sexta-feira, maio 31, 2013

As paragens únicas da Ucrânia


A página ucraniana Myreport.com.ua, publica 70 fotos das “pequenas formas arquitetônicas”, ou simplesmente paragens dos autocarros, ao longo das rodovias ucranianas.

Muitos delas foram construídas ainda no antigo regime, algumas são parecidas com a obra de algum cubista do interior, outras são o exemplo ideal da propaganda das ideias comunistas. Infelizmente, muitos destes murais com mosaicos e afrescos estão em declínio, por isso vale a pena preservar digitalmente aquilo que ainda sobrou.

Hoje apresentamos uma coleção de fotografias, da autoria de diversas pessoas, que em vez de simplesmente passar pelos locais, tiraram uma foto para a posteridade.

Paradoxalmente ou não, mas a velha Europa também se interessa pelas paragens ucranianas. O viajante Christoph Brumme escreve no seu blogue sobre as paragens da Ucrânia: “A arte de mosaico abrange na Ucrânia muitas escolas e tendências estilísticas – expressionista e naturalista, arte social e arte pop. Cada obra de arte é única, a produção de cópias é o destino das culturas Ocidentais… Agora, o meu objetivo de vida: quero garantir que cem paragens mais belas de autocarro da Ucrânia e da Rússia sejam tomadas sob a proteção da UNESCO”.

No dia 10 de maio corrente uma reportagem sobre as paragens ucranianas foi publicada na revista alemã, Frankfurter Allgemeine Zeitung, e pode ser vista no blogue da comunidade Zupynka.

terça-feira, maio 28, 2013

Separados durante 60 anos se reúnem na Ucrânia



Foto@ Sergii Kharchenko/Demotix/Corbis
É um caso de amor que pode se tornar um dos mais longos da história - e com um dos começos menos auspiciosos, tendo surgido em um campo de concentração na Áustria mais de 70 anos atrás.

por: Oksana Grytsenko, “Guardian”

Foi lá que Luigi Pedutto conheceu Mokryna Yurzuk. Ele era um prisioneiro de guerra italiano e ela uma trabalhadora forçada ucraniana com uma filha pequena, nascida em um campo nazi perto de Sankt Pölten, uma cidade da Áustria. Yurzuk levava comida a Pedutto, e ele lhe fazia roupas e chapéus para retribuir. Os dois se apaixonaram, mas quando o campo foi libertado, em 1945, Yurzuk foi repatriada para a Ucrânia (soviética) e Pedutto não conseguiu autorização para acompanhá-la.

Passaram-se décadas. Pedutto trabalhava em finanças na Itália, e Yurzuk era agricultora em uma fazenda coletiva (kolkhoze). Ambos se casaram e tiveram filhos, mas jamais esqueceram o amor vivido na guerra.
Foto@Sergei Supinsky/AFP, Luigi Pedutto em Kyiv
Por fim, foram reunidos em 2004, graças a um programa de TV. Agora, o casal tem uma estátua na capital ucraniana, Kyiv, em um parque perto da chamada “ponte dos namorados”, um destino popular para as pessoas que desejam declarar seu amor.

Depois da inauguração do monumento, Pedutto não conseguiu conter as lágrimas. “Quando eu tinha nove anos, meu professor disse que eu devia me lembrar de que um dia, cedo ou tarde, seria compensado por todos os sofrimentos que eu passasse na vida”. Enquanto ele falava, os presentes o cumprimentavam e mulheres lhe pediam beijos, para lhes dar sorte no amor.

Yurzuk tem a saúde frágil demais para que pudesse viajar a Kyiv, mas seus parentes que participaram do evento disseram que ela estava feliz por seu amor se tornar símbolo para outros casais. Halyna Yemeliyanova, neta de Yurzuk, disse que sua avó lhe havia contado sua história de amor muitas vezes, mas que jamais havia sonhado reencontrar seu namorado italiano.

Não era possível para Pedutto viajar à União Soviética, na época em que o país estava isolado pela cortina de ferro, mas ele guardou uma foto de Yurzuk e um pequeno medalhão com uma mecha de seus cabelos. Por fim, decidiu agir e escreveu ao "Wait for Me", um programa internacional de TV que promove o reencontro de pessoas há muito separadas. Funcionou. “Eu a procurei por 62 anos, e enfim a encontrei”, disse Pedutto.

