«O Mito/The
Myth» (2018) é um filme documental ucraniano de Leonid Kanter e Ivan Yasniy, que relata a história do
Vasyl/Wasyl Slipak – o cantor de ópera parisiense que trocou a sua vida cómoda na Europa
pelas trincheiras na frente leste na Ucrânia.
Vasyl
Slipak nasceu na cidade de Lviv e mais tarde foi viver para a França, onde
permaneceu até aos 19 anos. Aí ele teve tudo que nós chamamos de felicidade: o
nome, a carreira artística de sucesso em principais palcos de ópera, amigos
fiéis e o amor.
Desde
2013-14 ele participou ativamente na Revolução da Dignidade (também conhecida
como Maydan), liderando as manif
ucranianas na França. Mais tarde juntou-se ao movimento dos voluntários,
ajudando a Ucrânia. Parece que fez mais do que o suficiente para um artista.
Quando
a guerra atingiu o leste da Ucrânia, Vasyl decidiu abandonar o palco e a sua
carreira na Europa, entrando ao serviço militar. No decorrer da uma ação da campanha,
Vasyl Slipak, nom de guerre “Mif”
(Mito), morreu, atingido pelo franco-atirador inimigo.
A
dupla dos realizadores, Leonid
Kanter e Ivan Yasniy, é conhecida sobretudo pelo filme “Os voluntários do pelotão
do Deus” (título
internacional The Ukrainians), que foi passado em 23 países e em todos os
continentes:
Os
autores juntam no filme dois géneros: o cinema e o concerto. Foram utilizados
imensos vídeos do arquivo que retratam tanto a vida pessoal como artística do
herói principal. Seguem entrelaçadas as duas linhas da narrativa, tão
semelhantes entre si, que o espectador tem dificuldade em distinguir a
imaginação da realidade. Uma linha usa a narrativa do Gelsomino
nel paese dei bugiardi (Zé Jasmim na terra dos aldrabões) da autoria do
Gianni Rodari, que relata a vida de um rapaz que teve uma voz única e que se
aproveitava dela para lutar contra os inimigos; а outra linha relata a história do
Vasyl Slipak que usou a voz na luta pela sua terra, porque não podia ficar
calado.
A
música para o filme é da autoria do compositor russo (e amigo próximo do Vasyl
Slipak) Evgueni Galperine, que já trabalhou em parceria com Luc Besson e Barry Sonnenfeld,
e também dos compositores ucranianos Roman Grygoriv, Ilya Razumeyko (formação
NOVA OPERA) e Eduard “Dilya” Prystupa. A animação para o filme foi feita pelo
caricaturista ucraniano Yuri Zhuravel.
Exibições
públicas em Portugal com entrada livre (aceitam-se os donativos):
Cidade:
Vila Nova de Gaia – 30 de agosto de 2018
Hora:
às 20h00
Local:
Seminário Redentorista Cristo Rei – R. Visc. Devesas, № 684
Cidade:
Lisboa – 2 de setembro de 2018
Hora:
às 10h00
Local:
Igreja São Jorge de Arroios (rua Alves Torgo, № 1)
Sem comentários:
Enviar um comentário