domingo, dezembro 02, 2018

Como os “coletes amarelos” vandalizaram o centro do Paris

Os protestos dos “coletes amarelos” na França resultaram em danos severos no centro de Paris, em queima de dezenas de automóveis privados, lojas e ATM vandalizadas. No balanço final dos confrontos de sábado em Paris, as autoridades francesas apontam para 133 feridos e 412 detenções.

Protestos do dia 1/12/2018
No sábado, nos protestos em toda a França participaram cerca de 36.000 manifestantes, em Paris cerca de 5.500. Os piquetes bloquearam as auto-estradas em 582 locais diferentes.

Como danificaram o Paris
Os confrontos com polícia foram, na sua maioria, provocados pelos manifestantes, que começaram criar as barricadas no Campos Elísios e nas ruas circundantes. Os manifestantes queimavam as viaturas particulares sem nenhuma necessidade para o tal, muitas vezes pelo puro prazer de vandalismo e ódio jacobino contra a propriedade privada.
Foram queimados vários carros privados, estacionados nas bermas da estrada, sem a presença da polícia, sem confrontos, nenhuma necessidade prática destes a(c)tos.

Os bombeiros tentam apagar os fogos naquilo que restava das viaturas.

Polícia usou o gás pimenta contra os vândalos:

Foram usados os canhões de água, principalmente após a onda de queima de carros particulares.

Confrontos entre polícia e “coletes amarelos”:

Centro do Paris após os protestos.

Um vândalo está danificar um Smart privado, sem nenhuma necessidade prática dos seu a(c)to.

Quiosque danificado e vandalizado, pertencente à uma PME, uma espécie de café sobre as rodas:

ATM destruído:

Montras e portas destruídas, os negócios privados prejudicados, sem nenhuma ligação com o preço de gasolina.

Foto: GettyImages | Texto: Maxim Mirovich

Paris vs Euro Maydan em Kyiv
Kyiv, montras próximas ao metro "Maydan Nezalezhnosti", dezembro de 2013
No decorrer dos protestos na Praça de Independência (Maydan) de Kyiv, que chegou à reunir 1 milhão de pessoas no centro de Kyiv, não foi danificada nenhuma montra, nenhuma viatura privada foi incendiada. As empresas com escritórios na avenida Khreschatyk, no epicentro dos protestos funcionavam em regime normal: McDonalds, bancos (incluindo russo Sberbank), KyivStar, Puzata Hata; Shokoladnitsa (de capitais russos). Nenhuma pedra foi atirada contra as suas montras! Mesmo no momento de confrontos mais severos, no decorrer de uma verdadeira “chuva de pedras”, entre os manifestantes ucranianos e “Berkut”.
Kyiv,  avenida Khreschatyk (junto ao Maydan), dezembro de 2013
Durante cerca de 90 dias em que durou Maydan de Kyiv foram danificadas meia dúzia de viaturas particulares — estavam estacionadas na linha de confrontos entre manifestantes e “Berkut” — atingidas unicamente pelas pedras, nenhuma foi incendiada. Não houve roubos, vandalizações, depredações ou destruição da propriedade privada.
Kyiv,  avenida Khreschatyk (junto ao TsUM), dezembro de 2013
Isso distingue os protestos da sociedade civil do puro vandalismo – os manifestantes ucranianos saíram às ruas com objetivos claros e mantiveram a ordem, evitando qualquer pilhagem. Os manifestantes franceses, aparentemente, apenas queriam lutar com a polícia e queimar carros – o que compromete os objetivos de seu protesto e os expõe como vândalos e hooligans banais.

Foto e Texto: Maxim Mirovich

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