domingo, agosto 31, 2025

⚡️💥🔥GUR MOU continua a destruição de alvos militares russos na Crimeia ocupada

Destruição contínua de radares e outros alvos importantes na Crimeia temporariamente ocupada por drones do Departamento de Operações Ativas da GUR do Ministério da Defesa da Ucrânia e por unidade especial da GUR «Prymary». 

Lista de alvos de alto valor atingidos:

  • Radar «Utyos-T»;
  • Radiotelescópio RT-70;
  • Complexo «Glonass» dentro da cúpula;
  • Radar MR-10M1 «Mys» M1;
  • Radar 96L6-AP do sistema de defesa aérea S-400. 

O vídeo mostra claramente o atingimento da antena do radiotelescópio RT-70, o maior da Europa, com 70 metros de diâmetro — este é o centro de controlo de voos espaciais em Novoozerne/oye, perto de Yevpatoria. O chamado «3º espaço». Em 1983-84 foi instalado no local o sistema duplo de supercomputadores soviéticos EOM ES-1045. Hoje o local faz parte do Centro de Gestão de Voos Espaciais (CUP) russos...

Na noite de 28 de agosto de 2025, forças especiais do Departamento de Operações Ativas da GUR do Ministério da Defesa da Ucrânia atingiram um alvo inimigo de alto valor no território da Crimeia temporariamente ocupada — o complexo de radar russo 91N6E do sistema de defesa aérea S-400 «Triumph»:

Na noite de 28 de agosto de 2025, como resultado de uma operação conjunta do Departamento de Operações Ativas do Ministério da Defesa da Ucrânia e da unidade especial do GUR «Prymary» no Mar de Azov, perto da Crimeia temporariamente ocupada, foi atingida uma corveta russa do projeto 21631 «Buyan-M», porta-mísseis de cruzeiro «Calibre»:


«Atiradores de Sich»: a primeira formação militar ucraniana do século XX

O dia 17 de agosto marcou o 111º aniversário da criação da primeira formação militar ucraniana do século XX: a Legião dos «Atiradores Ucranianos de Sich» (USS), parte do Exército Austro-Húngaro.

A 6 de agosto de 1914, a Rada Principal Ucraniana e o Conselho de Administração de Combate da Ucrânia proclamaram a manifesto sobre a criação da Legião de Voluntários Ucranianos da USS como parte do Exército Austro-Húngaro. Se apresentaram 28 mil candidatos para apenas 2,5 mil vagas.


19 de janeiro de 2016, a centena ucraniana dos Atiradores
celebra a festa religiosa de Jordão


Esta foi a primeira formação armada ucraniana desde a destruição dos destacamentos de cossacos por imperatriz russa Catarina II. Tiveram uma enorme influência na criação do Estado ucraniano, na cultura popular e na criação de uma tradição militar.

O núcleo do grupo militar era composto por activistas dos movimentos de movimentos escuteiros ucranianos como Sich-Sokil e Plast, para além de muitos estudantes do ensino superior, antigos alunos do ensino secundário, professores, advogados, artistas e outros representantes da intelectualidade ucraniana da Ucrânia Ocidental.

Comboio/trem blindado ucraniano «Ucrânia Livre»


Após a derrota das repúblicas populares ucranianas, UNR em Kyiv e ZUNR em Lviv, e da divisão da Ucrânia entre a rússia bolchevique a da 2ª república polaca, na década de 1920 muitos veteranos dos «Atiradores de Sich» fizeram parte da resistência clandestina da Organização Militar Ucraniana (UVO) e da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN).

Olena Stepaniv nas fileiras do USS

Com início da I G.M., a ucraniana Olena Stepaniv se voluntariou na unidade de Atiradores Ucranianos de Sich, se tornando a primeira mulher-oficial de um exército europeu. A voluntária ucraniana do exército austro-húngaro da I G.M., historiadora e geógrafa, ela sobreviveu o cativeiro imperial russo (foi libertada na troca dos POW), o GULAG comunista e morreu em Lviv em 1963. 

