Recentemente,
o Ministério da Defesa da Ucrânia divulgou as imagens da nova modificação do seu
MBT – T-64BV. Mais de 100 unidades do blindado modificado já foram entregues ao
exército ucraniano. Ucrânia prevê modificar todos os seus mais de 1.700 blindados
T-64 até o nível BV (2017).
por:
Vyacheslav Masniy, UkrInform
T-64,
que iniciou a revolução dos MBT's
Os
primeiros modelos de T-64, criados pelos construtores ucranianos de Kharkiv nos
meados da década de 1960 se tornaram o MBT soviético da nova geração: com
rapidez e manobrabilidade do blindado médio, a proteção e poder de fogo de um
tanque pesado.
O MBT da Ucrânia T-64 “Bulat” | foto: UkrInform |
Hoje,
as Forças Armadas da Ucrânia possuem mais de 700 unidades de T-64 de várias
modificações, o maior número dos quais é T-64 BV, de fa(c)to produzido nos
meados da década de 1980. O que é normal até para os países mais ricos e desenvolvidos.
Assim, o MBT dos EUA M-1 “Abrams” foi adotado em 1980, e desde a data está
sendo modernizado, o alemão “Leopard-2” foi criado em 1979, o francês “Leclerc”
em 1987.
Na
década de 1990, após a sua independência em 1991, Ucrânia praticamente não efetuou
a renovação do seu parque de tanques [desde 1991 à 2014 país não participou em
nenhuma guerra, dentro ou fora do seu território nacional], apenas em 2004 o
exército ucraniano recebeu a nova modificação de T-64 “Bulat”, que possuía a nova
proteção ativa mais eficaz, melhores visores e sistemas de visão noturna, o
chassi melhorado (motor, suspensão, etc.). Modificação “Bulat” era relativamente
económica, mas até o início da guerra russo-ucraniana apenas cerca de cem blindados
foram modificados e entregues às FAU.
Como
Ucrânia usa a sua herança militar
Mesmo
após a sua modificação, os blindados T-64 “Bulat” tiveram problemas no domínio
de sistemas de comunicação e da eletrónica. Por isso, a modificação T-64 de 2017
recebeu os sistemas modernos de visão noturna e de avistamento de fabrico
ucraniano, sitemas de navegação e da defesa reativa, também da produção
nacional.
A
modificação T-64 de 2017 já se apresentou, de forma bastante positiva, nas
competições internacionais Strong Europe
Tank Challenge 2017, em que os T-64 ucranianos tiveram um bom desempenho ao
nível dos tanques mais modernos e caros dos EUA, Alemanha e outros aliados ocidentais.
Possivelmente um dos elementos de sucesso foi o fa(c)to da Ucrânia usar nas
competições as tripulações de tanques com a experiência real de combatentes no
decorrer de OAT.
Blindado
T-64 na sua modernização ucraniana de 2017:
Os
inimigos russos dos T-64 ucranianos
Apesar
da propaganda russa, o seu MBT continua ser não o mítico T-14 “Armata”, mas T-72 e a sua modificação profunda – T-90. O
blindado soviético/russo T-72 possui motor e sistema eletrónico menos recente, outras
soluções tecnológicas mais antiquadas (por exemplo, a sua metralhadora pesada
não pode ser acionada de dentro do blindado). A União Soviética pretendia
produzir T-72 em grandes quantidades, cedendo o equipamento aos diversos países
socialistas/comunistas, onde o blindado foi usado em vários conflitos regionais
no decorrer da Guerra Fria.
Modificação russa T-72B3, versão de 2011 | foto: UkrInform |
No
entanto, ambos os blindados possuem o canhão / lançador de mísseis de 125 mm, a
sua blindagem, sistemas da defesa ativa e manobrabilidade são semelhantes. Além
disso, T-64 e T-72 foram alvos de constantes modificações na Rússia, Ucrânia,
Índia e Polónia. O número total das diversas modificações T-72 russas é
calculado em milhares. Ucrânia não se pode de dar ao luxo de apostar na
paridade de blindados com o seu vizinho agressor.
Os
problemas do “Oplot”
O
blindado BM “Oplot” é um concorrente completo dos melhores tanques ocidentais.
Mas o seu preço de exportação é de 4,9 milhões de dólares. Naturalmente, muito
menor em comparação com os tanques ocidentais: o americano Abrams custa cerca
de 8,5 milhões, o alemão Leopard-2 - 7,5 milhões, o francês Leclerc – mais de 12
milhões.
O MBT da Ucrânia BM “Oplot” | foto: UkrInform |
Mas
mesmo tendo em conta o preço de custo relativamente menor, Ucrânia,
infelizmente, não se pode de dar ao luxo de substituir mais de 1.700 unidades
de T-64 pelos BM “Oplot” (mais de 700 no uso do exército e cerca de 1.000 na
conservação profunda). Atualmente, apenas 10 BM “Oplot” foram entregues ao exército,
embora foi criado o plano de as FAU receberem cerca de 200 “Oplot” até 2025.
Além do alto custo, o ciclo total de produção de um “Oplot” leva na fábrica “Morozov”
de Kharkiv cerca de 9 meses (os 49 BM “Oplot” ao exército da Tailândia foram
produzidos em 8 anos, ou seja, 1 blindado em pouco menos de 2 meses). Enquanto
a modernização do T-64 até o nível “Bulat” ou até ao modelo de 2017 – leva apenas
3 meses e custa cerca de 1 milhão de dólares.
Diante
do exposto, o BM “Oplot” não se transformará em MBT da Ucrânia à curto-médio
prazo. Tendo em conta que Ucrânia precisa de blindados modernos e aptos para o
combate “para ontem”, a atualização gradual da frota existente dos T-64 é
absolutamente a estrategicamente certa. Ucrânia possui uma grande vantagem de
poder modernizar e fabricar os tanques mais avançados dependendo unicamente do
esforço da indústria nacional. Em qualquer dos casos, o passado sombrio das
FAU, em que o exército ucraniano era alvo de saques e das vendas dos seus
equipamentos ao desbarato já passou, neste momento o poderio das FAU e das suas
unidades de blindados está crescer gradualmente, mas de uma forma firme e
contínua.
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