sexta-feira, outubro 02, 2015

Morreram pela Ucrânia: os ultras que deram vida pelo país

Durante a Revolução de Dignidade (o movimento Maydan) e na guerra russo-ucraniana (OAT), morreram pelo menos 28 fãs, que pertenciam às torcidas organizadas de futebol, e que representavam todas as regiões de Ucrânia e diversos clubes da 1ª e 2ª ligas.

Tudo começou no dia 1 de dezembro de 2013, quando fãs dos diversos clubes de futebol se reuniram na rua Bankova em Kyiv (imediações da presidência da república da Ucrânia), onde participaram nos primeiros confrontos com a polícia (após duas semanas de protesto pacífico na praça de Independência, conhecida como Maydan, no centro de Kyiv).

Seguiram-se as tomadas e defesas do Conselho municipal de Kyiv e da “Casa da Ucrânia”, patrulhamentos noturnos da cidade, defesa da Maydan e confrontos com os bandidos titushki, mas principalmente, os confrontos com a polícia “Berkut” na rua Hrushevskoho, que à partir do dia 19 de janeiro de 2014 marcaram o início do fim do regime do Yanukovych.

Desde a queda do antigo regime e face a agressão russa na Crimeia, os fãs dos clubes ucranianos anunciaram o fim intemporal de quaisquer inimizades clubísticas. Foram as torcidas unidas que garantiram a manutenção da paz em Odessa e Kharkiv, não permitindo a tomada de poder pelos separatistas locais, apoiados pelos terroristas russos.

Neste momento, os representantes de quase todas as torcidas organizadas estão defender Ucrânia no leste de país, resistindo e combatendo as forças russo-terroristas. Inseridos nas FAU e nas unidades voluntárias, nem todos voltaram para as suas casas. A guerra, leva os mais bravos e mais corajosos. Eles deram as suas vidas pela Ucrânia e pela sua liberdade, mas eles viverão em memória daqueles que os recordam. Por isso, a página das torcidas organizadas da Ucrânia, ultras.org.ua, criou um mural para recordar todos os companheiros que morreram na defesa da Pátria. Glória eterna aos Heróis!

No total, a lista tem 28 nomes, 26 com a morte confirmada e dois desaparecidos, após, presumivelmente, serem capturados pelos terroristas. A maioria dos patriotas serviu e morreu ao serviço dos batalhões voluntários: “Aydar”, “Azov”, DUK PS. Vinte deles foram condecorados pelas medalhas e ordens militares ucranianos, à título póstumo. Apenas três dos heróis eram da Ucrânia Ocidental, cinco de Kyiv, um era cidadão da Rússia e os restantes eram naturais do centro e leste do país, incluindo da região de Donbas. O mais velho tenha 42 anos, o mais novo apenas 16... 

Shevchenko em Novosibirsk
"...Se abracem, meus irmãos, vós suplico, vos peço..."
Na terceira maior cidade russa, Novosibirsk, a diáspora ucraniana local abriu o monumento ao poeta mor da Ucrânia, Taras Shevchenko. O monumento se situa na esquina das ruas Kirov e Shevchenko. Taras Shevchenko nunca visitou a cidade (a urbe foi fundada já após a sua morte), mas durante a II G.M., na Opera local estava guardada a exposição do Museu de Shevchenko de Kyiv. A altura do monumento é de 3,8 metros, o seu custo é de cerca de 50.000 dólares que, em parte, foram doados por cerca de 250 personalidades, e em parte, contaram com o subsídio estatal.
Taras Shevchenko: "...Se abracem, meus irmãos, vós suplico, vos peço..."

1 comentário:

Anónimo disse...

O que vc sabe sobre isso:

http://www.thedailybeast.com/articles/2015/08/23/russia-s-playing-a-double-game-with-islamic-terror0.html