Arquiduque Wilhelm da Áustria (Vasyl Vyshyvaniy)

Um outro membro proeminente do corpo dos Atiradores de Sich era Arquiduque Wilhelm da Áustria (Wilhelm Franz von Habsburg-Lothringen), também conhecido pelo seu pseudónimo ucraniano de Vasyl Vyshyvaniy (1895 – 1948).

sábado, agosto 30, 2025

RIP Andriy Parubiy, ativista, político e patriota da Ucrânia

Nessa manhã, na cidade de Lviv foi assassinado Andriy Parubiy, ex-chefe do Parlamento da Ucrânia (2016-2019), ex-Secretário do Conselho da Defesa e Segurança (RNBO), vítima de vários disparos, efetuados por um assassino contratado. 

Como chefe do Parlamento (2016-2019)

Andriy Parubiy entrou na política ucraniana bastante cedo, ainda no fim da década de 1980, ainda antes da derrocada do comunismo soviético. Foi ativista de diversas organizações juvenis ucranianas. Mais tarde, foi um dos líderes da Revolução Laranja (2004-05) e da Revolução da Dignidade (2013-14). 


Andriy Parubiy na Maydan de 2014

Andriy Parubiy começou com um dos fundadores e criadores da Associação Juvenil Ucraniana «Spadshyna» (Herança), foi um dos fundadores do Partido Social-Nacional da Ucrânia (futura VO Svoboda), onde foi o Comissário para o Desenvolvimento da Nação e Presidente da Sociedade de Assistência às Forças Armadas da Ucrânia e da Marinha «Patriota da Ucrânia». 

Jovem Parubiy no tempo do «Patriota da Ucrânia»

Aqui, Andriy «Vovk/Lobo» Parubiy se colocou como uma ponte sobre a qual os activistas da Associação Juvenil Ucraniana «Spadshyna» (Herança) se atravessaram as colinas durante a sua formação nos Cárpatos, na região de Urych, aldeia de Yamelnytsya. Fotografia de Orest Krukovsky

Parubiy como o movimento escutista «Spadshyna», maio de 1996

Em 2004, quando a polícia afeta ao regime ao então primeiro-ministro Viktor Yanukovych, bloqueou o movimento das colunas de automóveis e autocarros de Lviv para Kyiv, foi Parubiy quem não teve medo e obrigou a polícia ceder a passagem, libertando o movimento rumo ao Praça de Independência de Kyiv. 

Foi um dos criadores da Revolução da Dignidade, o organizador da Autodefesa de Maidan e, mais tarde, o criador dos primeiros batalhões voluntários que entraram na luta contra a invasão híbrida da rússia ainda em março de 2014. 

Defendendo Kyiv em fevereiro-março de 2022

Pagando tributo aos deputados e funcionários do Parlamento da Ucrânia que
morreram em resultado da agressão militar russa

Como Secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional (27 de fevereiro de 2014 – 7 de agosto de 2014), defendeu Ucrânia durante um dos períodos mais difíceis da história moderna do país. Como Presidente do Parlamento (2016-2019), ajudou na adopção de documentos programáticos: a Lei da Língua e a Lei da Independência da Igreja Ucraniana. Além de dezenas de leis que contribuíram para a desrussificação da Ucrânia. 

A primeira foto é de maio de 2019. O Presidente do Parlamento da Ucrânia (Rada Suprema), Andriy Parubiy assinou uma lei para garantir o funcionamento da língua ucraniana como língua oficial. 

A segunda foto é de 5 de janeiro de 2019. A cerimónia de assinatura do Tomos pelo Patriarca Ecuménico Bartolomeu. O Presidente da Verkhovna Rada da Ucrânia, Andriy Parubiy, segura o Tomos nas mãos. 

No Parlamento, juntamente com os membros do seu grupo parlamentar «Solidariedade Europeia»

Os russos não o perdoaram por isso. Foi por isso que o mataram.

Obrigado por tudo, Comandante, a sua morte será certamente vingada.

