Arménia
lançou a investigação formal dos acontecimentos de 1 de Março de 2008, quando a
oposição arménia, protestando contra a falsificação das eleições presidenciais ao
favor do Serj Sargsyan
saiu à rua e foi alvo da repressão, por parte do exército, com uso de armas de fogo
(morreram pelo menos 7 e foram feridos até 230 manifestantes).
O
regime arménio fez do exército nacional cúmplice em crimes contra a nação, e é
natural que os crimes e os seus responsáveis não foram nem esquecidos, nem
perdoados. Arménia já colocou na lista dos procurados o ex-ministro da Defesa Mikael Harutyunyan,
o 2º presidente da Arménia independente, Robert Kocharian
recebeu uma intimação oficial para depor na qualidade do presidente em funções
durante os acontecimentos do março de 2008.
Harutyunyan
está na Rússia e luta contra a sua possível extradição para a Arménia.
Kocharyan também está fora do país. Aparentemente, muito em breve ele também
será colocado na lista de fugitivos mais procurados pela justiça arménia.
Como escreve o blogueiro
militarista russo, el-murid,
de uma certa forma, os eventos arménios podem ser projetados à Rússia. Presidente
russo e o seu círculo mais próximo tem reticências graves de entrega do poder à
qualquer candidato ou força que não lhes garante a proteção absolutamente “blindada”
por vários “acontecimentos” que se deram na Rússia nas últimas duas décadas.
Desde o assassinato do general Lev Rokhlin, os ataques [alegadamente]
terroristas de Moscovo, Volgodonsk, Buynaksk e Ryazan [atribuídos à alegada resistência
chechena, mas que ajudaram, sobremaneira, na eleição presidencial do Putin
em maio de 2000]. Além disso na Rússia se deu uma longa cadeia de assassinatos
políticos e ataques supostamente terroristas, cujas circunstâncias não “batem
certo” com as versões oficiais. Demasiadamente sangue e mortes se arrastam
atrás dos [responsáveis políticos] atuais para que estes arrisquem sair da berlinda.
Os eventos na Arménia confirmam: basta à chegada ao poder de alguém sem o
passado criminoso, tão logo nasce a necessidade de começar à lidar com os
crimes dos governantes em funções. Portanto, para Putin e para os seus próximos
a reforma/aposentadoria significará o início de um processo criminal imediato
pelas ações que cometeram ao longo dos anos. A existência do Estado-máfia (Mafia
State) é demasiadamente cara, por isso, no final, as contas terão que ser
apresentadas aos seus cabecilhas.
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