Nascida
em 31 de maio de 1948 na cidade ucraniana de Ivano-Frankivsk, a escritora e
jornalista belarusa Svetlana
Alexievich ganhou o prémio Nobel de Literatura de 2015, “por seus escritos
polifónicos, um monumento ao sofrimento e à coragem do nosso tempo”.
Svetlana Alexievich no Afeganistão, década de 1980 |
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de imprensa em diversas línguas: http://goo.gl/8NbJnP
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bibliográficas em diversas línguas: http://goo.gl/i8YnlI
A
obra da Svetlana Aleksievitch em português
Em
2015, a Porto Editora,
publicou o seu livro “O Fim do Homem Soviético – Um tempo de desencanto” (ISBN:
9789720047403, preço: 19,90 € | 17,91 €).
A
obra é dedicada ao ressurgimento de uma nova geração de russos (dentro e fora
da Rússia), que anseia pela grandiosidade da URSS, exalta Estaline como um
grande homem. Com uma acuidade e uma atenção únicas, Svetlana Aleksievitch
reinventa neste magnífico requiem uma forma polifónica singular, dando voz a
centenas de testemunhas, os humilhados e ofendidos, os desiludidos, ao homem e
à mulher pós-soviéticos, para assim manter viva a memória da tragédia da URSS e
narrar a pequena história que está por trás de uma grande utopia.
Rapazes de Zinco
Recorrendo, como é sua
marca, às vozes dos entrevistados, à eloquência e silêncio de um coro
polifónico, espelho da realidade, Svetlana Alexievich mostra-nos a verdade
acerca da guerra soviética no Afeganistão: a beleza do país contrastando com a
violência do exército, a morte, a entrada em força no território e as vidas
destruídas dos veteranos de guerra, toldados pela vergonha. Uma visão única,
lúcida e poderosa da realidade da guerra.
Rapazes de Zinco
De
1979 à 1989, o exército soviético combateu o Afeganistão, uma guerra que gerou mais
de quinze mil mortos e mais de quatrocentos e cinquenta mil feridos e doentes,
atingindo profundamente toda uma geração. Alvo de contestação e polémica na
União Soviética por altura da sua publicação, acusado por críticos de ser “uma
fantasia carregada de mentiras” e parte de “um coro histérico de ataques
perversos”, Rapazes de Zinco oferece um testemunho sentido e afetuoso dos
soldados, enfermeiras, mães, filhos e filhas que viveram a guerra e os seus
efeitos devastadores.
Livro dedicado à guerra soviética no Afeganistão |
Nestas
páginas revela-se uma história de brutalidade e mentira, marcada simbolicamente
pelos caixões de zinco, usados para transportar os mortos para casa, perante
uma União Soviética que negava o horror e a destruição causados pela guerra.
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