quarta-feira, julho 11, 2018

Caça russo Su-57: um brinquedo caro e inútil

Produção em massa do mais novo caça Su-57 “não deve ser forçado”. Foi dito pelo novo curador do complexo industrial da defesa russo e, em seguida, pelo chefe da respetiva comissão da Duma estatal russa. A máquina da quinta geração, ao que parece, não justifica os sonhos nela depositados, escreve a publicação russa VZ

Na era do rápido desenvolvimento tecnológico, o caça da quinta geração Su-57 rapidamente se torna obsoleta, é precisa se concentrar no desenvolvimento de uma nova aeronave de sexta geração. Quem disse foi o membro do Conselho de peritagem de indústria da aviação da Duma estatal russa, o chefe da comissão da Duma de acompanhamento legal das organizações de defesa Vladimir Gutenev. “O Su-57 não será massivamente comprado para a Força Aérea russa. Mas o avião tem um potencial de exportação maravilhoso, muitos países gostariam de comprá-lo”, disse Gutenev à agência russa Interfax.

Os investimentos no projeto foram mais que impressionantes. Nove anos após o início dos trabalhos, em 2010, o presidente Vladimir Putin afirmou que apenas na primeira etapa de criação do avião foram gastos cerca de 30 biliões de rublos (mais de 1 bilhão de dólares aos preços de 2010). A mesma quantia, de acordo com o chefe de estado russo, era necessária para completar os trabalhos.

Em 2010 Su-57 efetuou o seu primeiro voo. O Ministério da Defesa planeou que no final de 2016 iniciará a sua produção em série. Desde 2016 à 2018 a Força Aérea russa deveria receber oito Su-57 anualmente. O programa estatal de armamento previa a compra de 52 aviões Su-57 até 2020. Foi planeado formar dois regimentos somente de Su-57.

Mas, como dizem, “algo deu errado”. Após 17 anos desde o início do projeto, o ex-vice-primeiro-ministro russo Yuriy Borisov constatou: testes do Su-57 “estão decorrer conforme o planeado” (ou seja, estão longe de colocar o aparelho em série), e em 2018 a FA russa deverá receber apenas dois protótipos do aparelho.

Os críticos são da opinião de que os caças muito caros e de alta tecnologia, de quinta geração, quer russas (Su-57 custa cerca de 50 milhões de dólares), quer da produção americana é uma espécie de “beco sem saída” da evolução das aeronaves de combate. Não se pode dizer que o Ministério da Defesa russo confirma diretamente esta opinião. Mas vamos prestar atenção à declaração do deputado mencionado no começo. Entre outras coisas, ele afirmou que era necessário começar a trabalhar numa aeronave de combate de última geração que se tornaria uma ligação de transição entre aeronaves tripuladas e não tripuladas.

E isso significa que a produção em massa do Su-57, provavelmente nunca acontecerá.

Sem comentários: