A
perseguição dos funcionários da Biblioteca ucraniana de Moscovo, cada vez mais
assemelha-se ao Caso dos médicos,
também conhecido como “O caso da conspiração sionista no MGB”, campanha de
cariz antisemita que começou na União Soviética em 1948 e terminou em 1953,
quase imediatamente após a morte do Estaline.
“Os
espiões e assassinos ignóbeis mascarados de professores médicos” (artigo corrigido
pessoalmente pelo Estaline e publicado no jornal “Pravda” em 13 janeiro de
1953).
Hoje (a agência) TASS publica a crónica da prisão de médicos – danificadores. Este grupo
terrorista, descoberto há algum tempo pelos órgãos de segurança do Estado, teve
como objetivo, através do tratamento médico destrutivo, encurtar a vida útil dos
líderes ativos da União Soviética.
A
investigação estabeleceu que os membros do grupo terrorista, usando a sua
posição de médicos e abusando da confiança dos pacientes, deliberadamente, maliciosamente
comprometiam a sua saúde, faziam os diagnósticos incorretos e, em seguida, destruíam
os pacientes com o tratamento errado. Sob o disfarce do título elevado e nobre
de médico – o homem de ciência, esses monstros e assassinos pisotearam a
sagrada bandeira da ciência. Ao embarcar no caminho de crimes monstruosos, eles
profanaram a honra de cientistas.
As
vítimas desse bando de bestas humanóides se tornaram os camaradas A. A. Zhdanov
e A. Shcherbakov. Os criminosos confessaram que, aproveitando a doença do
camarada Zhdanov, ocultaram deliberadamente o seu infarto do miocárdio, prescreveram
o regime contraproducente à essa doença grave e, assim, mataram o camarada Zhdanov.
Os médicos-assassinos, aplicando erradamente os meios medicamentosos potentes e
estabelecendo o regime desastroso, reduziram a vida do camarada Shcherbakov,
levando-o até a morte.
Primeiramente,
os criminosos tentavam minar a saúde dos quadros da liderança militar soviética,
retira-los de circulação e, assim, enfraquecer a defesa do país. A prisão de
criminosos invalidou os seus planos malignos, impediu-os à alcançar o seu
objetivo monstruoso.
***
[O
artigo continua no mesmo tom agressivo, “desmascarando” os “monstros”, os “traidores
desprezíveis da Pátria”]
***
Apoiado
por um grupo de deprovados nacionalistas judeus burgueses, espiões e
terroristas profissionais do “Joint”, à mando e sob a direção de inteligência
americana, lançaram a sua atividade subversiva no território da União
Soviética. Como mostrou durante a investigação o detido Vovsi, ele recebeu a
directiva do “extermínio dos quadros dirigentes da União Soviética” dos Estados
Unidos. Esta directiva foi lhe passada em nome da organização de espionagem
terrorista “Joint”, pelo médico Shimeliovich e bem
conhecido nacionalista burguês judaico Mikhoels.
***
Outros
participantes do grupo terrorista (Vinogradov, M. Kogan, Yegorov) são, como
agora foi comprovado, os antigos agentes da inteligência britânica, servem-a
desde o longo período,executando as suas tarefas mais criminosas e sujas.
***
[O
artigo recorda a teoria do Estaline (“como ensinou o Lenin imortal, como ensina
o camarada Estaline”) sobre a intensificação da luta de classes: “quando o mais
bem sucedido será o nosso progresso, mais aguda será a luta dos inimigos do
povo, condenado à morte, levados ao desespero” e termina com a seguinte passagem]
O
povo soviético, com a raiva e indignação denuncia a quadrilha criminosa de
assassinos e seus mestres estrangeiros. Mercenários desprezíveis, vendidos por
dólares e libras, ele (povo) os esmagará como um réptil repugnante.
Ver o texto original e a corretura do artigo pelo Estaline:
Blogueiro:
o processo contra os “médicos-assassinos”, foi encerrado pela ordem direta do
Lavreniy Beria apenas uma semana após a morte do Estaline. Beria, apenas o
bandido, ao contrário do Estaline, bandido e comunista, não era antisemita e não
via nenhuma utilidade na perseguição da elite médica soviética, composta, em
larga escala pelos judeus, dado que o sistema soviético limitava a sua
progressão na carreira, por exemplo, no exército e nos serviços de segurança.