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de outubro de 1942 é a data simbólica de formação do Exército Insurgente da
Ucrânia (UPA), a ala militar do movimento de libertação nacional da Ucrânia, OUN-UPA,
que combateu primeiro os nazis e mais tarde os invasores soviéticos.
O
número dos seus efetivos em 1944: 30.000 – 40.000 combatentes, controlando
parcialmente o território de 150.000 km² com a população de 15 milhões de
habitantes. No total, pelas fileiras do UPA passaram cerca de 100.000
ucranianos, pelo apoio e participação na resistência, cerca de 500.000 ucranianos se tornaram alvo das repressões
soviéticas. Os dados da administração
soviética apontam que entre 1944 à 1953 os ocupantes mataram 153.000
ucranianos; 134.000 foram presos e 200.000 deportados para a Sibéria. O último
combate conhecido do UPA teve o lugar em 12 de abril de 1960. O último
combatente do UPA vivo, Illia “Kobzar”
Oberyshyn, saiu da clandestinidade no dia 3 de dezembro de 1991, 2 dias após o
referendo popular que confirmou a Independência da Ucrânia.
Ver
as fotos do UPA:
Publicados
novos documentos da OUN
O
arquivo dos Movimentos de Libertação Nacional da Ucrânia colocou à consulta pública os 63 documentos da OUN, descobertos em 2014 na
região de Khmelnitskiy. O bidão do leite continha diversos objetos pessoais dos
insurgentes ucranianos e 81 documentos, 18 dos quais ainda estão no processo do
restauro. Sabe-se que o arquivo que passou mais de 60 anos enterrado, foi mantido
pelas duas datilógrafas, «Larysa» e «Tamara».
O
arquivo foi enterrado por volta de 1950, a maioria dos documentos são datados entre
1945 e 1950. Arquivo possuía as 8 fotos dos resistentes, parte deles foi
identificada. Uma delas é datilógrafa “Tamara”, alias Mykhailyna Holinata. No
dia 26 de dezembro de 1949 a kryjivka (esconderijo), usado pela liderança
distrital de OUN foi descoberta pelo NKVD. Durante o combate, “Tamara” foi ferida,
capturada e enviada ao hospital distrital, onde ela arrancou as ligaduras dos
seus ferimentos e morreu do sangramento. Tive apenas 23 anos...
A
sua irmã mais nova, Ivanna Holinata-Korol, também membro da resistência, conta
que uma vez perguntou “Tamara” se está não pensaria sair da guerrilha ativa.
Mykhailyna respondeu com as palavras do poeta ucraniano Ivan Franko: “Que direito tem
você, cabecinha sobrevivente, em se preocupar com a sua própria salvação, onde o milhão
morre?” (fonte).
Consultar o arquivo: http://avr.org.ua/index.php/ARH/3102/?a=1
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