Usando
as velhas táticas do KGB, o ex-chefe da campanha do Donald Trump, Paul
Manafort e a sua equipa investiram o esforço lobista para desacreditar
os ucranianos perante Washington: “Nos desenvolvíamos ativamente a concepção do
anti-semitismo, como parte de [pontos de vista] da oposição [ucraniana]”.
A
equipa de investigação do procurador especial Robert Mueller apresentou mais de
300 documentos que revelam os detalhes da cooperação do Paul Manafort com o “Partido
dos Regiões” do ex-presidente Victor
Yanukovych e com o atual “Bloco de Oposição”, descendente direto do “Partido
das Regiões”, informa o serviço russo da rádio VOA. Além disso, foi
revelada a lista das 35
potenciais testemunhas que acusação pretende convocar para deporem no
julgamento do Paul Manafort, acusado nos EUA de diversos crimes bancários e
fiscais, processo que se iniciará nesta 3ª feira, dia 31 de julho.
Os
documentos revelados pela investigação são referentes aos diversos momentos
temporais, esclarecendo as peculiaridades da política ucraniana, que estavam
escondidas da atenção pública.
Os
consultores políticos americanos do grupo Paul Manafort, estavam planear, ao
pormenor, quer a agenda eleitoral do Victor Yanykovych, quer a campanha
política do seu partido.
Por
exemplo, Paul Manafort, na carta ao sei parceiro e consultor político Tad Devine, descreve ao pormenor como devem ser
organizadas as intervenções do Mykola Azarov (um dos líderes do Partido das Regiões
e futuro 1º Ministro da Ucrânia), e do próprio Victor Yanukovuch no congresso
do seu partido em 9 de setembro de 2010.
Manafort
determina: “Azarov intervém durante 10-12 minutos, falará em russo e criticará [Yulia]
Tymoshenko pela desordem que essa deixou [na qualidade de 1ª Ministra] e
apresentara a plataforma eleitoral. VFYa [Victor Fedorovych Yanukovych]
intervirá durante 5-7 minutos, falará em ucraniano e apresentará o seu programa
“Ucrânia para as pessoas”.
Documentos
mencionam o custo do congresso do “Partido das Regiões” (naquele momento na
oposição) – 565.000 dólares americanos.
Nos
documentos também aparece a minuta do contrato entre agência americana de consultores
políticos Devine Mulvey Longabaugh e o governo ucraniano do Victor Yanulovych,
só em abril e maio de 2014, estes serviços deveriam custar 200.000 dólares [derrubado
pelo movimento Maydan, naquele momento Yanukovych e Azarov já tinham fugido
para Rússia].
Num
dos documentos Manafort escreveu ao Yanukovych: “Nos desenvolvíamos ativamente a
concepção do anti-semitismo, como parte de [pontos de vista] da oposição
[ucraniana] (...) Isso foi a parte fundamental da nossa estratégia de
Washington”.
Os
documentos também mostram as perguntas que foram colocadas na conferência de
imprensa de Victor Yanukovych, dedicada aos cem dias da sua presidência e as
respostas dadas pelo Yanukovych.
A
próxima audiência judicial no caso Paul Manafort será realizada em 31 de julho
no Tribunal do Distrito Federal de Alexandria, no estado de Virgínia.
Blogueiro:
recentemente, e após a publicação do artigo Militares
judeus finlandeses na Talvisota e na Guerra de Continuação algum leitor
anónimo e certamente muito “antifascista” deixou a seguinte mensagem: “La vem
vc bajular os judeus, foram eles responsaveis por tudo de ruim q aconteceu com
a Ucrania nos ultimos 100 anos. Mas eu entendo que hj em dia eh imprescindivel
falar bem de judeu e elege-los como vitimas. Eu acho que vc cai no mesmo
cliche. Toda aquela imundicie de comunismo so aconteceu gracas aos judeus e so
sao eles q mandam no mundo desde entao. Os judeus formam menos de 100 mil
habitantes na Ucrania e sao donos de mais da metade das riquezas do pais. Sao
oligarcas corruptos e ex-comunistas. Ate quando vc vai se iludir em busca de
apoio e se simpatia desses ratos” (a ortografia e sintaxe são conforme a mensagem original).
Como
podemos ver, a cartada do suposto anti-semitismo ucraniano, uma velha tática do
KGB, é usada hoje, como já era usada 50 ou 80 anos atrás. Os inimigos da
Ucrânia ora acusam os ucranianos de serem “faxistas anti-semitas”, ora atacam
os ucranianos por serem demasiadamente simpáticos, isso é “iludidos” em relação
aos seus compatriotas, judeus ucranianos.
A propaganda soviética à "denunciar" amizade entre o "militarismo israelita" e "nacionalismo ucraniano". Início da década de 1980. |
Por
isso, amigos e leitores, sejamos vigilantes e Glória à Ucrânia! מאַזעל טאָוו!
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