segunda-feira, junho 24, 2019

A marcha gay “Kyiv gay pride 2019” em fotos e vídeo

No dia 23 de junho, em Kyiv, e mais uma vez, decorreu a marcha gay, conhecida como “Kyiv gay pride 2019”. A marcha foi fortemente vigiada e protegida pela polícia, acabando ser mais pacífica do que em 2017 e em 2018.
Neste ano e, pela primeira vez, na marcha participaram cerca de 30 militares ou ex-militares ucranianos. Um deles, Victor Pylypenko, ex-voluntário do batalhão “Donbas” deu a cara pela causa.  
Presidente Zelensky na parada gay em Kyiv, em forma impessoal, 22/06/2019 | foto: Efrem Lukatsky
Victor “Francês” Pylypenko foi voluntário do batalhão “Donbas” entre setembro de  2014 e verão de 2016. Como combatente e paramédico ele participou na batalha de Shyrokyne. “Francês” fez o coming-out em 8 de junho de 2018 na sua página de Facebook.
Victor "Francês" Pylypenko na linha da frente | life.pravda.com.ua
Victor tem 31 anos, é morador de Kyiv, estudava na escola pública № 117, onde estudou um outro voluntário do mesmo batalhão, que morreu no cerco de Illovaysk. Em 2013, Victor deixou o seu emprego nos Emirados Árabes Unidos na empresa “Dubai Duty-free” e veio à Ucrânia para participar na defesa ativa de Maydan (ler mais).
A Polícia Nacional & ver mais fotos
Pelos dados dos organizadores neste ano na marcha participaram cerca de 8.000 pessoas, embora, e muito sinceramente, neste número seguramente foram contabilizados milhares de agentes das forças de segurança presentes (polícia nacional à pé e à cavalo, polícia à civil, SBU e a Guarda Nacional da Ucrânia), além dos oponentes da marcha, que em geral se manifestaram de forma pacífica e ordeira.
Oponentes da marcha
Positivo: a marcha decorreu de uma forma pacífica, sem confrontos entre os ativistas que se opõem à marcha e as forças policiais. Notava-se que os organizadores tentaram educar os lgbt presentes, impondo-lhes uma agenda leal à Ucrânia, impedindo o aparecimento na marcha de quaisquer propaganda anti-ucraniana, existente em 2018. Daí a existência das bandeiras ucranianas, os ativistas de lgbt que discursavam em ucraniano ou os cartazes “Amo Ucrânia”.
Apoiantes da marcha
Negativo: as fotos mostram que nem todos participantes realmente amam Ucrânia, para alguns deles foi apenas um exercício de RP/PR, desligado da sua realidade pessoal.
Blogueiro: Ucrânia é um país europeu e deve garantir que os seus cidadãos não sejam perseguidos por causa da sua opção sexual e/ou afetiva. Por outro lado, país não deve permitir que os cidadãos lgbt tenham mais direitos e menos deveres do que os cidadãos comuns. Como reconciliar tudo isso na realidade quotidiana é um completo enigma...    

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