Yurzuk visitou Pedutto na Itália e recebeu o título de cidadã honorária da cidade dele, Castel San Lorenzo, na região de Salerno. Mas não aceitou a proposta de casamento que ele fez, apesar de ambos estarem viúvos. “Quando eu a pedi em casamento, ela riu”, contou Pedutto.

Por isso, ele a está cortejando. Pedutto leva azeite de oliva caseiro e queijo parmesão a Yurzuk, para que ela faça espaguete. Também a ajuda em suas tarefas, como fazia todos aqueles anos atrás na Áustria.

Ele é loquaz e romântico, e ela é reservada e sóbria. Conversam em uma estranha mistura de ucraniano, italiano e russo, mas em geral se entendem sem palavras. Yurzuk espera nova visita de Pedutto em agosto, quando os dois planeiam ir juntos a Kyiv para ver o monumento que imortaliza seu amor.

Pedutto ainda não perdeu a esperança de convencê-la a aceitar seu pedido, diz Maria Shevchenko, a produtora ucraniana de “Wait for Me”, que acompanha a história do casal há anos.

E desse casal se pode esperar tudo”, ela disse, rindo.

Original em inglês:

Tradução em português:

sábado, maio 25, 2013

O “porco-ovelha” homenageado na Ucrânia


Mangalitsa é uma raça de porcos, originária principalmente da Hungria e dos Balcãs. Pertence a raças de porcos europeus não melhoradas (tal como o porco negro ibérico e o porco alentejano) que são descendentes diretos das populações de javalis selvagens.

O nome da raça também é grafado como Mangulica, Mangaliza, Mangalica em húngaro, Mangaliţa em romeno, Mangalitza ou Wollschwein em alemão, em inglês é conhecida como “sheep-pig”.

Na Hungria a raça é protegida pela Lei na qualidade de animal endógeno. Na Ucrânia Mangalitsa é uma novidade. Um dos empresários que apostou na criação da raça foi o farmeiro Volodymyr Homyak de Transcarpátia, que importou os seus porcos da Áustria.       

Dos porcos “normais” a Mangalitsa difere pela sua pelugem encaracolada, caráter calmo e carne mais gorda e mais saborosa. A raça não necessita de muitos cuidados com alimentação e facilmente suporta os frios de Inverno. Os porcos comem quase tudo, incluindo aquilo que acharem na natureza, embora os donos os alimentam com batata e abobora, legumes que corrigem e melhoram o sabor da sua carne. Com o cuidado mínimo, os porcos Mangalitsa podem chegar aos 400 kg de peso, escreve a página especializada Mangalicahru
foto@foursquare.com
Na aldeia ucraniana de Botar, situada na Transcarpátia e famosa pelo seu museu e festival de Lekvár, recentemente foi construído o monumento em homenagem ao porco Mangalitsa.

quarta-feira, maio 22, 2013

Fascismo estatuído na Ucrânia

foto@ Vladislav Sodel

O espantalho do “fascismo” ultimamente é largamente usado na Ucrânia para justificar o injustificável e encobrir os diversos comportamentos condenáveis e até criminosos da atual elite reinante ucraniana.

No entanto, se o fascismo existe no país, este fascismo provêm e é fomentado pelo Partido das Regiões, que usa a sua liga juvenil, chamada de “Jovens Regiões”, como verdadeira “tropa de assalto”, ao estilo do 3º Reich…

Vejamos o comício “antifascista” da juventude regionalista em Kyiv, no último dia 18 de maio de 2013

No vídeo podemos ver como os marginais afetos ao Partido das Regiões atacam a jornalista do 5º canal da TV ucraniana, Olha Snisarchuk, e o fotógrafo do jornal Kommersant, Vladislav Sodel.

O agressor da jornalista, Vadym Tytushko (20), conhecido no mundo marginal como “Romeno”, nega a sua ação, alegando que a jornalista “caiu sozinha”.   

Por enquanto, o agressor foi detido pela polícia, mas a sua ação já foi qualificada pela polícia ucraniana como “holiganismo”, artigo do Código Penal da Ucrânia que pode resultar numa pena de prisão efetiva entre 4 à 5 anos. No entanto, inicialmente, este caso criminal foi aberto ao abrigo do artigo 125º, 1ª parte, “ferimentos leves intencionais” e artigo 171º “obstrução do trabalho dos jornalistas”.

Recordaremos que no último dia 18 de maio em Kyiv, os desconhecidos, trajados de fatos de treino (a “uniforme” habitual da marginalidade pós-soviética), atacaram os jornalistas Olha Snisarchuk e Vladislav Sodel, agredindo os com a gravidade severa. A polícia de segurança pública, presente no local, não defendeu os jornalistas, nem usou os registos fotográficos e de vídeo para prender os agressores.

