A
Ucrânia reconheceu o líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó,
como chefe da única autoridade democraticamente eleita na Venezuela, e acredita
que ele será capaz de organizar eleições democráticas no país. Afirmou a
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Kateryna Zelenko,
aos representantes dos meios de comunicação social, de acordo com a declaração
do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, escreve o serviço espanhol
da agência noticiosa ucraniana UkrInform.
“Ucrânia
reconhece Juan Guaidó como o chefe da única autoridade venezuelana democraticamente
eleita, que é a Assembleia Nacional, assim como o líder da oposição democrática.
Portanto, o retorno à governança democrática no país depende dele e de outros
líderes das forças políticas venezuelanas, em particular através de acordos
sobre a realização de eleições democráticas e certificadas por observadores
eleitorais”, enfatiza Zelenko.
A
porta-voz da MNE acrescenta que a Ucrânia pede às autoridades venezuelanas que
façam todo o possível para evitar métodos violentos para resolver a crise
política e combater a catástrofe económica que já leva a problemas humanitários
e ao sofrimento do povo venezuelano.
Conforme
relatado, um grupo de 19 países da União Europeia reconheceu o líder da
oposição venezuelana, Juan Guaidó, como presidente interino do país, reforçando
as exigências para que o presidente, Nicolás Maduro, se demitisse. São eles
Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia,
França, Hungria, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia,
Portugal, Reino Unido, República Checa e Suécia.
Por
enquanto, Juan Guaidó, foi reconhecido por 23 países.
Venezuela: problemas com petróleo
Venezuela
já armazenou 7 milhões de barris de petróleo nos navios petroleiros, que não
consegue vender nos mercados externos. As sanções americanas proíbem às
empresas americanas de negociar o petróleo venezuelano e as empresas
estrangeiras não compram o petróleo venezuelano devido às sanções secundárias,
além disso, o petróleo do país é muito específico, “pesado”, o que obriga os
compradores o misturar com as espécies mais leves, que encarece a logística e a
sua transformação.
O
espaço nos barcos petroleiros deve acabar nessa semana, depois petróleo poderá
ser armazenado nas facilidades dentro do país, o que poderá significar mais 10
dias de folga. Após disso, a indústria entrará em colapso, dado que os poços de
petróleo não são nada fáceis para serem “conservados”.
... e com combustível
Os
EUA deixaram de fornecer à Venezuela o combustível, o que significa que em 3-4 dias,
máximo uma semana o país espera um novo colapso, desta vez de gasolina e
gasóleo.
...
e com ajuda humanitária
Maduro
emitiu a ordem para que seu exército impeça a entrada dos camiões e comboios da
ajuda humanitária no país. Da mesma forma Hitler decidiu em 1945 inundar
o metro de Berlim, o povo alemão, na sua opinião, foi indigno da grande missão
que lhe fora confiada e, portanto, tinha que desaparecer...
Os
medos de Maduro são certamente compreensíveis – a distribuição da ajuda
humanitária precisará de ter coberta das forças armadas estrangeiras
simplesmente porque os mais fortes serão tentados roubar essa ajuda aos mais fracos
e a vender no mercado – exatamente como aconteceu na Donbas, onde os separatistas
e bandidos locais faziam fortunas vendendo essa ajuda internacional. Maduro
teme a ajuda internacional, pois ela cria uma ameaça ao seu regime (e
exatamente para escapar as acusações internacionais, Ucrânia nunca impediu a
entrada ilegal da “ajuda humanitária” russa aos territórios ocupados).
Após
os generais, se rebelam os coronéis e capitães, exortando o exército não apenas
a reconhecer Juan Guaidó como o presidente legítimo, mas falando diretamente
sobre a revolução popular armada contra o regime ditatorial.
[#VIDEO] Coronel José Enrique Vázquez Alvares, instó a los soldados a salir este 4 de febrero a deponer el régimen de Nicolás Maduro #4Feb https://t.co/eTGa5DBwIs pic.twitter.com/8rQQupOoeU— NTN24 Venezuela (@NTN24ve) February 4, 2019
Maduro
teima em apelar ao Papa para ser intermediário e organizar o diálogo. Não percebendo
que o seu tempo está se passar e realmente, no futuro próximo ele poderá seguir
o caminho do Ceauşescu.
A
Rússia continua persistentemente à chamar o presidente Juan Guaidó de impostor. Uma
estranha política para quem investiu tanto na economia venezuelana. O exemplo do
presidente Yanukovych não ensinou nada os aventureiros do Kremlin – a sua
teimosia em apoiar Maduro poderá levar diretamente à situação em que o futuro governo venezuelano
recusará pagar as dívidas do regime bolivariano. Resultando em mais carga fiscal e menos benefícios aos contribuintes russos...
1 comentário:
Ao autor,
Acho que você poderia fazer um artigo sobre uma jornalista russa, Inna Afinogenova, cujo canal "Ahi Les Va", busca atacar a direita latino-americana, com o clássico argumento de ela servir aos EUA. Enquanto isso ela não fala nada sobre a real situação da Venezuela, refugiados, fome, 8 anos em recessão econômica e sofrimento.
https://youtube.com/c/Ah%C3%ADlesVa
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