Produção
em massa do mais novo caça Su-57 “não deve ser forçado”. Foi dito pelo novo
curador do complexo industrial da defesa russo e, em seguida, pelo chefe da respetiva
comissão da Duma estatal russa. A máquina da quinta geração, ao que parece, não
justifica os sonhos nela depositados, escreve a publicação russa VZ.
Na
era do rápido desenvolvimento tecnológico, o caça da quinta geração Su-57
rapidamente se torna obsoleta, é precisa se concentrar no desenvolvimento de
uma nova aeronave de sexta geração. Quem disse foi o membro do Conselho de
peritagem de indústria da aviação da Duma estatal russa, o chefe da comissão da
Duma de acompanhamento legal das organizações de defesa Vladimir Gutenev. “O
Su-57 não será massivamente comprado para a Força Aérea russa. Mas o avião tem
um potencial de exportação maravilhoso, muitos países gostariam de comprá-lo”,
disse Gutenev à agência russa Interfax.
Os
investimentos no projeto foram mais que impressionantes. Nove anos após o
início dos trabalhos, em 2010, o presidente Vladimir Putin afirmou que apenas
na primeira etapa de criação do avião foram gastos cerca de 30 biliões de
rublos (mais de 1 bilhão de dólares aos preços de 2010). A mesma quantia, de
acordo com o chefe de estado russo, era necessária para completar os trabalhos.
Em
2010 Su-57 efetuou o seu primeiro voo. O Ministério da Defesa planeou que no
final de 2016 iniciará a sua produção em série. Desde 2016 à 2018 a Força Aérea
russa deveria receber oito Su-57 anualmente. O programa estatal de armamento
previa a compra de 52 aviões Su-57 até 2020. Foi planeado formar dois
regimentos somente de Su-57.
Mas,
como dizem, “algo deu errado”. Após 17 anos desde o início do projeto, o ex-vice-primeiro-ministro
russo Yuriy Borisov constatou: testes do Su-57 “estão decorrer conforme o
planeado” (ou seja, estão longe de colocar o aparelho em série), e em 2018 a FA
russa deverá receber apenas dois protótipos do aparelho.
Os
críticos são da opinião de que os caças muito caros e de alta tecnologia, de
quinta geração, quer russas (Su-57 custa cerca de 50 milhões de dólares), quer
da produção americana é uma espécie de “beco sem saída” da evolução das aeronaves
de combate. Não se pode dizer que o Ministério da Defesa russo confirma
diretamente esta opinião. Mas vamos prestar atenção à declaração do deputado mencionado
no começo. Entre outras coisas, ele afirmou que era necessário começar a trabalhar
numa aeronave de combate de última geração que se tornaria uma ligação de
transição entre aeronaves tripuladas e não tripuladas.
E
isso significa que a produção em massa do Su-57, provavelmente nunca acontecerá.
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