segunda-feira, dezembro 10, 2018

Doodle celebra nascimento da escritora e jornalista Clarice Lispector


Imagem retirada da página oficial do Google sobre o dia dedicado a Clarice Lispector
Nascida na Ucrânia na localidade de Chechelnyk em 1920 no seio de uma família judaica, a escritora e jornalista naturalizada brasileira foi uma das figuras mais emblemáticas da cultura do país do século XX, recorda Observador.pt

Esta segunda-feira, 10 de Dezembro, a Google dedica o seu Doodle à escritora e jornalista ucraniano-brasileira Clarice Lispector, que neste 10 de dezembro faria 98 anos. Nascida na Ucrânia, na localidade de Chechelnyk, em 1920 no seio de uma família judaica (com o nome de nascença Haia), cedo mudou-se para o Brasil, onde viveu a maior parte da sua vida, para fugir das perseguições anti-semitas e da guerra civil russa [guerra da Rússia bolchevique contra a República Popular da Ucrânia].
Embora tenha estudado Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi no meio literário que encontrou a sua vocação e se deu a conhecer ao mundo. Tornou-se uma das figuras mais influentes da literatura brasileira e do modernismo, sendo por muitos considerada uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros da atualidade.

A escritora que residiu em Pernambuco tem várias obras — romances, novelas, contos, literatura infantil, crónicas –, sendo vista como uma das maiores autoras de ascendência judaica desde Franz Kafka. Durante a sua vida trabalhou como jornalista, no Diário do Povo de São Paulo, e como tradutora, uma vez que era fluente em sete línguas diferentes (português, inglês, francês, espanhol, hebraico, iídiche e russo).
Clarice no dia da formatura no curso de Direito,
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1943
O seu livro de estreia deu pelo nome de “Perto do Coração Selvagem” (1943), lançado quando Clarice tinha 24 anos, e foi o início de uma vasta obra da qual fizeram parte livros como: “Laços de Família” (1960), “A Paixão segundo G.H.” (1964), “A Hora da Estrela” (1977) e “Um Sopro de Vida” (1978, póstumo).

Perto dos 57 anos, Clarice faleceu, após lhe ter sido diagnosticado um cancro nos ovários, tendo deixado um vasto legado para a literatura brasileira do século XX.

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