quarta-feira, julho 05, 2017

Os responsáveis do derrube do voo MH17 serão julgados na Holanda

Os responsáveis do derrube do Boeing-777 do voo MH17 da Malaysia Airlines, em 2014, serão julgados por um tribunal holandês. Informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Holanda que adianta ainda que a equipa de investigação, liderada pelos holandeses, e que inclui também a Austrália, Bélgica, Malásia e Ucrânia, continuará a operar durante a fase da acusação.

Em 2015 a Rússia tentou bloquear a investigação. No mesmo ano uma comissão holandesa investigava o caso e concluía que o avião foi atingido por um míssil russo, lançado do território ocupado pelos separatistas pró-Rússia.

O acidente matou as 298 pessoas que seguiam no voo MH17, que ligava Amesterdão a Kuala Lumpur. O avião caiu em território ucraniano. As vítimas eram de 17 países, recorda pt.euronews.com

...e a queima dos arquivos na Rússia

No dia 10 de maio de 2017 a polícia moscovita deteve o coronel do GRU no ativo, membro do “conselho dos comandantes da união dos voluntários de Donbas”, Vasili Geranin (14/07/1967), considerado como um dos co-responsáveis e a testemunha chave no caso do derrube do voo MH17.
De esquerda à direita: Girkin e Geranin (com binóculos) em 2003 na Chechénia
Um curto artigo sobre a detenção saiu no jornal moscovita “MK”, mas foi rapidamente apagado da sua página, apenas as publicações nos jornais regionais russos são acessíveis nos arquivos: arquivo1 e arquivo2.

Oficialmente, Geranin foi detido por polícia de trânsito achar na sua viatura VW uma carga de fragmentação do lança-granadas incorporado GP-25. Após disso, a polícia russa fez rusga em casa do coronel e achou lá um arsenal de guerra ilegal. A detenção foi efetuada pelos efetivos da polícia de segurança pública e da polícia de tránsito russas, mas o estilo da detenção recorda as operações do FSB. Sabe-se que neste momento Geranin está detido na cadeia de isolamento operativo (SIZO), sabe-se também que ele foi expulso do GRU com uma data anterior à sua detenção.

Apenas quatro dias após a detenção do Geranin, no dia 14 de maio de 2017, o terrorista russo Igor “Girkin” Stelkov escreveu na sua página na rede social “VK” o seguinte texto:
«Segundo os dados recebidos, um número dos funcionários da “União dos voluntários de Donbas” foi alvo de buscas domiciliares. Incluindo Maria Kalieda (os outros eu não vou citar). Muita outra informação escandalosa que não há vontade de espalhar» (arquivo).

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