Na
tarde do dia 15 de junho um grupo de adeptos de futebol suíços/helvéticos praticamente
entrou na zona da Operação de Forças Conjuntas (OFC) no leste da Ucrânia. Os
fãs viajavam, via terrestre, para assistir o jogo Brasil – Suíça.
Os
suíços iam para a cidade russa Rostov-no-Don e o seu GPS lhes traçou o caminho
que passava pela cidade de Donetsk, ocupada pelas forças russo-terroristas.
Eles ainda queriam pernoitar na localidade de Amvrosiivka, também sob ocupação.
Naturalmente, os turistas helvéticos são exemplo típico dos europeus que vivem na Europa e desconhecem
a existência da guerra russo-ucraniana.
Tudo
indica que ao cruzar a fronteira da Ucrânia e até em alguns postos de controlo
ucranianos, nas proximidades de zona de OFC, ninguém perguntou aos turistas
sobre o seu destino final ou os objetivos de viagem. A sua viatura ostentava as
marcas claras que indicavam que eles iam ao Campeonato/Copa, debaixo de pára-brisas
os adeptos levavam a réplica da copa!
Pela
sorte dos distraídos, os suíços foram recebidos pela voluntária ucraniana Anna
Dombrovska que explicou lhes em inglês o seu erro, ajudando os helvétios à
sair da zona do perigo e achar um caminho menos perigoso até o Rostov, se é que
possível falar sobre “perigo menor”, se tratando de um país-ocupante...
Mas
dado que a guerra não para, Anna continua à recolher os fundos para salvar as
vidas dos civis e militares ucranianos:
as fotos @Ann Dombrovska |
PayPal:
kottvc@gmail.com
Western
Union | MoneyGram: Vyacheslav Kazakov, Ukraine (ajuda aos amigos ou familiares)
Blogueiro: os helvéticos
possivelmente nem se aperceberam do perigo real do qual escaparam, desde as minas da região de Donbas até as situações em que por muito menos
os estrangeiros já foram detidos nos territórios de ditas “repúblicas populares”,
acusados de serem os “espiões da NATO” ou “do SBU”. Agora os suíços já poderão contar
aos netos dos “perigos” que passaram devido à sua paixão pelo “futebol
que está acima da política”...
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Bónus
A
reportagem do jornalista brasileiro Ricardo Senra, de Govnyarka (literalmente
merdoca), um dos bairros residenciais da cidade russa Rostov-no-Don (texto e
fotos Ricardo Senra, BBC Brasil):
Bairro ao lado de estádio e encontro de torcedores da Copa está cheio de entulho, lixo e ratos | Imagem: Ricardo Senra / BBC News Brasil |
Em
Rostov-on-Don, onde o Brasil estreia na Copa do Mundo da Rússia, neste domingo,
pelo menos dez quadras em ruínas, com barracos de madeira e muito lixo separam
o principal ponto de encontro de torcedores da imponente arena Rostov, uma
estrutura de vidro e metal de 51 metros, o equivalente a 16 andares, construída
especialmente para o evento por 19,8 bilhões de rublos, ou R$ 1 bilhão.
Não há esgoto tratado ou água encanada na maioria das casas do local | Imagem: Ricardo Senra / BBC News Brasil |
Imagem: Ricardo Senra / BBC News Brasil |
Imagem: Ricardo Senra / BBC News Brasil |
Imagem: Ricardo Senra / BBC News Brasil |
Pilhas de pontas de cigarro barato, pequenas garrafas de vodca se acumulam em canteiros | Imagem: Ricardo Senra / BBC News Brasil |
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