domingo, julho 29, 2018

O “anti-semitismo” na guerra psicológica contra Ucrânia e ucranianos

Usando as velhas táticas do KGB, o ex-chefe da campanha do Donald Trump, Paul Manafort e a sua equipa investiram o esforço lobista para desacreditar os ucranianos perante Washington: “Nos desenvolvíamos ativamente a concepção do anti-semitismo, como parte de [pontos de vista] da oposição [ucraniana]”.

A equipa de investigação do procurador especial Robert Mueller apresentou mais de 300 documentos que revelam os detalhes da cooperação do Paul Manafort com o “Partido dos Regiões” do ex-presidente Victor Yanukovych e com o atual “Bloco de Oposição”, descendente direto do “Partido das Regiões”, informa o serviço russo da rádio VOA. Além disso, foi revelada a lista das 35 potenciais testemunhas que acusação pretende convocar para deporem no julgamento do Paul Manafort, acusado nos EUA de diversos crimes bancários e fiscais, processo que se iniciará nesta 3ª feira, dia 31 de julho.

Os documentos revelados pela investigação são referentes aos diversos momentos temporais, esclarecendo as peculiaridades da política ucraniana, que estavam escondidas da atenção pública.

Os consultores políticos americanos do grupo Paul Manafort, estavam planear, ao pormenor, quer a agenda eleitoral do Victor Yanykovych, quer a campanha política do seu partido.

Por exemplo, Paul Manafort, na carta ao sei parceiro e consultor político Tad Devine, descreve ao pormenor como devem ser organizadas as intervenções do Mykola Azarov (um dos líderes do Partido das Regiões e futuro 1º Ministro da Ucrânia), e do próprio Victor Yanukovuch no congresso do seu partido em 9 de setembro de 2010.

Manafort determina: “Azarov intervém durante 10-12 minutos, falará em russo e criticará [Yulia] Tymoshenko pela desordem que essa deixou [na qualidade de 1ª Ministra] e apresentara a plataforma eleitoral. VFYa [Victor Fedorovych Yanukovych] intervirá durante 5-7 minutos, falará em ucraniano e apresentará o seu programa “Ucrânia para as pessoas”.

Documentos mencionam o custo do congresso do “Partido das Regiões” (naquele momento na oposição) – 565.000 dólares americanos.

Nos documentos também aparece a minuta do contrato entre agência americana de consultores políticos Devine Mulvey Longabaugh e o governo ucraniano do Victor Yanulovych, só em abril e maio de 2014, estes serviços deveriam custar 200.000 dólares [derrubado pelo movimento Maydan, naquele momento Yanukovych e Azarov já tinham fugido para Rússia].

Num dos documentos Manafort escreveu ao Yanukovych: “Nos desenvolvíamos ativamente a concepção do anti-semitismo, como parte de [pontos de vista] da oposição [ucraniana] (...) Isso foi a parte fundamental da nossa estratégia de Washington”.

Os documentos também mostram as perguntas que foram colocadas na conferência de imprensa de Victor Yanukovych, dedicada aos cem dias da sua presidência e as respostas dadas pelo Yanukovych.

A próxima audiência judicial no caso Paul Manafort será realizada em 31 de julho no Tribunal do Distrito Federal de Alexandria, no estado de Virgínia.

Blogueiro: recentemente, e após a publicação do artigo Militares judeus finlandeses na Talvisota e na Guerra de Continuação algum leitor anónimo e certamente muito “antifascista” deixou a seguinte mensagem: “La vem vc bajular os judeus, foram eles responsaveis por tudo de ruim q aconteceu com a Ucrania nos ultimos 100 anos. Mas eu entendo que hj em dia eh imprescindivel falar bem de judeu e elege-los como vitimas. Eu acho que vc cai no mesmo cliche. Toda aquela imundicie de comunismo so aconteceu gracas aos judeus e so sao eles q mandam no mundo desde entao. Os judeus formam menos de 100 mil habitantes na Ucrania e sao donos de mais da metade das riquezas do pais. Sao oligarcas corruptos e ex-comunistas. Ate quando vc vai se iludir em busca de apoio e se simpatia desses ratos” (a ortografia e sintaxe são conforme a mensagem original).

Como podemos ver, a cartada do suposto anti-semitismo ucraniano, uma velha tática do KGB, é usada hoje, como já era usada 50 ou 80 anos atrás. Os inimigos da Ucrânia ora acusam os ucranianos de serem “faxistas anti-semitas”, ora atacam os ucranianos por serem demasiadamente simpáticos, isso é “iludidos” em relação aos seus compatriotas, judeus ucranianos.
A propaganda soviética à "denunciar" amizade entre
o "militarismo israelita" e "nacionalismo ucraniano".
Início da década de 1980. 
Por isso, amigos e leitores, sejamos vigilantes e Glória à Ucrânia! מאַזעל טאָוו!

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