Foram os próprios jornalistas que conseguiram identificar o principal agressor, morador da cidade de Bila Tserkva, Vadym “Romeno” Tytushko, que nega a sua ação nestes termos:
Vadym Titushko, foto@Vladislav Sodel/Facebook.com

Sou acusado de espancar a mulher jornalista […] Isso não aconteceu, eu vos garanto. Uma mulher estava de pé, abanava o telefone na minha frente, filmava e eu sou pessoa não pública, eu não gosto quando me filmam […] Eu essa menina, tipo… não a bati de todo. Eu só a empurrei com a mão, de modo que não houvesse movimentos desnecessários, não houve nenhum espancamento, nem o seu, nem do seu camarada. Eu, pessoalmente, propriamente vi como esta jovem simplesmente tropeçou e caiu. Nós, com os rapazes corremos, a rodeamos, para que ela não seja espezinhada pela massa das pessoas […] Eu não tenho a educação para bater numa mulher, se eu a bater pelo menos uma vez, tipo, como deve ser – os rapazes me entendem […] ela no mínimo teria uma nódoa negra. Por que ela não tem?”, cita as declarações do jovem marginal a edição Telekritika.ua

p.s.
O tribunal libertou Vadym Tutushko da detenção sob a fiança no valor de 23.000 UAH (2.800 USD)...

segunda-feira, maio 20, 2013

Ucrânia elege a Miss África 2013



No concurso Miss África Ucrânia 2013 que recentemente decorreu em Kharkiv, participaram 12 beldades africanas oriundas de Angola, Etiópia, Congo, Gana, Namíbia, Nigéria, Tunísia, Zâmbia e Zimbabwe.

Na sua maioria as jovens são estudantes e estudam nas diversas universidades ucranianas, nas cidades de Sumy, Donetsk, Lviv, Ternopil, Dnipropetrovsk, Luhansk, Kharkiv, Vinnytsya, Zaporizhia, Odesa, Kyiv e região de Crimeia.
Isabel Chikoti foto@Facebook da vencedora

A vencedora do concurso foi a representante da Zâmbia, Isabel Chikoti (Bela), que estuda na Universidade Estatal de Sumy na Faculdade da Economia e Gestão. O título da primeira-vice miss foi arrebatado pela Yolanda Jonás, estudante de Kyiv, em representação de Zimbabwe. O certame foi apoiado pelo projeto de média Diaspora.

Ver fotos:

sexta-feira, maio 17, 2013

“Regresso”: a história de um povo

No dia 17 de maio na Ucrânia terá a estreia pública o filme Haytarma (Regresso), dedicado à tragédia dos tártaros da Crimeia, que em 18 de maio de 1944 foram deportados em massa para Ásia Central. Era uma forma de punição coletiva, às ordens do Estaline e da liderança soviética, que resultou na morte de cerca de 46,3% dos deportados, causada pelas doenças e desnutrição. O evento é conhecido na língua tártara da Crimeia como Sürgün (Exílio).

No centro da história está o piloto-aviador soviético, Amet-khan Sultan (duas vezes herói da União Soviética, com 30 vitórias sobre Luftwaffe). Em maio de 1944, após a libertação de Sebastopol dos nazis, ele visita a sua cidade natal, Alupka, onde no dia 18 de maio testemunha a deportação dos tártaros da Crimeia.

Nas filmagens de multidões deportadas participaram mais de mil pessoas de toda a Crimeia, várias delas sobreviveram a tragédia na sua meninice ou juventude. O filme conta com atores ucranianos conhecidos, casos de Oleksii Horbunov, Yurii Tsurilo, Andrii Samanin, Oleksii Trytenko, Dmytro Surzhikov. O realizador é Akhtem Seytabla, ele também faz papel do Amet-khan Sultan.

O orçamento da película é de 1,5 milhões de dólares, assegurados pelo estúdio de produção do canal da televisão dos tártaros da Crimeia, ATR. A estreia do filme será nas vésperas do 69º aniversário da deportação do povo tártaro da Crimeia. O dia 18 de maio é solenemente recordado na Crimeia como o Dia das vítimas da deportação.


