segunda-feira, junho 17, 2019

A revolta anticomunista da Alemanha socialista (40 fotos)

Em 16-17 de junho de 1953 começou a revolta anti-comunista na República Democrática Alemã (RDA), iniciando-se com uma greve dos trabalhadores da construção civil em Berlim Oriental, transformando-se, no dia seguinte, em uma revolta generalizada contra a ditadura comunista em todo o país.
Pedras contra os blindados
No início da década de 1950, a política económica adotada pela RDA levou à escassez de muitos bens de consumo. Essa escassez, combinada com a repressão política e religiosa, o aumento dos preços, bem como um aumento nos padrões de produção dos trabalhadores alemães, levaram a greves de massa e protestos contra o governo em junho de 1953. Em 17 de junho, a revolta chegou ao auge e a administração militar soviética impôs um estado de emergência em Berlim. Contra os manifestantes foram lançados a polícia da RDA e os tanques soviéticos.
A revolta de 1953 começou no dia 16 de junho de 1953, disseminada por toda Alemanha socialista e prolongou-se até ao dia seguinte. Na Alemanha, o evento é frequentemente referido como Volksaufstand in der DDR (Levantamento Popular na RDA) e o dia 17 de junho tornou-se feriado nacional na Alemanha Ocidental, mantido até a reunificação.
A revolta de junho de 1953 foi verdadeiramente popular. Nela participaram cerca de um milhão de pessoas em mais de 500 cidades e vilas da Alemanha Oriental. Greves e manifestações foram acompanhadas por demandas políticas de liberdade, democracia e unificação da Alemanha.
As detenções pela polícia da RDA

A assustada elite comunista da RDA procurou abrigo na sede das forças de ocupação soviéticas no distrito de Karlshorst, em Berlim. Com a introdução de recolher obrigatório, estado de emergência e o uso de tanques, a revolta acabou por ser severamente reprimida. Em resultado do uso da força, pelo menos 50 pessoas foram mortas e centenas ou mesmo milhares ficaram feridas. O número exato de mortos e feridos como resultado da supressão da revolta é impossível de estabelecer, pois estes dados foram classificados pelo regime da RDA durante décadas.
Slogan “Fim do setor democrático de grande Berlim”
Nos dias e semanas após a revolta, foram presas cerca de 15 mil pessoas, e até o fim de 1955 foram feitas mais de 1.800 condenações judiciais. Alguns dos presos foram condenados pelo tribunal militar soviético aos fuzilamentos ou foram deportados ao GULAG soviético ao abrigo do artigo 58º do código penal Rússia Soviética. A Revolta de junho na RDA de 1953 foi o primeiro protesto popular contra a ditadura comunista num país do bloco socialista. Foi seguida pela Revolução Húngara de 1956 e pela Primavera de Praga de 1968, que, em geral, tiveram o mesmo destino do protesto da RDA – foram esmagadas por blindados soviéticos.
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