sábado, março 04, 2023

O preço que Europa pagará se Ucrânia cair

 

Surgem notícias de que os aliados da Ucrânia na Europa são acusados ​​​​por alguns de seus eleitores de que fornecem demais armas e ajuda à Ucrânia e não serão capazes de restaurar ou reabastecer os seus próprios estoques militares.

por: Roman Donik

Boas notícias. Enquanto Ucrânia luta, a Europa está segura.

Más notícias. Se a Ucrânia cair, nenhum dos países europeus (exceto a Grã-Bretanha) será capaz de deter a federação russa. Ninguém.

Isso não é uma piada ou exagero.

Boas notícias - Ucrânia lutará pela vitória. Ucrânia se levantará e quebrará a espinha dorsal dos selvagens.

Notícias muito ruins - a Europa terá que se esforçar ainda mais para isso. Muito mais. Caso contrário, veja as más notícias acima.

Estas não são ameaças. Isso não é uma intimidação. Esta é simplesmente uma declaração fa(c)tual. Compreender a situação com base da realidade visível.

E aqueles que conhecem Mordor melhor do que outros entendem isso. Polónia, Países Bálticos, República Checa. Aqueles países que entregam o último à Ucrânia. Eles entendem por experiência própria - quando Ucrânia vencer, eles não precisarão de tudo isso no curto prazo. Se Ucrânia cair, nada disso os ajudará. Completamente.

  Quando os russos gritaram - «chegaremos ao Canal da Mancha», eles não exageram. Esta é uma triste realidade que poderia acontecer se Ucrânia não tivesse experiência de guerra desde 2014, se as Forças Armadas estivessem no nível de 2014. Se não tivesse refreado o conquistador à custa da perda de seus melhores filhos e filhas.

  Nenhum país da Europa é capaz de se opor ao exército russo com seus métodos de guerra. Nós vemos isso. Nenhum país será capaz de resistir ao impacto de centenas e milhares de tanques e aviões. Mesmo que sejam tanques e aviões obsoletos. Existem centenas e milhares deles. Nenhum país da Europa está mentalmente preparado para perder centenas de cidadãos por dia.

Ao cruzar a fronteira, as tropas russas, sem parar, irão exatamente até onde houver combustível suficiente nos tanques. Em seguida, farão o reabastecimento e assim por diante. Para o Canal da Mancha.

Infelizmente, essas são realidades. Alguns países nem vão lutar. Eles vão assinar quaisquer termos de rendição. Não há ninguém, não há nada. Altas tecnologias não funcionam quando há um poço de fogo de ferro fundido. Quando casas são demolidas por bombas FAB. Aviões velhos. Quando centenas de milhares de soldados de infantaria selvagens virão em busca de «troféus». Nada pode detê-los. Vão lutar somente aqueles que sabem, pela sua experiência, como tudo vai acabar. Mulheres e crianças estupradas. Homens torturados. Casas saqueadas. Isso é a realidade.

  Ucrânia sofre grandes perdas. Nunca recuperará deles. Tem que realmente reconhecer isso. País tinha um problema demográfico antes da guerra e depois da vitória será um desastre. Pagará um preço muito alto.

  Mas sabe o porquê. Porque se não ganhar, não terá problema. Porque não estará lá. Como Estado. Como Nação.

Portanto, Ucrânia está sendo condenada à vitória.

  Mas na Europa civilizada, pessoas não entendem que se os ucranianos, com o apoio de seus aliados, não parar... Ninguém irá parar a federação russa. Até ao Canal da Mancha. Nenhum político russo, nenhum Putin, mesmo 10 deles, será capaz de deter o exército na fronteira da Europa Ocidental. E não fará isso. Porque senão ele irá perder o poder. Porque centenas de milhares de «aquecidos» e ferozes «libertadores» exigirão a «repetição». E eles vão «repetir».

  Mais a questão puramente monetária. A federação russa está sofrendo com a guerra. Onde a guerra passa pela Ucrânia, há terra queimada, que não será recuperada nos próximos anos/décadas. Mesmo que fantasiar e presumir que a Ucrânia será empurrada até a suas fronteiras ocidentais, não haverá nada a tirar dos derrotados. Porque será um deserto. E os vencedores precisam de «troféus». Muitos troféus. Muito dinheiro. Muitas banheiras e máquinas de lavar. Muita violência, muitos estupros e muita sangue.

Porque esta é a única maneira de eles conseguirem parar os seus sem perder o poder. Porque o preço que estão pagando agora também não é pequeno.

  Mas o preço não significa nada para o império. Porque agora ou o império cairá ou a Ucrânia cairá. E os Estados ameaçados de morte tornam-se muito egoístas em relação aos seus cidadãos. Porque a sobrevivência do Estado (especialmente do império) é o principal objetivo do Estado.

  A rússia ainda não parou. Em fevereiro, Ucrânia perdeu 85 quilômetros quadrados de território. Perdeu, não ganhou. Quase a mesma quantia foi em janeiro. Tudo isso por um preço incrivelmente alto. E enquanto o inimigo está apenas aumentando seus esforços. Sim, Ucrânia está se preparando, está formando novas unidades, está repondo perdas. Mas país tem menos gente. Várias vezes menos. Também, a vida humana vale muito para Ucrânia. Para os russos não vale nada. Ainda existem alguns deles. E mesmo com equipamentos antediluvianos e armas ultrapassadas, mesmo mal treinadas, conseguem encher de carne toda a Europa. E destruir toda a Europa. Se não fossem parados na Ucrânia.

  Portanto, todos que atualmente vivem na Europa e têm pelo menos alguma influência nas decisões e nos europeus, apenas tentem explicar a eles essas coisas simples e óbvias para ucranianos. Porque ucranianos já presenciaram tudo isso. Eles não vão parar. Se não fossem parados.

  Não queremos ofender ninguém e reducularisar as qualidades dos militares europeus. Mas... Os inimigos não são pessoas... É uma horda. É algo contra o qual os europeus não foram ensinados a lutar. Infelizmente. Ucranianos também não foram ensinados. Mas aprenderam durante últimos 9 longos anos. Os europeus não tem esses anos todos.

  Apenas deem à Ucrânia tudo aquilo o que o país pede. Pois sem ucranianos isso não vai servir aos europeus. Não os salvará e será apenas um troféu aos selvagens. 

1 comentário:

Anónimo disse...

A Ucrânia é o escudo da Europa. Os europeus deveriam dar mais valor aos ucranianos. Armas são fundamentais para vencer a Erefii, mas após a vitória, a Europa precisa reconstruir o País e incentivar novamente a natalidade ucraniana, tornar a taxa de filhos por mulher ucraniana a maior da Europa.