Glória aos Heróis!

sexta-feira, agosto 29, 2025

Polónia: rumo ao kolkhoze russo, salto numa piscina seca

Foto de arquivo: apoiantes do partido Konfederacja, da extrema-direita polaca participam num protesto anti-imigração em Cracóvia, Polónia, a 17 de julho de 2025 | Foto: Picture-alliance

Músico e comentador político polaco Krzysztof Skiba analisa a atual situação política na Polónia e o desejo suicida de muitos polacos de se colocar, de jeito, debaixo da bota russa. O texto original se chama: «Sob a bota russa» e termina com um pedido emotivo: «está na hora de parar com este salto de cabeça numa piscina seca». 

por: Krzysztof Skiba, a versão portuguesa curta, título de responsabilidade do nosso blogue

Nós próprios estamos se colocar sob a bota russa. É evidente que ansiamos pelo governo de Moscovo, do qual Walesa, juntamente com Reagan, nos libertou há mais de trinta anos.

Os polacos já estão fartos da democracia, da prosperidade e das férias na Croácia. Sonhamos novamente em transformar a Polónia num kolkhoz (a quinta colectiva) russa, um país de pobreza e atraso, uma província ocidental do império de Estaline.

Não são fantasias, mas uma avaliação real do que está a acontecer AGORA. Os sentimentos anti-ucranianos e, na verdade, a moda dos ataques contra Ucrânia, estão a aproximar-nos da boca e da imundície soviética que putin [nós] oferece todos os dias.

Para vencer uma guerra, ou pelo menos uma partida de xadrez, é necessário fazer uma boa pesquisa de inteligência. Quem é amigo e quem é inimigo? O único país que luta activamente contra putin, nomeadamente Ucrânia, que há três anos resiste com sucesso, sangrndo, deixou de agradar aos polacos. A tendência agora é a difamação estúpida, absurda e suicida de tudo o que é ucraniano.

O concerto do rapper belaruso Max Korzh, que contou com a presença de belarusos, georgianos e ucranianos de toda a Europa, tornou-se um detonador de sentimentos anti-ucranianos. Porquê? Porque algumas moças passaram por cima da cerca? Porque alguns milhares de pessoas correram em frente do palco com os torsos nus? Porque um tipo entre 70 mil de espectadores trouxe a bandeira do UPA?

Isso foi chamado de tumulto? Sério? Ao mesmo tempo, os adeptos/torcida do Lech Poznań partiam janelas e espancavam os peões em Belgrado sem qualquer motivo. Foi uma verdadeira batalha de hooligans. Mas há silêncio sobre isso. Ninguém se importou. Porque são os nossos. Os nossos podem.

Um tipo com uma bandeira da UPA num concerto incomoda-vos, mas não um amigo do presidente Nawrocki com tatuagens de Hitler? Entendam que para muitos (não todos) ucranianos, o UPA é algo semelhante à nossa Armia Krajowa (AK). Este é o seu exército nacional de guerrilha durante guerra. Sim [...] para nós, são criminosos. Não há nada a discutir. Mas isso foi há 80 anos. Precisamos de falar sobre isto e recordar os crimes, mas também recordar que os nossos rapazes também incendiavam aldeias ucranianas e matavam as suas mulheres e crianças.

Boletim Informativo nº 20 de 20 de Maio de 1943, Londres.
«Numa das edições anteriores de Boletim, escrevemos sobre as sangrentas manifestações antipolacas na Volyn. Acontece que o papel da secção de Bandera da OUN (Organização dos Nacionalistas Ucranianos) nestes trágicos acontecimentos não está firmemente provado. Em vez disso, muitos factos indicam que os verdadeiros instigadores do vergonhoso pogrom, durante o qual centenas de famílias polacas foram massacradas, foram agentes soviéticos».

Estas feridas históricas são habilmente inflamadas e geridas pelos departamentos russos de propaganda. Como se não houvesse [o massacre de] Katyn e dos assassinatos de polacos desde o tempo das partições [territoriais] até ao estabelecimento da «Polónia Popular».

De repente, os russos são santos e amados. Os ucranianos são maus. Só Bandera e mais Bandera, e o Exército Vermelho, que violou mulheres polacas, de alguma forma caiu, estranhamente, no esquecimento?

A memória pode ser manipulada, e os russos na Polónia estão a fazer um grande trabalho nisso, com a ajuda de um exército inteiro de «camaradas» e criados do [político da extrema-direita pró-russa Grzegorz] Braun.

É claro que não há igualdade nestes dramas antigos [...] mas depois de homenagear as vítimas, aceitem o facto com coragem, como pessoas inteligentes: AGORA a Ucrânia é nossa aliada. Ela está a lutar contra um monstro. Era para ser derrotada em três dias, mas já passaram três anos e o grande putin ainda não consegue vencé-la.

A prioridade da nossa política externa deve ser ajudar Ucrânia e fazer o lobby para a sua adesão à NATO. Aliás, o próprio Lech Kaczynski queria isso, mas agora já ninguém se lembra.

Paradoxalmente, a NATO fortaleceu-se graças à guerra. A Suécia e a Finlândia aderiram à Aliança por medo, e o potencial militar da Aliança aumentou e excede agora em muito o potencial da rússia.

Graças aos refugiados de guerra da Ucrânia, a economia polaca cresceu 15 mil milhões de dólares por ano. O dinheiro que gastamos em ajuda à Ucrânia é pouca coisa.

São os ucranianos que limpam e reparam as vossas casas, constroem bairros residenciais, cortam relva, recolhem lixo, entregam pizza e encomendas como estafetas, servem comida e cerveja em estabelecimentos como empregados de mesa e empregados de bar. Estes trabalhadores ucranianos realizam trabalhos que simplesmente não há polacos dispostos a fazer. Porque o salário é muito baixo.

Comportamo-nos como um gato bêbado e cego dentro de num saco. A propaganda russa e os trolls russos, bem como mentirosos descarados como o vendedor de cerveja Slavek Hulaynoga [político pró-russo e líder da extrema-direita polaca Sławomir Mentzen] e Grzegorz «Extintor» Braun, fizeram uma verdadeira geleia nos nossos cérebros.

Estes slogans de que «esta guerra não é nossa» são contos de fadas para crianças. Toda a ajuda militar à Ucrânia passa pela Polónia há três anos. Também estamos nesta guerra com a rússia, só que é muito mais conveniente para nós, porque as nossas zonas residenciais ainda não estão a ser bombardeadas. Somos apenas uma via de trânsito para armamento e um refúgio para refugiados.

O pior é que não só o presidente Nawrocki (que tirou a ajuda de 800 zloty [190 Euros] às mulheres da Ucrânia, cortou verbas de Starlink, ou seja, prejudica o exército que está em guerra com putin) está sujeito a estes sentimentos anti-ucranianos, alimentados pela propaganda de putin, mas também o governo de Tusk.

A decisão do presidente Nawrocki de cortatar o subsídio de 190 Euros às
mulheres ucranianas é apoiada por quase 59% dos respondentes polacos
(numa pesquisa online e não oficial)

A equipa do ruivo, tentando agradar taticamente à direita e as claques/torcidas de futebol, está a deportar os participantes do concerto do Max Korzh, que saltaram as barreiras do Estádio Nacional. Sério? Na minha juventude, parti um banco num concerto do [estádio] «Republika» em 1982, e nem [o regime comunista de Wojciech] Jaruzelski me deportou nessa ocasião. Só me prenderam quando eu estava a distribuir os panfletos anticomunistas. [...] 

Os únicos neste governo que ainda têm tomates e bom senso são os ministros [da Justiça e Procurador-geral Waldemar] Żurek e [dos Negócios Estrangeiros Radosław] Sikorski. Sabem que bajulação da [extrema] direita não leva a lado nenhum. [...]

