quinta-feira, março 02, 2023

Bryansk: ação anti-putin dos voluntários russos

Algo estranho está acontecendo na região russa de Bryansk, onde um grupo de ± 50 voluntários russos cruzou a fronteira. O canal de Telegram «Corpo voluntário russo» postou dois vídeos afirmando estar por trás dessa missão.

As pessoas no vídeo afirmam ser combatentes do «Corpo voluntário russo» que vieram para a região de Bryansk para libertar a sua terra natal da tirania de putin. Aparentemente, pelo menos um homem que aparece no vídeo fazem/faziam parte da «Legião Liberdade da rússia», afiliada às FAU. 

Aldeias de Lyubechane e Sushany (com nomes bastante ucranianos), tomadas pelos voluntários russos

No vídeo eles exortam os russos à lutarem contra o regime do putin e explicam que não lutam contra os desarmados ou civis. A imprensa russa classificou o grupo de terrorista e acusou de tomada de reféns e ataque contra os civis. 

Denis Nikitin (também conhecido como Kapustin) falou em nome dos sabotadores na região de Bryansk. Quatro anos atrás, Spiegel publicou um artigo sobre ele. Jornalistas suspeitavam que Nikitin trabalhava para o FSB [mas sem nenhuma prova especial]

A propaganda russa chegou a afirmar que o grupo matou dois crianças, depois a informação foi desmentida. Falou-se na morte de um menino, que depois se transformou numa menina... 

Neste momento não se percebe até que ponto as ações da unidade são genuínas, ou não passam de uma operação clássica da «falsa bandeira», orquestrada e executada pelos serviços secretos russos. Tudo dependerá da reação russa, caso haverá uma movimentação de tropas, um ataque de larga escala contra Ucrânia ou uso de algum tipo de armamento especial, ou ataque de mísseis contra os ditos «centros de tomada de decisões», então poderemos concluir que estamos perante uma operação russa ao estilo de incidente de Gleiwitz

Putin falou hoje sobre o caso de Bryansk publicamente,
na folha em que leu o texto estava escrito «Daria Alexandrovna Dugina»
UPD: Surge a informação do que a parte russa estava preparando a operação clássica da «bandeira falsa» da invasão da região pelas FAU, retirando da região unidades militares russos, que desconheciam o plano. Possivelmente, a secreta militar ucraniana GUR MOU obteve a informação sobre a operação e reagiu em antecipação, 1 ou 2 horas antes. Uma parte dos operativos russos achou que entrada dos voluntários russos fazia parte do plano e começou divulgar a informação previamente preparada, do que os atacantes falavam em ucraniano, que espalhavam os folhetos com textos absolutamente surreais, citados pelo putin sobre «reescrever a história e privar os russos da sua cultura e língua», etc.
«Corpo voluntário russo»

1 comentário:

Anónimo disse...

Os atentados em 1999 foram forjados para iniciar a ofensiva russa no Cáucaso, segundo o Litvinenko...