Ver o trecho do filme no YouTube:

quarta-feira, maio 15, 2013

Ucrânia no final do Eurovisão 2013


A cantora ucraniana Zlata Ognevich (Inna L. Bordyuh), passou para final do festival Eurovisão de 2013 com a sua canção “Gravity”. O final do concurso será disputado na cidade sueca de Malmö. 

terça-feira, maio 14, 2013

Yuri Pleskun: brilho do estilo gopnik

Ucraniano radicado nos EUA, Yuri Pleskun, é um dos modelos masculinos mais requisitados de momento. Conhecido pelo seu estilo gopnik, paradoxalmente, ele é muito parecido com uma menina-moça, qualidade extremamente apreciada pela atual indústria de moda.

Yuri não gosta de falar de si, por isso a sua biografia possui imensas incógnitas. Sabe-se que ele nasceu no dia 14 de maio na Ucrânia. Nos EUA sua família se afixou em Nova Iorque, no bairro de Bronx. Aqui, um belo dia Yuri foi abordado por uma “escuteira” meio-bêbada de alguma agência de modelos que perguntou se ele gostaria de trabalhar como modelo. Yuri respondeu: “Tanto faz”, mas acedeu ao convite. Estávamos em 2008, no início da sua grande carreira.

Na agência gostaram do seu look eslavo, aprofundando e explorando a imagem expressiva e malandra do Yuri, conhecido pela alcunha de “Bronx”. Como um bom malandro, Yuri tem duas tatuagens importantes: “Lena”, o nome da sua irmã e palavra “shine” (brilho), que pelos vistos tem uma carga simbólica para ele.

O seu primeiro trabalho profissional se deu em 2008, publicidade para Re:Quest. Ele caiu no gosto do fotógrafo David Armstong que o fotografou para a revista AnOther Man.

Yuri tem 1.88 de altura, pesa 65 kg, possui os cabelos loiros e, dizem os entendidos, que uns lábios extremamente sensuais. Este “pacote” permite que em 2009 ele se torna a cara do Topman. No mesmo 2009 Yuri faz seções para as revistas i-D e 10 Men, se torna a capa do Vogue Hommes japonês.
Yuri Pleskun com look feminino...
A sua carreira profissional começa a descolar, o mundo da moda descobre uma nova estrela. A junção de pernas fininhas e olhar eu-te-parto-a-cara não é de deitar fora!

Em julho de 2009 Yuri visita Paris, onde desfila para Paul Smith e Rick Owens. Além da sua imagem paradoxalmente dual, Yuri Pleskun é um ótimo ator. Ele consegue fundir-se numa coisa só com qualquer tipo de roupa, mostrando uma larga gama das emoções apenas com as suas expressões faciais. Os fotógrafos de moda consideram Yuri como modelo masculino possuindo uma das mímicas mais expressivas e dizem que trabalhar com ele é um verdadeiro prazer.

Em setembro de 2009 ele desfila em Nova Iorque para Marc by Marc Jacobs, Zero Maria Cornejo e Patrik Ervell. Criador Marc Jacobs adora o estilo do jovem ucraniano e este se torna a cara da campanha publicitária de outono da marca/grife Marc by Marc Jacobs. No mesmo outono Yuri participa na seção fotográfica para revista Self Service.

Em janeiro de 2010 Yuri Pleskun é fotografado para revista V, depois viaja à Paris, onde desfila para Rick Owens e Paul Smith. Em fevereiro volta a Nova Iorque e desfila para rag & bone, Duckie Brown, Generra e Rad Hourani.

Em março de 2010 é publicada uma entrevista sua, onde Yuri conta, à contragosto, a sua biografia e diz que até podia lavar as janelas nos arranha-céus. O modelo que recebe os cachés desde 100.000 dólares diz que não tem nenhum criador preferido e que “o preferido é aquele que paga e que quando maior o cheque é melhor!

Yuri experimenta também o look feminino, na seção para revista Love ele calça os sapatos de salto alto, usa as unhas postiças e peruca arredondada. Em abril de 2010 modelo ucraniano faz seção fotográfica para catálogo Urban Outfitters e revista Interview; em maio aparece nas revistas Metal e Vogue Men chinês; em junho em Vogue italiano.
Em setembro de 2010 seguem as revistas Dazed & Confused e i-D; em dezembro – Teen Vogue. No fim do mesmo ano Yuri assina o contrato com a marca/grife Balenciaga e em 2011 se torna a sua cara oficial.

O seu hobby são os carrinhos de controlo remoto, Yuri possui uma coleção considerável deles, desde os modelos desportivos (e caros) até os brinquedos bastante baratos.

