segunda-feira, junho 14, 2021

Oksana Sowiak: a diva alemã de origem ucraniana

Oksana Sowiak é uma cantora alemã de origem ucraniana. Estudou música e canto nos EUA e na Alemanha. Canta em ucraniano, alemão, polaco/polonês e iídiche (clássico, jazz, folclore judaico e ucraniano, chançon alemã).

Ela atuou com pianistas e guitarristas famosos, e tem sido convidada frequente na rádio e televisão dos Estados Unidos e da Europa. Gravou 7 discos LP e muitos CDs. Um dos discos é inteiramente em ucraniano (fonte).

sábado, junho 12, 2021

As histórias russas da “gestapo de Luhansk”

Cidadão russo Andrey Kozlov decidiu em 2014 que precisava urgentemente ir à Ucrânia para matar os ucranianos. Ele veio à Donbas e se juntou ao bando ilegal armado “batalhão Prizrak” para libertar o leste da Ucrânia das reformas e dos salários ucranianos. 

Como qualquer miliciano, Andrei Kozlov acreditava plenamente que teria poder indivisível de prender os residentes de Donbas nas masmorras e se apoderar dos seus bens móveis e imóveis. Mas algo deu para torto e em 2015 Andrei Kozlov foi colocado numa das masmorras separatistas. 

Ele foi libertado 6 anos depois, na primavera de 2021. Recentemente, Kozlov deu uma entrevista ao canal estalinista russo na qual falou sobre sua permanência nas masmorras dos seus camaradas de armas na luta pelo mundo russo. Ele chama a prisão da “lnr” em Luhansk de “a gestapo de Luhansk”. Conta em pormenores como ali os prisioneiros são constantemente espancados e torturados. O próprio Kozlov, segundo ele, teve seu fígado danificado e várias costelas esmagadas, por isso duas costelas tiveram que ser removidas. As terras de Luhansk revelaram-se inóspitas para este defensor do “mundo russo”. 

Ver os trechos selecionados da entrevista: 

É importante coletar e preservar as histórias de Donbas. Porque pois quando os ucranianos contam sobre os horrores e atrocidades russo-separatistas existe a tendência russa de declara que tudo isso é farsa e propaganda. Mas a história de um cidadão russo que lutou pela “novaróssia” não pode ser atribuída à propaganda ucraniana. Esta é a terrível verdade sobre o que as são “repúblicas populares” do leste da Ucrânia. E o mundo inteiro merece saber a verdade.

sexta-feira, junho 04, 2021

Salvador do Umberto Nobile foi fuzilado pelo NKVD

O rádio-amador soviético, Nikolai Schmidt, que em junho de 1928 captou o sinal SOS da expedição italiana do Umberto Nobile foi preso e torturado pelo NKVD, levando ao extremo pelos carrascos soviéticos: “o acusado, provocando a investigação, cortou as veias, fingindo a [sua] inocência...”

Na tarde de 3 de junho de 1928, usando um receptor amador, Nikolai Schmidt, ouviu e apontou, entre barulho e ruídos, no seu diário retalhos de frases de rádio em esperanto: “ITALI ... NOBILI ... FRAN ... SOS SOS SOS ... TERRI TENO EHH”. 

O SOS, uma semana após o desastre, foi transmitido do local da queda do dirigível do Umberto Nobile pelo operador de rádio da sua expedição Giuseppe Biagi (através de um rádio HF de emergência, que milagrosamente sobreviveu após a queda do dirigível). A eficácia das transmissões da rádio Giuseppe (indicativo da expedição – IGJ) foi muito baixa devido à localização baixa da antena e as rádios profissionais que seguiam a expedição não as receberam. Esta circunstância levou as organizações oficiais a acreditarem que buscas da expedição já não faziam sentido. 

Imediatamente, toda a imprensa estrangeira começou a escrever sobre “...um jovem radioamador que vivia em algum lugar perto de Arkhangelsk e foi capaz de receber sinais de socorro da expedição de U. Nobile a um receptor caseiro”. 

Descrevendo a habilidade e conhecimentos dos rádios amadores soviéticos, um dos organizadores do movimento dos radioamadores na URSS, Innokenty Khalepsky (fuzilado em 1938) declarava: “A jovem engenharia de rádio soviética tem grandes perspectivas no desenvolvimento e aplicação de ondas curtas. Conseguimos passar de forma brilhante no exame diante de todo o mundo radiotelegráfico!” 

Nikolai Schmidt trabalhou numa instituição de construção e no departamento de rádio do Departamento de Comunicações do Uzbequistão – ele fabricava e instalava os transmissores HF de 150 em várias cidades daquela república soviética. 

Em dezembro de 1941 ele foi preso pelo NKVD e executado em agosto de 1942. Extrato do seu processo: “Em 28 de dezembro de 1941, o acusado, provocando a investigação, abriu as veias, fingindo a [sua] inocência...” 

Fonte