domingo, agosto 26, 2018

Memorial das vítimas do comunismo foi inaugurado em Tallinn na Estónia

Em 23 de agosto, em Tallinn, na colina de Maarjamäe, foi oficialmente inaugurado o memorial das Vítimas do Comunismo na Estónia de 1940-1991. No local são gravados os nomes dos 22.000 estónios, vítimas da primeira onda da ocupação e das repressões do regime soviético.
O regime do terror comunista foi estabelecido no país com a ocupação da Estónia pelas tropas soviéticas em 17 de junho de 1940 e terminou com a restauração da independência do país em 20 de agosto de 1991. Como consequência da política soviética de ocupação, Estónia perdeu um em cada cinco cidadãos, que viviam no país até 1940, no total mais de um milhão de pessoas, dos quais mais de 75.000 foram assassinadas, presas ou deportadas. A grande maioria deles descansa em sepulturas anónimas. Em memória de todas as vítimas do comunismo na Estónia, o povo e o Estado estónios criaram este memorial, inaugurado em agosto de 2018.
A presidente da Estónia Kersti Kaljulaid
Toda a ideologia totalitária é a inimiga de liberdade já pela sua própria natureza, e nós sabemos o seu alto preço pela nossa própria experiência histórica”, disse a presidente da Estónia Kersti Kaljulaid no discurso de abertura do memorial.
O Memorial, chamado Eesti kommunismiohvrid (https://www.memoriaal.ee/en) têm duas partes – a “Viagem”, um corredor, formado por duas altas paredes, com as placas que indicam os nomes das vítimas, que na sua maioria morreram longe da Estónia, e cujo local de enterro é praticamente desconhecido. O corredor simboliza o carinho humano e a hostilidade do regime totalitário. O “Jardim da Casa” simbólico possui vários textos informativos e pedras de localização, marcando os locais do terror. A paz e segurança simbolizam as macieiras no Parque Memorial e as abelhas na parede lateral do memorial. Um monumento aos oficiais militares estónios que foram vítimas do terror comunista também faz parte do Memorial.
Ler mais

Os cidadãos da Estónia encaram os dois regimes de ocupação, soviética e nazi, de mesma forma. Embora, naturalmente existem diferenças temporais, devidas, sobretudo, à duração da ocupação da Estónia por estes dois regimes. A ocupação soviética durou 51 anos (1940-1991) e a ocupação nazi apenas 3 (1941-1944).  
Como tal, na Estónia também existem os monumentos em memória das vítimas do nazismo, como os memoriais de vítimas do Holocausto, também foram preservados os monumentos aos militares soviéticos que morreram durante a re-ocupação da Estónia em 1944.
A primeira pedra do memorial em Maarjamäe foi lançada em 4 de maio de 2018 e a data de inauguração no dia 23 de agosto simboliza a memória do tristemente conhecido pacto Molotov-Ribbentrop, assinado pela Alemanha nazi e URSS comunista em 1939, que dividiu a Europa entre as zonas de influência nazi e soviética, traçando, e marcando para sempre, o destino de milhões de pessoas na Polónia, Ucrânia, Belarus, Moldova e Países Bálticos.
Konstantin Päts (1874-1956), Presidente da Estónia (24/04/1938 — 21/06/1940);
morreu no hospital psiquiátrico russo, acusado de (entre outras coisas):
“Reivindicação persistente de ser o presidente da Estónia”...
Konstantin Päts (1874-1956), foto tirada na cadeia de NKVD em 1941.
Todas as fotos do memorial @AronUrb

1 comentário:

Anónimo disse...

Coitado desse presidente estoniano. Sorte que a Finlândia conseguiu quebrar as pernas da URSS.