O cartaz finlandês da época de Talvisota, 1940 |
Praticamente todos os
ucranianos acima de 40 anos estudaram na escola soviética. Lá, desde a primária, foi-lhes colocada na cabeça uma fórmula até hoje absolutamente
justa, perfeita e auto-suficiente. Um axioma. Uma operação, finita, como um roteiro
de computador: –
“Morte aos invasores ....-os/-is/-es”.
por:
Volodymyr
Boyko, Ucrânia (uma opinião no âmbito de liberdade de expressão)
Nesta
fórmula, não existe nenhuma gota de emoção, nenhum grama de ódio. Simplesmente
assim deve ser executada a função: “aos invasores = a morte”, apenas e só isso.
Que ocupantes – da Babilónia, da Mesopotâmia, do Cretinistão, do Marte – não
importa. Se és “ocupante”, então é a “morte” e mais nada. E enquanto este ou
aquele povo possui o status de “ocupante”, essa função é executada
automaticamente e sem quaisquer condições adicionais. “Antidesportivo”, “antiético”,
“inculto”, “discurso de ódio”, “incitamento ao ódio”, “cínico” e várias outras anotações
semelhantes estão fora deste roteiro.
Pertencem
à uma outra vida. O status “ocupante” não possui estados, atributos ou
propriedades adicionais. Simplesmente a “morte”
e depois todo o resto. Primeiro e rapidamente a “morte”, e depois falaremos
sobre ética... Mas morte sempre vem em primeiro. E até que eles mudem o seu status
do invasor para qualquer outro, não poderá existir qualquer outro
relacionamento. É como um vírus, um vírus pesado e mortal que ocupa células do
seu corpo, não lhe causando nenhum desejo, exceto um – matá-lo imediatamente.
Você não está atormentado por dúvidas morais e éticas sobre o vírus. Você não
sente aversão pessoal à ele e não comunique com o vírus numa linguagem de ódio.
Você simplesmente mata aquilo que o pretende matar.
Nem
sei como explicar tudo isso aos nossos queridos fazedores da opinião e outros “peritos”.
É tão fácil. É justo e moralmente certo. Se alguém invadiu a sua casa contra a
sua vontade, ele é um ocupante e a morte é imediata. O ocupante não é uma
pessoa, não é um cantor famoso, não é um ator, não é um cientista, não é um
atleta, não é um poeta, nem é um escritor. Ele é um vírus, que primeiro leva a morte,
e depois uma longa discussão sobre como aconteceu que, um homem de outrora, de
repente se tornou um vírus.
Blogueiro: esperamos francamente que este texto não
será censurado no Facebook, como já aconteceu com alguns outros textos do nosso
bloque, escritos sempre em defesa da Ucrânia. Esperemos que a opinião objetiva e
desapaixonada de um ucraniano não será entendida como violação de nenhuma das regras do FB, até porque “ocupante” não possui a nacionalidade ou origem étnica.
Simplesmente é um ocupante, malfeitor, criatura fora de lei e que merece exatamente aquilo
que artigo advoga)
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