Além disso, os próprios participantes desses movimentos podem nem mesmo suspeitar que se tornaram fantoches nas mãos dos serviços secretos russos.
Nos tempos da URSS, essa campanha pacifista patrocinada pela KGB contra os EUA e a NATO/OTAN foi descrita pelo então presidente francês François Mitterrand como «mísseis no Leste, mas protestos pacíficos no Oeste».
O objetivo dessa influência é, mascarado como uma opinião alternativa à política dos alegados «falcões belicistas» ocidentais, agir para enfraquecer a segurança do Estado, onde o movimento anti-guerra é ativado artificialmente.
Diferentes teses são usadas:
- o governo supostamente segue uma política de envolvimento deliberado na guerra;
- alega-se que o complexo militar-industrial está tentando aumentar artificialmente os gastos com defesa e segurança;
- as autoridades supostamente exageram as ameaças para aumentar sua influência política;
- alega-se que o governo está tentando limitar os direitos dos cidadãos, aumentar tarifas, não aumentar salários, etc., justificando suas ações pela necessidade de fortalecer a força de defesa ou apoiar outro país atacado.
Ou, ao contrário, implanta-se a ideia de uma derrota pré-programada por um adversário mais forte e a necessidade de evitar inúmeras vítimas nesse caso, etc.
Em todos esses casos, o objetivo é sempre o mesmo:
- mudança na opinião pública, mudança de ênfase, aumento da insatisfação com as ações das autoridades;
- nivelamento de esforços para fortalecer o setor de defesa e segurança;
- desvalorização do trabalho das pessoas nele envolvidas;
- desmoralização de militares e políticos;
- desânimo de toda a sociedade à luta, à disposição de defender seus interesses.
Um exemplo vívido da implementação de tais conteúdos é o recém-criado «Movimento Polaco Anti-Guerra», liderado pelo Dr. Leszek Sykulski, até recentemente funcionário público, professor acadêmico, historiador e cientista político.
O movimento se posiciona como uma «iniciativa de base» que surgiu de «profunda discordância com as políticas aventureiras domésticas e estrangeiras praticadas pelos governos de Varsóvia após 1999, visando opor-se aos nossos vizinhos e perseguir os interesses estratégicos de Washington» e está engajado na campanha «Esta não é a nossa guerra», contra o apoio da Polónia à Ucrânia.
Ler mais: https://www.radiosvoboda.org/a/kreml-patsyfizm-antyvoyennyy-ekstremizm-zahroza-yevropa/32308062.html
4 comentários:
Este argumento é o mais cínico de todos os russófilos. Se o Ocidente cortar a ajudar militar à Ucrânia, a guerra nao só não irá acabar, como irá aumentar ainda mais de intensidade. Se o Putin sentir que a Ucrania nao tem mais apoio ocidental e está ficando enfraquecida, o ditador do Leste invadirá o país com força total. Os países que estão dando armas à Ucrania estao protegendo em última instância a si mesmos. É só uma pena que na Geórgia a situação mudou de cenário, e os russos conseguiram implantar um governo pró-moscou.
Essas pessoas são pagas, elas sao financiadas. A Rússia tem uma extensa rede de propagandistas e desinformadores. Essa rede vai desde a extrema-esrqueda, como partidos tipo PC, à extrema-direita, como partidos do tipo AFD na Alemanha. Nem mesmo os EUA são poupados da propaganda russa. Eu acredito, inclusive, que Trump foi eleito com esse apoio. A Rússia tenta angariar apoios da extrema direita e esquerda, ele tenta unificá-las. Essa é a teria do Dugin.
Completamente correto. O lixo do Sudoplatov escreveu naquele "Special Tasks" que a Sovok patrocinou o movimento anti-nuclear quando não tinha bombas atômicas. Quando conseguiu em 1949 parou de enviar dinheiro.
A Russia usa com os países mais pobres a idéia de solidariedade terceiro mundista. Alguma coisa como "somos 'nós', os países pobres, contra 'eles', os países ricos". Esse é o discurso para engabelar os trouxas no terceiro mundo. Quando, na verdade, é o contrário: é um pais muito mais bem armado atacando outro mais vulnerável.
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