Hoje Yuri Pleskun é conhecido mundialmente, ele ocupa a 9ª posição entre os Top-50 dos modelos masculinos na versão da página models.com. O seu corpo frágil e a face do mau rapaz do Bronx criam uma mistura surpreendente que os criadores da moda e os editores das revistas de moda adoram e vão continuar a adorar à explorar.


Yuri Pleskun com o seu melhor amigo, também modelo Cole Mohr:

Página próxima ao Yuri: http://fuckyeahyuripleskun.tumblr.com

Yuri Pleskun na primeira pessoa:

1 Confortável
Eu visto as calças jeans confortáveis ​​e T-shirt simples, sem imagens e sapatilhas durante todo o ano. É legal olhar para o estilo de outras pessoas e ver coisas diferentes, mas eu não me conseguia imaginar adotando o estilo de outra pessoa, porque não serei eu.

2 Look como no vídeo de rap
Os meus amigos se vestem como se eles fossem do Bronx. Eles usam os tênis ocasionais Prada, os óculos de Gucci, você sabe como é. Basta olhar para um vídeo de rap, e você vai ver exatamente como eles se parecem.

3 Uma mochila leve
Eu gasto o meu dinheiro, na maior parte de vezes, com os meus amigos. Na verdade, estou planeando uma viagem para todos nós. Eu quero ir, talvez para uma ilha, em algum lugar fora da América porque os meus amigos nunca deixaram Nova Iorque... Eu só estou levando os calções para nadar. Isso é tudo que você realmente precisa.

4 Mostrar alguma pele
Eu gosto de garotas que vestem nada. Absolutamente nada! [risos] Eu gosto de salto alto, saias curtas, qualquer coisa que mostra um pouco de clivagem. Qualquer coisa que mostra a pele, eu gosto.

Fonte: forums.thefashionspot.com

domingo, maio 12, 2013

“O Taxista”: Taxi Driver brasileiro


Quem, alguma vez na vida, ao entrar num táxi, não acabou “usando” o motorista como psicólogo? Ou pelo menos como ouvinte?

O filme, onde podemos ver o realizador Guto Pasko no papel do ator, não percam!

A verdade é que a maioria dos motoristas de táxi parece ter um “dom” para ouvir problemas e desabafos de estranhos. Alguns têm até um “quê” de terapeuta, pois além de ouvir, sempre têm algum conselho para dar ao passageiro aflito.

Assim é o personagem principal do Casos e Causos deste domingo (12). Em uma noite de trabalho qualquer, o nosso motorista de táxi faz três corridas, com três passageiros diferentes, mas que acabam têm as histórias cruzadas, num final surpreendente.

O episódio “O Taxista” é uma produção GP7 Cinema e RPCTV, com roteiro de Rafael Monteiro e direção de Andréia Kaláboa. No elenco estão Enéas Lour, Kelly Eshima, Daniel Siwek e Guto Pasko.

A atração vai ao ar neste domingo, logo depois do seriado Revenge, na Revista RPC! Não perca! 

Veja a chamada que está no ar no link abaixo:

sábado, maio 11, 2013

Sinais maçônicos da moeda ucraniana


Os adeptos das teorias de conspiração apreciam “o ramo” maçônico das mesmas. Hoje falaremos sobre os símbolos maçônicos que os curiosos detetaram na atual moeda ucraniana, Hryvnia.

Muita gente sabe sobre a existência do símbolo chamado Olho da Providência nos dólares norte-americanos. Menos conhecida a simbologia maçônica da moeda ucraniana. Na face da nota de 500 UAH aparece o retrato do filósofo ucraniano Hryhorii Skovoroda tido como fundador da maçonaria ucraniana.

Na parte revertida aparece a imagem do edifício da Academia Kyiv-Mohyla, ao seu lado está presente o Olho da Providência. Dizem que Academia (fundada em 1661, mas inativa entre 1817 e 1991) era a casa-mãe do movimento maçônico ucraniano.

Em algumas moedas metálicas aparecem os símbolos classificados como lírios. Uns vêm os lírios como o símbolo do Priorado de Sião, outros dizem que o mesmo era usado pelos puritanos nos EUA para marcar o gado e os escravos, escreve Triângulo Ucraniano.

O que é certo, que toda essa história merece a citação do grande Les Podervyansky, peça teatral “Hamleto”:

Fantasma: “Veja, meu filho, são judeus-mações! Tu os fod@ com pau no fígado, depois me informas. O que não está claro?

