniquilar” Israel ou até “dar lição” aos EUA. No
entanto, quando as coisas chegam às vias de facto, sempre surge o mesmo
discurso: “foi um curto-circuto totalmente inesperado; estávamos cansados e momentaneamente
despreparados; na próxima provocação é que certamente os vamos aniquilar de
uma forma muito decisivamente firme”)
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