domingo, setembro 30, 2018

A Igreja Ortodoxa Russa e o seu Conselho de 1945 organizado pelo NKGB

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Entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro de 1945, decorreu em Moscovo o Conselho local da Igreja Ortodoxa Russa (IOR), o mais representativo desde 1918. Os documentos divulgados pela secreta ucraniana SBU mostram que 100% dos delegados eram agentes do NKGB, escolhidos e aprovados pelas autoridades comunistas soviéticas.
O Congresso de 1945 tinha criado de jure o Patriarcado de Moscovo, adotou o nome oficial de “Igreja Ortodoxa Russa”, escolheu o novo patriarca e aprovou uma série de documentos, contando com apoio total das autoridades soviéticas e sob ordens pessoais do Estaline.
O interesse do Estaline em IOR explica-se pelo desejo do ditador soviético de exercer o controlo total sobre as igrejas e a religião, colocando em cada igreja os agentes e informadores do NKGB-MGB, que espionavam e vigiavam os padres e os paroquianos.
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Ainda em 5 de junho de 1943, Estaline assinou uma deliberação secreta do Comité de Defesa do Estado “Sobre aprovação de medidas para melhorar o trabalho das agências de inteligência da URSS no exterior”, na qual as organizações religiosas foram, pela primeira vez, classificadas como objetos de interesse dos órgãos de inteligência da URSS no estrangeiro [Knyshevsky P. N.; As origens da espionagem total // Segurança do Estado e Democracia. — 1993. — № 2. — p. 45].

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