FIM.

quarta-feira, maio 08, 2013

Segunda Guerra Mundial – a conta pessoal


Será que irá ser tapada pelas comemorações falsas e de fachada, que reinam atualmente na Ucrânia no dia 9 de maio?

por: Vasyl Ilnytskiy, cidade de Uzhhorod

Cerca de dez anos atrás, os documentalistas ucranianos, liderados pelo realizador Serhiy Bukovskiy produziram um importante filme chamado “Guerra – a conta ucraniana”. O filme desmistificava a mitologia soviética da “Grande Guerra patriótica”, obrigava os espetadores encarar a 2ª G.M., através dos destinos de milhões de pessoas mortas e feridas, que passaram pelo inferno terrestre da guerra. Pois, provavelmente, cada família ucraniana tem uma conta naquela guerra. A minha também…


Após a ocupação da Ucrânia dos Cárpatos pelo exército húngaro em março de 1939, milhares de ucranianos fugindo das cadeias, miséria, hungarização forçada, mobilização compulsiva aos trabalhos e depois ao exército húngaro, procuravam a salvação na URSS. O irmão do meu pai, Mykhaylo Ilnytskiy, fugiu para URSS em 1940, para evitar a mobilização à tropa húngara. Na URSS ele foi imediatamente preso e julgado pela “travessia ilegal da fronteira”, morrendo em 1941 no campo de concentração soviético de PechorLAG. A nossa família foi informada sobre o seu destino triste apenas em 1990, durante a Perestroica do Gorbachov. O sistema judicial, ainda soviético, reabilitou o meu tio e devolveu-nos os seus pertences pessoais: documentos de identificação emitidos pela Checoslováquia e Hungria, fotos e um bloco de notas rústico com os textos de canções populares ucranianas, eslovacas, húngaros e inesperadamente, “A Internacional”…


No mesmo ano, o meu pai, Ivan Ilnytskiy (nascido em 1916), e os tios, Pavlo Betsa (1914) e Mykhaylo Voshepynets (1910) foram mobilizados ao exército real da Hungria. O pai, digamos, teve sorte, enviado à unidade de artilheria, onde por não falar húngaro, como a maioria dos ucranianos alistados, foi colocado como condutor dos cavalos que transportavam os canhões. A sua unidade entrou em combates em março de 1945, o meu pai foi ferido por algum soldado da 3ª Frente ucraniana do Exército vermelho. Passando 3 anos na guerra, ele nunca teve o direito de se chamar veterano, pois vestia uniforme do exército “alheio”.

Já os tios tiveram menos sorte. Foram colocados nas fileiras do 2º Exército húngaro que na batalha de Estalinegrado perdeu cerca de 150.000 homens (85% dos seus efetivos), entre prisioneiros, feridos e mortos. Os tios se entregaram aos soviéticos na primeira oportunidade, nenhum deles queria morrer pelo país alheio. Mas nem no pesadelo mais assustador eles imaginavam o inferno que os esperava.

Primeiro, foi a longa marcha de pé entre frio terrível e as cuspidelas e insultos da população local, depois as torturas pelo frio e fome no campo de prisioneiros da guerra. Após apenas alguns meses no campo soviético, o tio Mykhaylo Voshepynets, aos seus 33 anos, pesava cerca de 30 kg. Ao seu lado, diariamente morriam centenas dos seus camaradas, italianos, croatas, húngaros, ucranianos. O tio sobreviveu graças aos seus conhecimentos parcos da língua russa, ele trabalhou na equipa que sepultava os mortos, recebendo alguma alimentação extra pelo trabalho.

A salvação da morte certa veio na possibilidade de se alistar na Legião Checoslovaca, que foi formada em 1942 e após uma curta formação militar, colocada em combate contra as tropas alemães de elite nas batalhas pelo Kharkiv (aldeia de Sokolove), Kyiv, Bila Tserkva e Korsun-Shevchenkovsky.

Os “legionários” sobreviventes sonhavam em libertar a sua terra dos ocupantes, levar a liberdade às suas famílias. Mas Estaline não pretendia que os soldados experientes, tendo a cidadania estrangeira pudessem interferir nos seus planos sobre o futuro dos Cárpatos. A Legião Checoslovaca foi lançada num ataque frontal contra os alemães na passagem de Dukliany, onde em 80 dias de combates o Exército vermelho perdeu cerca de 150.000 efetivos.

