A
ditadura comunista soviética nunca gostou da festa de Natal, mas era necessário
substituí-la, tal era a sua popularidade. Os ideólogos soviéticos decidiram
manter a árvore e os enfeites, concentraram as atenções no Ano Novo e não se
esqueceram de dar um toque “marxista-leninista” aos festejos.
por:
José Milhazes, Da
Rússia
A
estrela manteve-se no topo da árvore, mas deixou de ser a de Belém para ser a
vermelha.
Os
anjinhos foram substituídos por cosmonautas (após 1961), soldados militares do
Exército Vermelho ou personagens de contos populares Died Moroz (Avô
Geada) e a sua neta Sniegurochka (Nevasca).
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Na última foto (imagem: myslo.ru):
Died Moroz com a caçadeira nas mãos e um gorro na cabeça com a estrela vermelha |
E
a Sagrada Família? Não fiquem preocupados pois esse problema também foi
resolvido. O seu lugar passou a ser ocupado pelos camaradas Lenine e Estaline mais ou menos toscos.
Claro que nas bolas e não na manjedoura.
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Imagens em baixo: myslo.ru |
E
todas as crianças deviam saber que os líderes se preocupavam muito com elas. Lenine
e Estaline gostavam muito das crianças, podiam era não gostar dos pais delas,
mas isso é uma outra história.
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Lenine e as crianças |
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Estaline e Molotov e as crianças |
Bónus
A organização internacional de colecionadores de enfeites de árvore de Natal “Golden Glow” considera que em 1966 na URSS foi lançado último brinquedo “produzido e pintado inteiramente à mão”. Na sua opinião, os brinquedos soviéticos produzidos após 1966 não possuem qualquer valor artístico e/ou comercial. Fonte.
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