Durante a Revolução de
Dignidade (o movimento Maydan) e na guerra russo-ucraniana (OAT), morreram pelo
menos 28 fãs, que pertenciam às torcidas organizadas de futebol, e que
representavam todas as regiões de Ucrânia e diversos clubes da 1ª e 2ª ligas.
Tudo começou no dia 1
de dezembro de 2013, quando fãs dos diversos clubes de futebol se reuniram na
rua Bankova em Kyiv (imediações da presidência da república da Ucrânia), onde participaram
nos primeiros confrontos com a polícia (após duas semanas de protesto pacífico
na praça de Independência, conhecida como Maydan, no centro de Kyiv).
Seguiram-se as tomadas
e defesas do Conselho municipal de Kyiv e da “Casa da Ucrânia”, patrulhamentos
noturnos da cidade, defesa da Maydan e confrontos com os bandidos titushki, mas
principalmente, os confrontos com a polícia “Berkut” na rua Hrushevskoho, que à
partir do dia 19 de janeiro de 2014 marcaram o início do fim do regime do
Yanukovych.
Desde a queda do antigo
regime e face a agressão russa na Crimeia, os fãs dos clubes ucranianos
anunciaram o fim intemporal de quaisquer inimizades clubísticas. Foram as
torcidas unidas que garantiram a manutenção da paz em Odessa e Kharkiv, não
permitindo a tomada de poder pelos separatistas locais, apoiados pelos
terroristas russos.
Neste momento, os
representantes de quase todas as torcidas organizadas estão defender Ucrânia no
leste de país, resistindo e combatendo as forças russo-terroristas. Inseridos
nas FAU e nas unidades voluntárias, nem todos voltaram para as suas casas. A
guerra, leva os mais bravos e mais corajosos. Eles deram as suas vidas pela
Ucrânia e pela sua liberdade, mas eles viverão em memória daqueles que os
recordam. Por isso, a página das torcidas organizadas da Ucrânia, ultras.org.ua, criou um mural para
recordar todos os companheiros que morreram na defesa da Pátria. Glória eterna
aos Heróis!
No total, a lista tem
28 nomes, 26 com a morte confirmada e dois desaparecidos, após,
presumivelmente, serem capturados pelos terroristas. A maioria dos patriotas
serviu e morreu ao serviço dos batalhões voluntários: “Aydar”, “Azov”, DUK PS. Vinte
deles foram condecorados pelas medalhas e ordens militares ucranianos, à título
póstumo. Apenas três dos heróis eram da Ucrânia Ocidental, cinco de Kyiv, um
era cidadão da Rússia e os restantes eram naturais do centro e leste do país, incluindo da região de Donbas. O mais velho tenha 42 anos, o mais novo
apenas 16...
"...Se abracem, meus irmãos, vós suplico, vos peço..." |
Na terceira maior cidade
russa, Novosibirsk, a diáspora ucraniana local abriu o monumento ao poeta mor da
Ucrânia, Taras Shevchenko. O monumento se situa na esquina das ruas Kirov e
Shevchenko. Taras Shevchenko nunca visitou a cidade (a urbe foi fundada já
após a sua morte), mas durante a II G.M., na Opera local estava guardada a
exposição do Museu de Shevchenko de Kyiv. A altura do monumento é
de 3,8 metros, o seu custo é de cerca de 50.000 dólares que, em parte, foram doados por cerca
de 250 personalidades, e em parte, contaram com o subsídio estatal.
Taras Shevchenko: "...Se abracem, meus irmãos, vós suplico, vos peço..." |
1 comentário:
O que vc sabe sobre isso:
http://www.thedailybeast.com/articles/2015/08/23/russia-s-playing-a-double-game-with-islamic-terror0.html
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