Feridos por balas e estilhaços, sofrendo as contusões, mas extremamente felizes por estarem vivos, voltavam os ucranianos da Transcarpátia para casa. Mas quando eles, conjuntamente com os seus camaradas limpavam a Europa do nazismo, na sua casa um novo país criava o novo sistema repressivo.

Pelo Calvário da 2ª G.M., alistados nos diversos exércitos, em ambas partes da frente, passaram dezenas de milhares dos meus conterrâneos da Transcarpátia. Uma minoria teve sorte e não foi sepultada em valas comuns nas terras longínquas, ou simplesmente conseguiu sair com a vida dos campos de concentração soviéticos e nazis. Agora, entre nos, os verdadeiros veteranos são pouquíssimos, pois os seus regimentos e divisões já muito tempo que se pacificaram nos seus. Nestes dias de maio, vamos os recordar e oraremos por eles. Pelos que morreram em combate, sucumbiram mais tarde aos ferimentos, ou vivia durante anos, segurando a dor, causada pela guerra. Os recordaremos sem a falsidade ou celebrações refinadas de fachada. Talvez assim, cada conta pessoal nossa, daquela guerra, será paga, pelo menos parcialmente.

Fonte:

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terça-feira, maio 07, 2013

Segunda-feira molhada em Lviv na Ucrânia


De acordo com a tradição cristã ucraniana, o primeiro dia após a Páscoa, que é chamado de segunda-feira de Páscoa ou segunda-feira molhada, é comemorado de uma maneira especial, mas nem sempre acompanhado pelo devido respeito e civismo.

Antigamente, os jovens flertavam com as meninas, polvilhando-as com água perto da igreja. Atualmente, para certas pessoas, esta tradição tem um caráter violento. Tomando celebrações como uma desculpa, os jovens formaram grupos de 20-30 pessoas e começam a “caça”. E não apenas as meninas que eles perseguem como suas “presas”. “Mulhação” com a água se transformou em banhos violentos e brutais com água fria. Junto com a água, os jovens “criminosos” deixam transparecer a sua raiva e instintos animais. Eles se sentem como mestres das ruas, ignorando os pedidos de suas “presas” e ameaçando as testemunhas, alegando que é uma tradição nacional. Apesar de seu comportamento violento e cruel, os jovens “criminosos” escapam à polícia e à punição.

As fotos do Yurko Dyachyshyn são de 2009, 2010, 2011:

Blogueiro

É impossível não notar algumas semelhanças entre este comportamento, mais ou menos malandro demais, com o comportamento dos heróis do romance “Capitães de Arreia” do Jorge Amado, embora o caso ucraniano é muito mais soft…

sábado, maio 04, 2013

Páscoa celebrada no GULAG

"Mãe do Deus, salve o povo ucraniano do cativeiro". 1946

Na história da Ucrânia, a fé cristã se tornou a parte integrante da criação de identidade nacional. As grandes festas religiosas se tornaram a parte da tradição popular, com as particularidades só ucranianas. Por isso, em qualquer lugar que estejam os ucranianos, as suas tradições estão com eles.

por: Ihor Derevyaniy *

Na segunda metade da década de 1940 o poder soviético apostou em aniquilamento do movimento nacional ucraniano. Entre 1944 e 1953 da Ucrânia Ocidental (Galiza ucraniana), foram deportados 134.000 membros e apoiantes da OUN-UPA (Organização dos Nacionalistas Ucranianos – Exército Insurgente Ucraniano) e cerca de 204.000 civis, que eram a base de apoio da resistência ucraniana.

As condições de vida nos campos de concentração soviéticos, rotinas diárias, regime e ateísmo demonstrativo eram pensados para aniquilar primeiro o espírito e depois o corpo físico dos prisioneiros. Nestas condições, só a base espiritual permite sobreviver e preservar as qualidades de moral humana. Por isso não é de estranhar, que a celebração de Natal e Páscoa mostrava a firmeza da pessoa em oposição à máquina de aniquilação soviética.

Até 1953 a festa principal dos prisioneiros do GULAG era Natal. Isso acontecia por diversas razões: havia menos trabalho no Inverno, exatamente no Natal, uma parte dos prisioneiros recebia os alimentos de casa (eles tinham o direito à apenas um cabaz por ano). Os familiares, geralmente, mandavam apenas o trigo ou nozes, pois os alimentos na base de carne eram proibidos pela administração do GULAG. Outro problema era a dificuldade de calcular o dia certo para celebrar a Páscoa (este dia não é fixo), principalmente, quando na zona ou campo prisional não havia o sacerdote. Por tudo isso, a mesa de Páscoa muitas das vezes, era composta apenas pelo pão prisional, raramente aparecia o pão caseiro, enviado pelos familiares.

