sexta-feira, junho 20, 2025

Os mercenários africanos do exército russo: vivos, mortos e capturados

Projeto ucraniano «Quero Viver» continua a série de publicações sobre mercenários estrangeiros, que a rússia utiliza, como utensílios descartáveis, na sua guerra colonial contra Ucrânia. Hoje apresentamos os mercenários de alguns países africanos. 

Até à data, estão detidos nos campos de POW ucranianos cidadãos de oito países africanos: Egito, Togo, Gana, Marrocos, Camarões, Somália, Serra Leoa e Senegal. Kyiv oficial possui a informação sobre quase 500 mercenários de vários países africanos que participam ou participaram na agressão militar russa contra Ucrânia. 

Os mercenários da Argélia (24) e da Gámbia (40)

África é uma região ideal para os recrutadores russos. Os mercenários da EMP Wagner estão aqui presentes há bastante tempo, sendo pegos em dinheiro russo e acesso aos recursos naturais africanos em benefício de regimes ditatoriais locais. Foi através da EMP Wagner que a rússia começou a recrutar estrangeiros. Após a eliminação física do Prigozhin e dos seus lugar-tenentes, pelo FSB, o Ministério da Defesa passou à controlar o lucrativo negócio do recrutamento africano. 

Os mercenários do Egito (total: 231; KIA: 20)

A propaganda russa exibe os mercenários africanos com orgulho. A TV russa mostra reportagens com mercenários se preparando para a guerra, e os canais patrioteiros de TG exibem as fotos de africanos em trincheiras – ali são chamados de «preto-russos». 

O POW Richard Kanu, da Serra Leoa, diz que saiu do país devido a um conflito com um dirigente estatal. Chegou à rússia com um visto de turista e recebeu a proposta dos recrutadores, que lhe prometeram um emprego «bem remunerado». O «emprego» acabou por ser um contrato com o exército russo e uma viagem à frente de combate, onde Richard foi capturado pelas FAU. 

Os mercenários do Gana (total: 33, KIA: 1) e de Marrocos (20)

Adil Abdullahi Ahmed, da Somália, ingressou no exército russo utilizando um esquema semelhante: um «agente de viagens» ofereceu-lhe um «bom emprego simples» e um «otimo salário». 

O zambiano Lemehani Nathan Nyirenda (23), estudante de Instituto de Engenharia Física de Moscovo, de 23 anos, trocou a prisão russa (foi condenado na rússia aos 9 anos da cadeia, possivelmente pelo tráfico de droga) pela guerra na Ucrânia. Nas fileiras da Wagner o africano serviu de bucha de canhão / boi-de-piranha e não durou muito. Morreu, em setembro de 2022. 

Os mercenários da Nigéria (9) e dos Camarões (72)

Para os racistas e xenófobos militares russos, os africanos são simplesmente utensílios descartáveis. O Ministério da Defesa russo não se preocupa com a sua falta de conhecimento da língua, experiência de combate ou treino militar. O principal ponto é que os africanos são peças baratas, os seus familiares dificilmente os procurarão e a sua morte não afetará de forma alguma a sociedade russa. 

Salve a sua vida e renda-se às FAU: t.me/spasisebyabot 

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quinta-feira, junho 19, 2025

A incrível Oleksandra Pascal, ucraniana vítima da agressão russa

A jovem ginasta ucraniana Oleksandra «Sasha» Pascal tornou-se um verdadeiro símbolo da indomabilidade e do espírito ucraniano. A menina, que perdeu a perna em maio de 2022 em consequência dos bombardeamentos russos, continuou a praticar a ginástica rítmica. 

Aos cinco anos e na consequência do bombardeamento dos bairros residenciais, aos 16 de maio de 2022 Sasha foi atingida por uma placa de concreto. Apesar de todos os esforços de médicos ucranianos, a minina viu a sua perna esquerda amputada. No entanto, após a reabilitação em Áustria, Sasha, hoje com 9 anos, já participa em torneios e mostra também a vida de uma atleta com a amputação. recentemente, um novo ensaio fotográfico da jovem foi publicado na Internet. 







Mais um crime de guerra russo, que na altura, foi prontamente negado pelo «zeneral» Agostinho Costa... 

Fotos: Viktoriya Efremova

quarta-feira, junho 18, 2025

Os filhos brasileiros do atual neofascismo russo

Brasileiros que apoiam o Hezbollah e se inspiram na escrita do «louco urbano» russo Dugin.
No meio da foto, o seu líder, ex-advogado carioca Rafael Machado (@Twitter)

O Departamento de Estado dos EUA, divulgou um relatório sobre Nova Resistência, um grupo extremista brasileiro, acusado de integrar uma rede de desinformação e propaganda pró­-rússia e atentar contra a ordem democrática. 

por: Victoria Bechara, Veja (o título é de responsabilidade do nosso blogue, texto resumido). 

