domingo, junho 10, 2018

Neonazis russos nas fileiras da EMP “grupo Vagner” (II)

Um dos principais slogans da propaganda russa na mobilização de mercenários para a guerra na Donbas foi de “combater o fascismo”. Mas vários neonazis russos estavam entre os que responderam à essa chamada. Um outro exemplo vívido dessa contradição é o nazi-estalinista russo Dmitri Dutov.
O neonazi russo não mata ninguém nessa foto, ele apenas está à treinar...
“Estaline está vivo”, comenta ele a foto do ditador comunista soviético Estaline, postada pelo próprio, numa das redes sociais em março de 2013:
“Símbolo da raça – [...] união dos Quatro Grandes Povos, Arianos e Eslavos”, diz a descrição bastante hilariante de uma suástica arco-íris, postada pelo Dmitri na sua página em abril de 2013:

O álbum de fotos do perfil do mercenário russo contêm algumas imagens e tatuagens com as suásticas, poses com o braço direito levantado, semelhante à saudação nazi.
Cidadão russo Dmitri Dutov (1/01/1978), nascido no Rostov-no-Don e residente em Sochi, nom de guerre “Svat” (Casamenteiro), apareceu no leste da Ucrânia em 2014, como parte dos efetivos da empresa militar privada (EMP) russa grupo Vagner. Desde 12.09.2014 se apresentava como quadro da “procuradoria-geral” da dita “dnr”, oficial franco-atirador da sua “direção de operações especiais”.
Dmitri Dutov (no meio) na companhia de outros "combatentes-antifascistas" de Donbas
De acordo com os dados da secreta ucraniana SBU, este terrorista russo foi liquidado pelas forças ucranianas em 28 de janeiro de 2015, quando o “grupo Vagner” participou no assalto da cidade ucraniana de Debaltseve. Neste assalto, o “grupo Vanger” (em conjunto com outras unidades das forças russo-terroristas) usou 205 mercenários, perdeu definitivamente 21, dos quais 14 foram positivamente identificados pelo SBU.
A foto do terrorista, tirada 5 dias antes da sua liquidação e postada mais tarde pelos familiares
Ao título póstumo o mercenário e terrorista russo foi condecorado, pela sua própria EMP, com duas “medalhas” não oficiais, informação confirmada, em novembro de 2017, e através das redes sociais pelo pai do mercenário. O terrorista russo deixou na Rússia a viúva e dois filhos menores.
"As condecorações do mais velhinho, ao título Póstumo", escreve o pai do terrorista
Putin e o seu regime, certamente precisam destes “combatentes contra o fascismo” para a expansão do seu “mundo russo”, na Ucrânia, Síria ou em África.

Blogueiro: como pode ver e bem o nosso querido leitor Ivan Zalypin, afinal temos algum moral de chamar um nazi(sta) de nazi(sta). Tal como no caso do terrorista brasileiro Rafael Lusvarghi, alguns dos nazis(tas) russos também apreciam Estaline, é perfeitamente normal, comunismo e nazismo afinal de contas, são irmãos gémeos. 
Lusvarghi explica que é nazista "e desde pivete"...

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