Lyubomyr Polyuha, estafeta e segurança do comandante-em-chefe do UPA, Roman Shukhevych, recorda a Páscoa de 1952, na 4ª zona feminina de campo especial № 1 – Minlag (cidade de Intá).
Páscoa celebrada pela guerrilha ucraniana
A brigada feminina foi colocada, sob escolta, para escovar a terra congelada após o Inverno, para servir de alicerces ao futuro edifício. Elas conseguiram terminar o normativo diário até 16h00, para puderem voltar às barracas, celebrar a Páscoa. Os guardas ordenaram a continuação dos trabalhos. A recusa originou as ameaças, intimidação com os cães, disparos para o ar. Em algum momento, uma das mulheres começou a cantar “Cristo ressuscitou dos mortos…” O canto foi seguido por todas – isso lhes deu a força moral contra a arbitrariedade totalitária. Os guardas ficaram baralhados, testemunhando a resistência pela primeira vez na sua carreira e o seu oficial ordenou: “Formar o grupo, vamos para o campo!

Após a morte do Estaline, GULAG foi sacudido pelas fortíssimas revoltas dos prisioneiros, que levaram à liberalização relativa do regime: ia-se ao trabalho sem escolta, eram pagos pelo seu trabalho, os prisioneiros podiam se mover livremente entre as barracas dentro do campo prisional. Tudo isso criou as largas possibilidades para a comunicação entre os presos.

Halyna Zayachkivska-Mykhalchuk, que pertenceu à rede da OUN e participou ativamente na revolta de Norilsk em 1953, recorda o acordo secreto, feito entre os prisioneiros sobre a missa matinal, antes das 4h de manha, quando eram acordados para trabalhar. Administração do campo ficou surpreendida, quando ouviu o hino religioso, “Cristo ressuscitou dos mortos…”, cantado pelos prisioneiros, antes de tocar o hino soviético. Um caso semelhante se deu em 1956, na 3ª zona de Minlag, quando os prisioneiros benzeram o pão pascoal após a missa matinal.

Nem todos os prisioneiros tiveram a força moral e respeito necessário pelas festas religiosas. Recorda Volodymyr-Ihor Porendovskiy, que em 1943-1944 era chefe das comunicações da circunscrição militar UPA-Ocidente e participou ativamente na revolta de Kengir de 1954.

“Na Páscoa de 1957 eu quis apreciar a Sibéria neste dia especial. No caminho até a casa, encontrei o prisioneiro Raskov, que estava sentado numa valeta absolutamente bêbado. Lhe disse com a reprimenda:
– Você tem cá um aspeto, hoje é Páscoa, será que não sente a vergonha?
Em resposta ouvi:
– Hoje já bebi pelo partido, pelo governo, pelos sindicatos, pelo Khrushov, pelo Lenine, mas pela Páscoa ainda não bebi. Boa oportunidade

Hryhoriy Pryshliak, que em 1944 era membro da Concelhia regional da OUN, recorda o ano 1957 em Intá, quando a Páscoa foi celebrada em conjunto pelos ucranianos e lituanos. As duas nações tiveram melhores relações entre si no sistema do GULAG, até criaram o coro conjunto, que cantava as canções pascoais em duas línguas.

Com o tempo, sob a pressão das pessoas, a administração prisional deixou de interferir nos feriados religiosos. Nestes dias os prisioneiros não trabalhavam e os capatazes não os obrigavam. Formalmente, isso constituía a violação das regras, por isso preencham-se os relatórios fictícios de trabalho, inventava-se a execução das normas. Mas administração se lembrava das revoltas de 1953-1954 e não queria aprofundar o conflito com os prisioneiros políticos, que, além de tudo, trabalhavam melhor que os criminosos do delito comum.


Páscoa, se transformou para os ucranianos prisioneiros do GULAG, não apenas num marco de identidade nacional e moral, mas no elemento da resistência contra o sistema soviético. As pessoas viviam com a fé na ressuscitação da Ucrânia e na esperança de voltar à sua pátria. Tal como Cristo que sofreu pela salvação da humanidade, eles passaram pelos sofrimentos, para testemunhar a longa e complexa caminhada pela liberdade das pessoas e das nações.

* Funcionário sênior do Museu Nacional Memorial das vítimas dos regimes de ocupação “Cadeia na Lonckoho”

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