Mikheil Saakashvili, de braço estendido no centro, reclama a demolição de um muto ilegal, erguido no espaço público |
O
ex-presidente da Geórgia, o inimigo íntimo do Putin, tornou-se o governador de província
(oblast) ucraniana de Odessa, quer superar a corrupção na região e tem cem dias para
produzir as ações espetaculares.
por:
Hélène Despic-Popovic, Libération (França)
Mikheil Saakashvili e roqueiro russo Boris Grebenshikov |
Em
Odessa, o maior porto ucraniano no Mar Negro, a corrupção é sinónimo de imobiliário
e alfândegas, apesar de todos os esforços para contê-la. E ex-presidente da
Geórgia, Mikheil Saakashvili, o governador nomeado da região de Odessa por seu
ex-colega da universidade de Kyiv, o presidente ucraniano, Petró Poroshenko,
foi mandatado para pôr fim à essas práticas. Agora, é forçado de admitir, após
cem dias no cargo: não haverá milagre local sem um aprofundamento das reformas
em todo o país e uma redistribuição de competências à todos os níveis. É por
isso que a equipa de jovens go-getters recrutados em Kyiv, Tbilisi e até mesmo
em Moscovo pelo “tornado branco”, apresentou ao Parlamento (ucraniano) um “pacote
de reformas em Odessa”. Uma espécie de credo liberal e ode à desregulamentação,
que combina reforma do código do trabalho, simplificação dos controlos e
procedimentos aduaneiros para a emissão de documentos, etc. Saakashvili, de 47
anos, tem um bom histórico: Geórgia, que tinha níveis semelhantes de corrupção aos
outros Estados pós-soviéticos quando ele assumiu o poder (em 2004), tem agora
uma das políticas menos corruptas na Europa (é pior do que a Finlândia, mas é melhor
do que a Alemanha ou a França, de acordo com vários estudos).
Ler
mais em francês “A Odessa, une tornade nommée Saakachvili”:
1 comentário:
Ele precisa transformar odessa numa espécie de Dubai. Atrair sobretudo o turismo e, talvez, permitir os cassinos o que eh muito complicado devido a corrupção.
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