A
Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE)
aprovou na madrugada desta terça-feira um texto que torna possível o retorno da
Rússia ao organismo, o que deve acabar com cinco anos de crise institucional
com Moscovo.
Após
quatro horas de debates, 118 parlamentares dos estados-membros do Conselho da
Europa aceitaram (62 deputados votaram contra, 10 se abstiveram e alguns simplesmente não apareceram no plenário) que a Rússia apresente uma delegação
já nesta terça-feira, o que lhe permitirá participar na quarta-feira da eleição
do/a Secretário-geral desta organização de defesa dos direitos humanos.
Cartoon histórico: Líderes da "democracia" sem espinha dorsal, década de 1940 |
Goran Beus Richembergh | Facebook |
Um
pequeno grupo de deputados tenta apresentar mais de 200 alterações ao resultado
absurdo que a intenção da maioria de aprovação de um relatório especial da
Comissão sobre as regras e funcionamento da delegação parlamentar russa que
volta [ao APCE] com todos os seus direitos, independentemente da anexação da
Crimeia, da ocupação de Donbas, dos 12.000 de vidas perdidas, ignorando a
decisão do Tribunal Europeu do Direitos Humanos, apesar da proibição aos
Comissários dos Direitos Humanos de visitar a Federação Russa [Sic!], [apesar]
dos 70 presos políticos nas prisões russas, da liquidação de dissidentes
políticos em casa e no exterior, da captura dos marinheiros ucranianos, da culpa
comprovada no abate de um avião comercial [MH17]
de centenas de pessoas mortas na Ucrânia e muito mais pelo que [Rússia] foi
excluída da Assembleia Parlamentar durante cinco anos. Mas quase todos os
grupos políticos, exceto parte de nós liberais, dos conservadores (britânicos),
dos deputados ucranianos e [dos países] bálticos [e da Geórgia] inclinaram a cabeça e decidiram,
por cerca de 30 milhões [de euros] da dívida russa, expor à humilhação a mais
antiga instituição europeia e acabar com os últimos remanescentes de sua
autoridade, permitindo aos russos regressarem amanhã [25/06/2019] triunfalmente
ao Estrasburgo e participarem na eleição do novo Secretário-Geral ou da nova Secretária-Geral
da UE na quarta-feira, como se nada tivesse acontecido.
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