Os
responsáveis do derrube do Boeing-777 do voo MH17 da Malaysia Airlines, em
2014, serão julgados por um tribunal holandês. Informação do Ministério dos
Negócios Estrangeiros da Holanda que adianta ainda que a equipa de
investigação, liderada pelos holandeses, e que inclui também a Austrália,
Bélgica, Malásia e Ucrânia, continuará a operar durante a fase da acusação.
Em
2015 a Rússia tentou bloquear a investigação. No mesmo ano uma comissão
holandesa investigava o caso e concluía que o avião foi atingido por um míssil russo,
lançado do território ocupado pelos separatistas pró-Rússia.
O
acidente matou as 298 pessoas que seguiam no voo MH17, que ligava Amesterdão a
Kuala Lumpur. O avião caiu em território ucraniano. As vítimas eram de 17
países, recorda pt.euronews.com
...e
a queima dos arquivos na Rússia
No
dia 10 de maio de 2017 a polícia moscovita deteve o coronel do GRU no ativo, membro
do “conselho dos comandantes da união dos voluntários de Donbas”, Vasili Geranin
(14/07/1967), considerado como um dos co-responsáveis e a testemunha chave no
caso do derrube do voo MH17.
De esquerda à direita: Girkin e Geranin (com binóculos) em 2003 na Chechénia |
Um
curto artigo sobre a detenção saiu no jornal moscovita “MK”, mas foi rapidamente
apagado da sua página, apenas as publicações nos jornais regionais russos são
acessíveis nos arquivos: arquivo1 e arquivo2.
Oficialmente,
Geranin foi detido por polícia de trânsito achar na sua viatura VW uma carga de
fragmentação do lança-granadas incorporado GP-25. Após disso, a polícia russa fez
rusga em casa do coronel e achou lá um arsenal de guerra ilegal. A detenção foi
efetuada pelos efetivos da polícia de segurança pública e da polícia de
tránsito russas, mas o estilo da detenção recorda as operações do FSB.
Sabe-se que neste momento Geranin está detido na cadeia de isolamento operativo
(SIZO), sabe-se também que ele foi expulso do GRU com uma data anterior à sua
detenção.
Apenas
quatro dias após a detenção do Geranin, no dia 14 de maio de 2017, o terrorista
russo Igor “Girkin” Stelkov escreveu na sua página na rede social “VK” o
seguinte texto:
«Segundo os dados recebidos,
um número dos funcionários da “União dos voluntários de Donbas” foi alvo de
buscas domiciliares. Incluindo Maria Kalieda (os outros eu não vou citar).
Muita outra informação escandalosa que não há vontade de espalhar» (arquivo).
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