Infelizmente, o Presidente Nawrocki revelou-se como um amador político. Esperava que ele se envolvesse em jogos divertidos no palácio [presidencial], mas ele quer ser seriamente activo e actualmente finge ser uma cópia de Trump, quer colinho de putin, flutuando na onda de decisões fortemente anti-ucranianas.

A rússia não tem munições, não tem soldados (levam os mercenários do Kim da Coreia), a rússia está a entrar em colapso económico como uma velha bêbeda, mais uns anos de guerra — e o seu potencial militar estará ao nível do Principado do Mónaco. Mas o narcisista norte-americano acreditava que Vladimir queria a paz. Em troca ganhou uma calmaria e um manguito.

Todo este propriamente NADA está a ajudar a rússia se aguentar agora. Além disso, o presidente polaco está a seguir os seus passos. Já ligou, com prazer, o soro polaco ao ex-agente do KGB e ao seu gangue.

São sabotadores russos a incendiar mercados, empresas e armazéns polacos. Já houve mais de uma dezena destes incêndios criminosos. Milhares de lojas foram incendiadas [no incêndio no centro comercial na rua] Marywilska, em Varsóvia. O prejuízo é de vários biliões de zlotys. Está provado que isto foi a obra de agentes russos. Já viu slogans antirrussos em estádios? Não. Só há slogans anti-ucranianos. Por quê?

Todo o russo morto na Ucrânia com uma arma na mão, não entrará mais em território polaco. Cada tanque destruído por ucranianos, cada drone abatido, cada navio afundado não atacará a Polónia. Devemos agradecer-lhes por isso. «Agradecemos» mesmo. Com deportações, insultos e ódio diário.

Nós próprios estamos a se colocar debaixo das botas russas. Nos próprios, com a ajuda dos nossos políticos. Um plano inclinado. Loucura. Absurdo e fundo dos fundos.

Se Ucrânia perder esta guerra, nós perderemos imediatamente a seguir. Aqueles que daqui a dez anos estiverem na fila para comprar açúcar russo através de sistema de talões não vos vão perdoar por isso.

Pela primeira vez, peço que partilhem [este texto] o máximo possível. Está na hora de parar com este salto de cabeça numa piscina seca. 

Tradução e adaptação portuguesa @Universo Ucraniano

Bónus

Em 2024, os migrantes ucranianos trabalhadores contribuíram com 22,7 mil milhões de euros para o PIB da Polónia. Isto representa mais de 2,7% de toda a economia do país e quase dez vezes mais do que o total das despesas da Polónia com os ucranianos.

Ataque russo em Kyiv atinge os civis ucranianos e os diplomatas estrangeiros

O ataque russo contra a cidade de Kyiv matou 23 pessoas, incluindo quatro crianças. Dezenas de outras pessoas ficaram feridas, incluindo crianças. Há desaparecidos. Janelas foram partidas em muitas zonas da capital, as infraestruturas foram destruídas. Mais de 200 casas foram danificadas no total.
À noite, a rússia atacou a embaixada do Azerbaijão em Kyiv, mas falhou por pouco. O míssil caiu a aproximadamente 100 metros daquela representação diplomática. Delegação da União Europeia e os edifícios do British Council em Kyiv também foram atingidos pelo ataque russo de 28 de agosto. 
Comboio/trem ucraniano Kyiv - Kharkiv

Além disso os ocupantes russos atingiram comboio civil de passageiros da rota Kyiv–Kharkiv. A rússia realizou um ataque direcionado contra comboios de passageiros civis. O comboio Intercidades de alta velocidade, que se preparava à servir a rota Kyiv–Kharkiv, foi gravemente danificado. Ainda assim, a rota não foi cancelada: será assegurada por um comboio de substituição, utilizando carruagens de passageiros – incluindo algumas recém-fabricadas.

