Crimeia, março de 2014: 8 ocupantes russos armados à "dialogar" com 1 oficial ucraniano desarmado... |
No
dia 17 de setembro de 2018, o presidente da Ucrânia Petró Poroshenko assinou o
Decreto que dita o fim do Tratado de Amizade, Cooperação e Parceria com a
Rússia, assinado em 31 de maio de 1997.
A
decisão correspondente foi tomada pelo Conselho Nacional da Defesa e Segurança (RNBO)
da Ucrânia em 6 de setembro de 2018, apoiando a proposta anterior do Ministério
dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Ucrânia.
O
Decreto presidencial № 284/2018 foi publicado no jornal oficial Uryadoviy
Kurier (Correio Governamental) e entrou em vigor no momento da sua
publicação.
Conferir no jornal oficial |
Agora,
até o dia 30 de setembro o MNE da Ucrânia informará a federação russa sobre a
decisão ucraniana de não prorrogar a vigência do tratado e também submeterá à
apreciação do presidente Petró Poroshenko o anteprojeto lei sobre o fim
definitivo da vigência deste Tratado.
O
MNE da Ucrânia também informará as Nações Unidas, a Organização para a
Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e outras organizações internacionais
sobre o desejo da Ucrânia de terminar a vigência do Tratado e os motivos para essa
decisão.
Um
dos pontos centrais do Tratado era o reconhecimento mútuo de fronteiras nacionais
e obrigação das partes de observar este princípio: “As Altas Partes Contratantes,
de acordo com as disposições da Carta das Nações Unidas e as obrigações
decorrentes da Acta Final da Conferência sobre Segurança e Cooperação na
Europa, respeitam a integridade territorial de cada uma [das partes] e
confirmam a inviolabilidade das fronteiras existentes entre elas”.
Além
disso, o Tratado entre Ucrânia e a federação russa previa uma parceria
estratégica “baseada nos princípios do respeito mútuo, igualdade soberana,
integridade territorial, inviolabilidade das fronteiras, solução pacífica de disputas,
a não aplicação de força ou ameaça de força, inclusive formas de pressão económicas
e outras”.
Blogueiro:
juridicamente falando, neste momento o Presidente ucraniano prorrogou a Decisão
do RNBO de terminar o Tratado, segundo o dispositivo do 40º artigo do mesmo.
Ucrânia optou por uma decisão soft e simples, não rompeu o Tratado por justa
causa com início da guerra russo-ucraniana, mas simplesmente não o prorrogou,
impedindo a sua prorrogação automática por mais 10 anos.
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