O Centro de Engajamento Global, uma divisão do Departamento de Estado, divulgou um extenso relatório sobre o Nova Resistência, um grupo extremista brasileiro, acusado de integrar uma rede de desinformação e propaganda pró­rússia e atentar contra a ordem democrática na América. 

A preocupação é inédita — foi a primeira vez que o centro publicou algo sobre o Brasil. O documento, de 28 páginas, classifica o Nova Resistência como organização neofascista, “quase-­paramilitar” e antissemita. Segundo os Estados Unidos, o grupo tem conexões profundas com entidades na esfera de desinformação e propaganda russa e tentou recrutar brasileiros para lutar contra a Ucrânia. O relatório cita ainda a proximidade com o controverso filósofo louco urbano russo Aleksandr Dugin, um dos gurus do presidente russo putin e o pai do atual neofascismo russo. 

Alvo dessas graves acusações, o Nova Resistência foi fundado em 2015, no Rio de Janeiro, e é uma barafunda ideológica. Tem ideais antiliberais, ultranacionalistas e antissemitas, além de repulsa a pautas LGBTQIA+ e feministas. Os militantes costumam manifestar simpatia a ditadores como Nicolás Maduro e populistas como Viktor Orbán. “É uma extrema direita particularmente exótica porque pega emprestadas algumas ideias que não são exatamente tradicionais desse espectro político”, avalia David Magalhães, coordenador do Observatório da Extrema Direita. “Ela busca sínteses entre temas e valores que são associados tanto à esquerda como à direita, a exemplo do nacionalismo, do trabalhismo e da luta anti-imperialista”, diz Francisco Thiago Vasconcelos, coordenador do Laboratório de Estudos da Violência e da Radicalização da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). 

O nacionalismo, o antiamericanismo e a crítica ao liberalismo aproximaram o Nova Resistência do PDT. Entre as referências brasileiras estão o ex­presidente Getúlio Vargas, líderes do Integralismo (movimento de extrema-direita brasileira dos anos 1930) e o ex-deputado Enéas Carneiro, um ícone da direita pré-bolsonarista. Membros do grupo apoiaram Ciro Gomes em 2022 e conquistaram a simpatia de Aldo Rebelo, então candidato ao Senado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). [...] A pesquisadora Letícia Oliveira, que monitora a extrema direita na Internet há doze anos, afirma que o grupo também se infiltrou no historicamente trotsquista Partido da Causa Operária (PCO) e tentou aproximação com PT e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). “A intenção de Dugin é se inserir em espaços institucionais, seja à esquerda ou à direita”, diz a especialista. 

O aparato do grupo no Brasil é modesto: tem canal no YouTube com 20 000 inscritos, outro no Telegram, com 6 000 seguidores, e perfis no Instagram e no X. Também tem um site, cujo domínio está registrado em Moscovo/ou, onde publica textos pró-rússia. Segundo os EUA, o conteúdo tem estilo, layout e narrativa de sites atribuídos a serviços russos de inteligência. [...] 

Admiradores de figuras exóticas ou simplesmente execráveis, o grupo busca inspiração em nomes como Ted Kaczynski, o Unabomber, e no italiano Julius Evola, um dos avalizadores de «Os Protocolos dos Sábios de Sião», livro produzido pela polícia secreta czarista que influenciou Adolf Hitler e é uma obra central do antissemitismo. O líder da NR Raphael Machado já negou o Holocausto e diz que o Diário de Anne Frank é um livro de ficção. Membros do grupo já se reuniram com representantes de Belarus, Coreia do Norte, Síria e Venezuela e expressaram apoio à organização terrorista Hezbollah, financiada pelo Irã(o). Apesar de estar no radar de um importante órgão americano, o Nova Resistência ainda não entrou na mira das autoridades brasileiras. Deveria. Basta olhar o seu currículo. 

Publicado na revista brasileira VEJA de 10 de novembro de 2023, edição nº 2867 e atualizado em 4 junnho de 2024. 

Blogueiro: em 2014-15 R. Machado foi bastante ativo na propaganda anti-Ucrânia e na promoção do recrutamento dos brasileiros à causa do «mundo russo», na agressão militar contra Ucrânia, nos territórios temporariamente ocupados do leste do país. Atividade, que que cessou praticamente por completo, após a prisão, em 2016, do Rafael Lusvarghi na Ucrânia, através de uma brilhante operação desenhada e executada pelo SBU.

terça-feira, junho 17, 2025

Continuam os ataques aéreos russos contra os alvos civis de Kyiv e Odessa

Na noite de 16 à 17 de junho as forças russas atacaram os bairros residenciais e outra infraestrutura civil das várias cidades ucranianas. Em Kyiv o ataque russo atingiu o bairro de Solomyanskyi, no total, 14 pessoas morreram e 117 ficaram feridas na capital da Ucrânia, informa o Serviço Estatal de Emerrgência.

























