foto @Justin Lane/EPA |
Paul
Manafort – o ex-diretor de campanha de Trump – terá financiado políticos
europeus influentes, pertencentes ao “Hapsburg Group” para tomarem posições pró-Governo
pró-russo da Ucrânia, em 2012 e 2013, quando o país era dirigido por Viktor
Yanukovych, um seguidor de Moscovo.
por: Pedro
Raínho, Observador.pt
Paul
Manafort foi o homem de confiança de Donald Trump na campanha que conduziu o
atual presidente dos Estados Unidos à Casa Branca — e que é suspeito nas
investigações sobre a ingerência russa no resultado das eleições presidenciais.
No decurso dessa investigação, o procurador especial Robert Mueller terá
chegado a informações que provam que, pouco antes de ser chamado para dirigir a
campanha de Trump contra Hillary Clinton, Manafort financiou o “Hapsburg Group”,
de que faziam parte influentes figuras da política europeia. Esses senadores
terão sido pagos para assumir posições favoráveis a um líder ucraniano
pró-Moscovo.
A
informação é avançada este sábado pelo jornal britânico The Guardian e reforça o clima de suspeição que já pairava sobre o líder
norte-americano e sobre a forma como alcançou a vitória a 8 de novembro de
2016. Os novos dados que chegaram às mãos de Mueller foram apresentados num
tribunal do estado da Virginia esta sexta-feira e apontam para o facto de
Manafort ter, alegadamente, “atuado com agente não registado de um Governo e de
forças políticas estrangeiras”.
O
ex-diretor de campanha de Trump é acusado de “representar o Governo da Ucrânia”
e a força política pró-russa de Viktor Yanukovych, o Partido das Regiões. E,
durante o período em que trabalhava a favor de interesses de Moscovo, entre
2012 e 2013, Manafort terá financiado o funcionamento do “Hapsburg Group”, um
grupo que reuniu nomes de peso na política europeia. A acusação de Robert
Mueller refere que o ex-braço direito de Donald Trump e um sócio seu, Rick
Gates (que também teve responsabilidades na campanha do atual presidente dos
EUA), “manteve de forma secreta um grupo de antigos políticos europeus para que
assumissem posições favoráveis à [ao Governo pró-russo da] Ucrânia, incluindo
fazendo lobbying nos Estados Unidos”.
O
objetivo era que, apesar de serem pagos, esses nomes influentes da cena
política europeia assumissem como suas determinadas posições, quando na verdade
estavam a ser pagos para defender esses pontos de vista, políticas e projetos
favoráveis a Yanukovych — favoráveis à Rússia. Uma nota do próprio Manafort, de
junho de 2012, a que o procurador responsável pela investigação teve acesso,
deixava claro essa intenção.
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