Depois
de ter chegado a acordo judicial, Maria
Butina, admitiu que se tentou infiltrar nos círculos republicanos dos EUA para satisfazer os interesses da Rússia. Pena pode ir até cinco anos de prisão,
escreve Observador.pt
A
agente russa Maria Butina confessou esta quinta-feira (12 de dezembro de 2018) em
tribunal que atuou como agente estrangeira ilegal nos Estados Unidos, com o
objetivo de conspirar contra o país e de se infiltrar nos círculos republicanos
para persuadir líderes políticos a satisfazerem os interesses vindos da Rússia.
Segundo
a CNN,
apesar de inicialmente se afirmar inocente, a agente disse agora ter agido “sob
as ordens” de Alexander Torshin, vice-presidente do banco central russo que o
Departamento do Tesouro sancionou este ano. “Maria Butina procurou estabelecer
linhas de comunicação não oficiais com os americanos, exercendo poder e
influência sobre a política dos EUA”, declarou o procurador num tribunal de
Washington.
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Butina,
que está presa desde julho, teria como objetivo infiltrar-se nas empresas que
tinham influência em políticos do país e chegou aos Estados Unidos com um visto
de estudante. Segundo a acusação, “as linhas de comunicação poderiam ser
utilizadas pela federação russa para entrar no aparato de tomada de decisões
dos Estados Unidos e avançar na agenda da federação russa”, através de reuniões
“com políticos e candidatos políticos”, bem como com uma associação pró-armas
de fogo.
Já
esta segunda-feira, a agente russa chegou a um acordo judicial, depois de os
advogados terem enviado uma solicitação de audiência para uma “mudança de
defesa”. Neste acordo, diz a CNN, Maria Butina aceitou entregar qualquer
evidência de crimes de que tem conhecimento, submeter um relato completo da sua
situação financeira, aceitar falar com as autoridades sempre que for necessário
e testemunhar em qualquer tribunal.
Maria Butina por cartoonista russo Alesha Stupin |
O facto de Butina ter assumido a culpa e chegado a um
acordo de cooperação poderá aumentar a esperança de ver a sua pena — que pode
ir até cinco anos de prisão — ser reduzida. Haverá também a probabilidade de a
agente russa ser deportada, tendo sido marcada para fevereiro uma audiência
para discutir a data em que a sentença é anunciada.
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