sábado, dezembro 29, 2018

A árvore “marxista-leninista” da União Soviética (15 imagens)

Capa da revista satírica soviética "Krokodil" (Crocodilo), 1936, № 01
A ditadura comunista soviética nunca gostou da festa de Natal, mas era necessário substituí-la, tal era a sua popularidade. Os ideólogos soviéticos decidiram manter a árvore e os enfeites, concentraram as atenções no Ano Novo e não se esqueceram de dar um toque “marxista-leninista” aos festejos.
Cerca de 1928-1931. Fundos da Biblioteca Pública russa (RGD)
Capa do jornal "Bezbozhnik u stanka" (Ateísta no local do trabalho), 1931, № 22 | Wikipédia/New York Public Library
Texto: É proibido cortar para as árvores de Natal. Coelho: "Vai com deus! Cortadores de lenha como você estão acabados!"
por: José Milhazes, Da Rússia
A estrela manteve-se no topo da árvore, mas deixou de ser a de Belém para ser a vermelha.

Os anjinhos foram substituídos por cosmonautas (após 1961), soldados militares do Exército Vermelho ou personagens de contos populares Died Moroz (Avô Geada) e a sua neta Sniegurochka (Nevasca).
Na última foto (imagem: myslo.ru):
Died Moroz com a caçadeira nas mãos e um gorro na cabeça com a estrela vermelha 
E a Sagrada Família? Não fiquem preocupados pois esse problema também foi resolvido. O seu lugar passou a ser ocupado pelos camaradas Lenine e Estaline mais ou menos toscos. Claro que nas bolas e não na manjedoura.
Imagens em baixo: myslo.ru
E todas as crianças deviam saber que os líderes se preocupavam muito com elas. Lenine e Estaline gostavam muito das crianças, podiam era não gostar dos pais delas, mas isso é uma outra história.
Lenine e as crianças
Estaline e Molotov e as crianças
Bónus
A guerra civil na Espanha, num brinquedo soviético da árvore do Ano Novo.
Final da década de 1930, o avião vermelho derruba um avião negro.
A organização internacional de colecionadores de enfeites de árvore de Natal “Golden Glow” considera que em 1966 na URSS foi lançado último brinquedo “produzido e pintado inteiramente à mão”. Na sua opinião, os brinquedos soviéticos produzidos após 1966 não possuem qualquer valor artístico e/ou comercial. Fonte.

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