Na
Síria continuam os bombardeamentos da força aérea russa que atingiu vários
alvos civis, desta vez na província de Idlib, onde foram visados os voluntários da Defesa Civil da Síria. A vítima
mortal é Issam Al Saleh que deixou a viúva e um filho de 2 anos.
Voluntário morto: Issam Al Saleh |
Issam
Al Saleh é o 108º voluntário da DCS morto na linha do dever, tentando salvar as vidas dos seus
compatriotas. A triste ironia suprema reside no facto de que antes do início a
guerra, ele era um polícia de proteção diplomática, junto à embaixada russa em Damasco.
Sobre
o ataque russo em Ibdlib se sabe que a aviação russa bombardeou vários alvos civis, afastando-se depois, mas logo, quando na zona do impacto apareceram os voluntários da Defesa Civil, o mesmo local foi novamente duramente atingido pela aviação russa.
https://www.youtube.com/watch?v=vmpOqbhsNgg&sns=tw
O
bem tempo para bombardear
A
previsão do tempo, mostrada no canal televisivo russo “Rossija-24”, chamou o tempo na Síria de “bem-sucedido” para os
bombardeamentos do país. “De acordo com os especialistas, o tempo para a
operação de forças militares aeroespaciais russas, de ponto de visto do tempo, foi muito bem escolhido”, – disse apresentadora e acrescentou que outubro é um
mês favorável para os voos.
https://www.youtube.com/watch?v=dwcNgxYhKvg
E
depois do al-Assad?
Por
outro lado, o presidente sírio Bashar al-Assad disse na entrevista ao canal iraniano
Khabar TV que pode se demitir do cargo do chefe do estado caso isso ajudará à resolver
a crise no país (SANA):
Pergunta
36: Mais uma vez, vamos voltar aos assuntos internos da Síria. A oposição pede
que você se demite. Se você acreditar que deixar o cargo irá restaurar a
segurança e a estabilidade para a Síria, o que você faria?
Presidente
Assad: [...] Quanto a mim, pessoalmente, eu digo novamente que, se minha
partida é a solução, eu nunca hesitarei em fazer isso.
Blogueiro
O helicóptero Mi-17 soviético abatido pela resistência afegã na década de 1980 |
Enquanto
a imprensa russa noticia o emprego na Síria dos mísseis Kh-29, usados pela URSS em 1979-1989 no Afeganistão,
pergunta-se cada vez mais, se a sua intervenção na Síria não será semelhante à
intervenção desastrosa da URSS naquele país. A resposta é só uma: no
Afeganistão, em 1979 ninguém sabia o que será o “Afeganistão”, acontecimento que marcou uma geração inteira e que contribuiu muito bastante para derrubar a União Soviética apenas uma década depois. Como tal, só o tempo dirá se
a aventura na Síria ditará o fim da “nova URSS”.
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