Graças às ações rápidas e coordenadas dos trabalhadores ferroviários, o incêndio no local foi extinto e todo o pessoal permaneceu em segurança nos abrigos durante o ataque. Os Caminhos de Ferro Ucranianos (UkrZaliznytsya) continuam a operar sem parar, apesar da ameaça constante dos ataques russos. Mas esta resiliência tem um custo elevado: centenas de ferroviários ucranianos foram mortos pela rússia desde o início da invasão em grande escala.









Um ataque de precisão atingiu um edifício ao lado da Delegação da UE em Kyiv. A explosão danificou gravemente os escritórios e uma torre residencial onde vivem muitos dos seus funcionários.





A rússia atacou diplomatas é uma violação direta da Convenção de Viena. Isto exige não apenas a condenação da UE, mas também global. Solidariedade com os nossos colegas da UE, prontos para ajudar. No total, a rússia matou no mínimo 18 pessoas e feriu mais de 40, incluindo crianças. A rússia atinge diretamente a Delegação da UE e instituições culturais internacionais que apoiam Ucrânia. Isto não foi um acidente – faz parte da guerra de terror de putin, visando civis ucranianos e todos aqueles que apoiam Ucrânia. 
The Wall Street Journal. Foto: Efrem Lukatsky

A rússia não pretende parar, a menos que seja parada...

segunda-feira, agosto 25, 2025

Dia da Independência da Ucrânia celebrou-se na Sé Catedral de Maputo

No dia 24 de agosto de 2025, quando Ucrânia celebra o Dia da restauração da sua Independência, ocorrida em agosto de 1991, realizou-se na Sé Catedral de Maputo uma Santa Missa.

A celebração foi dedicada à Paz na Ucrânia e no Mundo, e contou com a participação da comunidade ucraniana em Moçambique, de chefes e representantes de missões diplomáticas estrangeiras, bem como de representantes da sociedade civil moçambicana.





A Embaixada da Ucrânia em Moçambique expressa a sua sincera gratidão a todos os que se uniram neste momento de oração e solidariedade.


O Cônsul Honorário da Ucrânia em Maputo,
Dr. Abílio Soeiro com a sua esposa

Poderia o blogueiro imaginar uma coisa semelhante em 2004, quando lançou este blogue, que Independência da Ucrânia será um dia celebrado na Sé Catedral? Francamente não se imaginava, mas o dia realmente chegou. Glória à Ucrânia!

Ver vídeo: Paróquia de Nossa Senhora da Conceição - Sé Catedral de Maputo

domingo, agosto 24, 2025

Ucrânia consegue libertação do ex-presidente da Câmara Municipal de Kherson

Na mais recente troca dos POW, Ucrânia conseguiu a libertação dos 146 civis e militares. Entre os libertos está Volodymyr Mykolayenko (65), o ex-presidente da Câmara Municipal de Kherson, que ficou detido 3,5 anos nas masmorras russas.

Comparem as suas fotos, antes e após o cativeiro russo...

Volodymyr Mykolayenko antes de depois do cativeiro russo...

«Não vi nada além de betão e grades. Hoje é o meu segundo aniversário», disse Volodymyr Mykolayenko, o ex-presidente da Câmara de Kherson (entre 2014 à 2020), um civil de 65 ele foi raptado pelos ocupantes russos em abril de 2022, passando três anos e meio nas masmorras russas. Sendo civil, ao abrigo de Convenção de Genebra, ele nem sequer deveria ser preso, mais um crime de guerra dos ocupantes russos. Além disso, Sr. Volodymyr poderia ser libertado ainda em 2022, mas ele próprio cedeu a sua vez, para que um outro ucraniano, gravemente doente, poderia ser libertado mais depressa e assim sobreviver.

Volodymyr Mykolayenko em 2020 e no momento da sua libertação

Interrogado, anteriormente à frente de uma câmara de TV, por um propagandista russo, muito possivelmente ameaçado de não ser trocado, caso responder de uma forma «errada» Volodymyr Mykolayenko foi firme à dizer: «Roman Shukhevych é um Herói da Ucrânia, que lutou pela Ucrânia independente».

Nunca haverá perdão aos ocupantes e aos propagandistas russos!