No
dia 11 de novembro e por ocasião da independência do país, na capital polaca
Varsóvia decorreu a marcha dos extremistas, polacos e alguns europeus, na presença dos 50-60 mil participantes. Os presentes empunhavam os slogans
racistas, socialistas, nazis, contra Lituânia, muçulmanos e Ucrânia, escreve
a página ucraniana Novynarnia.com.
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“Sangue limpo” | “A Europa será branca ou deserta” |
No
decorrer da “Marcha popular” (Marsz narodowców) a polícia deteve pelo menos 45 pessoas,
por causa dos confrontos entre os grupos geralmente conhecidos como sendo “da extrema direita” e
da esquerda, uso de símbolos nazis, etc.
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"Reina nos, Cristo" |
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As imagens religiosas do catolicismo militante e infelizmente intolerante |
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"Morte aos inimigos da Pátria" |
Como
informa o canal televisivo Warszawa.tvn24.pl, a ação decorreu sob o slogan
geral “Nos queremos o Deus” – refrão de uma antiga canção religiosa polaca, que
foram citadas em julho de 2017 pelo
presidente Donald Trump na sua visita ao país.
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“Nos queremos o Deus” |
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“Europa branca para os povos europeus” |
A
imprensa polaca nota que essa foi é maior ação dos nacionalistas em toda a
Europa nos últimos tempos. A manif foi composta quer por representantes da
direita parlamentar, do universo do partido “PiS”, quer por um grande número de
extremistas e simplesmente nazis, pertencentes aos agrupamentos que herdaram as tradições chauvinistas
e anti-semitas das organizações polacas da primeira metade do século XX.
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“Esmurrar, esmurrar o capitalismo” (a linha em baixo) |
Os
participantes gritavam os slogans: “Deus, honra, pátria”, “Cristo é o nosso rei”,
“Indústria polaca/polonesa em mãos polacas/polonesas”, “Nosso caminho é
nacionalismo”, etc. O jornalista Karol Gats no Twitter também relata os slogans:
“Força branca, Ku Klux Klan”, “Socialismo popular”, “Zig Heil!”, “Sangue limpo”.
É possível ver as fotos dos cartazes: “A Europa será branca ou deserta”, “Fora
com os muçulmanos” e outros de conteúdo racista.
Uma
seção separada foi dedicada à Lituânia e Ucrânia: “Recordamos Lviv e Vilnius”, “Ucrânia,
reconhece a verdade! Polónia se levante dos joelhos!”, “Exigimos uma lei que
proíba o banderismo”. Os manifestantes queimavam as tochas very-light, usavam
as bombas de fumaça e pacotes explosivos.
No
mesmo dia em Varsóvia decorreu mais uma marcha, da esquerda, chamada “Pela vossa e nossa liberdade”, contra o nacionalismo extremista, ódio, racismo e
xenofobia. Os seus participantes seguravam as bandeiras da UE, LGBT, ostentavam
os slogans que trollavam os extremistas: “Polónia branca só no inverno”, “Varsóvia
sem fascistas”, etc.
Ler
mais: As
memórias de um carrasco (
como AK polaca matava os ucranianos)
A
atual marcha nacionalista polaca ocorreu no contexto da deterioração das
relações entre Varsóvia e Kyiv, devido às exigências da Polónia de retirar do
poder ucraniano os “políticos anti-polacos” (Sic!) e a intenção de proibir aos tais
políticos a entrada na Polónia. Em 2016, por ocasião do 98º aniversário da
independência da Polónia, os extremistas queimaram a bandeira ucraniana, o
crime foi investigado, mas o caso ficou encerrado (os extremistas que queimaram
a bandeira da Ucrânia foram castigados pelos nacionalistas polacos/poloneses conscientes).
Blogueiro:
como diz uma frase conhecida: “A quem Deus quer punir, primeiro o priva da razão”,
parece o caso claro dos irmãos polacos/poloneses. A história sangrenta da Polónia
não os ensinou absolutamente nada e feito louco, o extremismo polaco/polonês
ataca os seus irmãos ao leste. No passado o fim sempre foi mesmo, a ocupação
estrangeira e perca da soberania e da independência.
Naturalmente,
não confundimos os extremistas e poder polaco/polonês, mas é preciso entender
que entre os extremistas que sonham com uma grande Polónia e que desrespeitam
Lituânia e Ucrânia há vários eleitores do partido governamental “PiS” que
colocam a pressão anti-lituana e anti-ucraniana nos seus dirigentes.
No
fim, a situação ideológica atual da Polónia é tal má, que até a esquerda LGBT e
antifascista parece uma força bastante razoável, muito acima da dita “extrema-direita”
que advoga o “socialismo popular” e deseja “esmurrar o capitalismo”.
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