#Odessa: as equipas de resgate estão a eliminar as consequências do ataque noturno russo à cidade. Os ocupantes russos atingiram os edifícios residenciais, o edifício do centro de inclusão, danificando vários carros particulares.








Atualmente, são conhecidas 13 vítimas. Ainda há pessoas debaixo dos escombros. Psicólogos do Serviço Estatal de Emergência e agentes da Polícia Nacional estão a trabalhar no local. O trabalho continua.

segunda-feira, junho 16, 2025

Os POW ucranianos «ferrados» ou mutilados no cativeiro russo

Na Internet foi divulgada publicamente a foto de um POW ucraniano recentemente libertado, com a frase «glória à rússia» e uma letra z, ferradas na sua barriga. A GUR da Ucrânia confirma a autenticidade da imagem.

Faça click para ver a imagem original

A Direcção Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia classificou como genuína a foto de um prisioneiro de guerra ucraniano com as palavras «glória à rússia» e uma letra z, ferradas na sua barriga, que apareceu online. A foto foi publicada a 9 de junho pela conta Clash Report do X e, de seguida, amplamente divulgada. A foto mostra o corpo do militar ucraniano que apresenta inúmeras cicatrizes, vestígios de tortura e intervenções cirúrgicas. 

O representante da GUR MOU, Andriy Yusov, informou que a foto mostra um militar ucraniano que foi libertado durante uma das trocas de prisioneiros anteriores. A foto foi tirada pelo médico que o examinou. 

“Infelizmente, esta é uma foto real. É de uma das trocas anteriores. Durante um exame num dos centros regionais onde os rapazes estão em reabilitação, o médico simplesmente não aguentou, tirou uma foto e publicou-a online. Esta é a prova do que os nossos defensores passam em cativeiro”, disse no ar do programa nacional de TV. 

O representante da GUR também enfatizou a violação sistemática das condições de detenção de POW ucranianos por parte da rússia. Segundo Yusov, 90% dos militares ucranianos inquiridos que foram libertados do cativeiro russo afirmam que as condições de detenção, os padrões necessários de nutrição e assistência médica foram violados. Yusov observou ainda que, durante as trocas, se regista uma perda crítica de peso dos POW ucranianos. 

«Isto é muito visível, e há uma diferença entre o estado em que os ocupantes russos regressam à rússia e o estado em que os defensores ucranianos regressam», enfatizou Yusov.

Um dos cirurgiões ucranianos enfatizou, que tanto a cicatriz após a laparotomia como as cicatrizes nas letras se formaram aproximadamente ao mesmo tempo, ou seja, tanto a incisão como a inscrição foram feitas no bloco operatório. Esta versão é evidenciada quer pelas letras bem justas da frase, quer pela mesma altura do tecido cicatricial – que o militar POW ucraniano estava sob anestesia durante a tortura.

Isto poderia ser feito na sala de operações com um eletrocoagulador, que é utilizado para selar as bordas dos vasos cortados com eletricidade durante as intervenções cirúrgicas para evitar hemorragias. 

A densidade e a altura da cicatriz indicam que todas as camadas da pele foram queimadas. 

Mais uma vez.

Um cirurgião russo. Na sala de operações. Durante a operação. Ferrou uma marca no estômago de um soldado ucraniano ferido e capturado.

A cicatriz será removida. Os esteticistas ucranianos já começaram a trabalhar nela.

Aqiele que quem deixou essa cicatriz também seja removido. Como o lixo. Será a justiça suprema. Informaremos quendo isso chegar aos noticiários. 

Travando a sua guerra delirante, os russos regressam teimosamente «às raízes». Conseguiram ressuscitar as tradições dos séculos V e VI A.C. Os antigos tribos semitas cortavam o dedo aos cananeus capturados para que perdessem a capacidade de empunhar uma espada ou uma lança. (Livro dos Juízes 1, 6-7). 

No entanto, não só os semitas faziam isso. O método de mutilar os membros dos prisioneiros era popular entre as tribos da África Equatorial (Baka, Bakola), bem como entre os tasmanianos.


Na troca de prisioneiros do dia 14 de junho de 2025, à Ucrânia livre voltou um jovem militar ucraniano, natural de Slavyansk. Os russos cortaram metade do dedo indicador ao rapaz, na sua mãe direita, geralmente usado para puxar o gatilho. Como conta o próprio jovem os ocupantes russos lhe disseram: «você já não precisa deste dedo», informa o TG @nevzorov. 

Este é o tipo de neo-fascismo pagão que enfrentem Ucrânia e os militares ucranianos diariamente e este é o tipo do «mundo russo» que as cabeças falantes ocidentais, por exemplo, os «zenerais» portugueses defendem e pretendem trazer ao Ocidente.