Neste domingo na capital da Ucrânia, cidade de Kyiv, decorreu a 4ª marcha de igualdade,
organizada pela comunidade LGBT ucraniana e conhecida como “Kyiv Pride 2017”.
Slogan maior: "Olha ao mundo de forma mais ampla" |
Cerca
de 2.000
participantes, protegidos por 5.000 polícias e membros da Guarda Nacional da
Ucrânia marcharam desde Casa dos Professores na rua Volodymyrska até a praça
Lev Tolstoy. Os seus oponentes, membros das organizações da direita tentaram por algumas vezes perturbar a marcha, mas em geral o
evento decorreu sem grandes sobressaltos (ver a galeria de fotos).
Bíblia (em língua russa) |
A
marcha começou cerca de 10h10 (hora de Kyiv), na coluna LGBT estavam presentes
muitos estrangeiros, dois embaixadores, dos EUA e da Grã-Bretnha e pelo menos
dois vice-ministros do governo ucraniano.
"Tudo começou com veganismo" |
"As pessoas não são propaganda" |
O
itinerário da marcha tinha que ser mudado, por causa dos ativistas da direita
que bloquearam o parque “Taras Shevchenko” e as ruas anexas, em frente da Universidade
Nacional “Taras Shevchenko”. O perímetro do itinerário estava protegido pelas
barreiras de segurança e pelos efetivos da Polícia Nacional à cavalo e da
Guarda Nacional da Ucrânia.
Aos
oponentes da marcha a polícia apreendeu gás pimenta, máscaras e ovos, sete
ativistas foram detidos, a polícia os levou até a esquadra para identificação e
qualificação legal das suas ações. Durante as tentativas de perturbar a marcha,
os ativistas da direita usaram explosivos de sinalização, ninguém foi ferido.
Às
10h50 a marcha acabou. Os ativistas LGBT marcharam cerca de 1,5 km; em 2016 o
itinerário percorreu apenas cerca de 800 metros. Os participantes chegaram à
estação do metro “Praça Lev Tolstoy”, da onde foram levados até a estação
final. Os autocarros especiais também levavam os participantes às distâncias
seguras para impedir as possíveis provocações, escreve a página ucraniana Novynarnia.com
Blogueiro:
as manifestações e ações de costume são ótimas possibilidades de vender a sua
imagem, quer aos gays profissionais, quer aos seus adversários. Além disso, na parada atual, pelo menos duas pessoas empunhavam as slogans abertamente
provocatórios, pensados para atingir, de alguma forma, a coesão e segurança nacionais, seguramente plantados lá com os objetivos puramente políticos. Não
houve ninguém, nem entre a polícia, nem entre os organizadores, para retirar os
slogans, e os quem os empunhava da marcha. O que dá razão aos seus adversários
dizer mais uma vez: “então, não avisamos que estes p@ineleiros são todos fdp?!!”
foto @UP |
Boa coisa é que Ucrânia aprende
lidar com as diferenças entre os seus cidadãos e tanto os gays, quanto os seus
adversários podem se manifestar livremente, desde que seja de forma pacífica.
Os p@ineleiros com os slogans provocatórios é que devem cuidar bem dos seus
traseiros, literalmente e em todos os outros sentidos.
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