Um
dos principais slogans da propaganda russa na mobilização de mercenários para a
guerra na Donbas foi de “combater o fascismo”. Mas vários neonazis russos
estavam entre os que responderam à essa chamada. Um exemplo vívido dessa
contradição aparente são os irmãos Krasnolutsky.
“A
Rússia é para os russos, Voronezh é para os Krasnolutsky!”, diz o slogan da foto conjunta de Vladislav e Artem Krasnolutsky, postada numa das redes
sociais em dezembro de 2013.
Os
álbuns de fotos dos irmãos nessa mesma rede social contêm muitas imagens
dedicadas ao 3º Reich, fotos delas mostrando tatuagens e camisetas com a
suástica e posando com um braço direito levantado, semelhante à saudação nazi.
Artem Krasnolutsky |
Vladislav
Krasnolutsky foi o primeiro a ingressar na empresa militar privada (EMP) russa grupo
Vagner. Ele foi enviado para a Síria e morto na província de Deir ez-Zor em
10 de outubro de 2017.
Seu
irmão, Artem Krasnolutsky, juntou-se ao Vagner em 2018, após ter sido condenado
aos 11 anos de prisão por sequestro. Ele “escapou” da prisão, aparecendo na
base de treino de Vagner na localidade de Molkino, recebendo lá o treino adicional. Em março de 2018,
ele foi enviado para a Síria para reforçar as forças de Vagner, após uma derrota
devastadora, imposta ao grupo pelas forças
americanas comandadas pelo brigadeiro general luso-americano Jonathan “Jon” Braga.
Vladislav Krasnolutsky no quintal da sua casa em vida |
Putin
e o seu regime, certamente precisam destes “combatentes contra o fascismo e o terrorismo mundial” para a expansão do “mundo russo”, na Ucrânia, Síria ou em África.
Bónus
I
Bónus
II
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