A
União Soviética era conhecida como o “Alto
Volta com mísseis balísticos”, a Coreia do Norte fabrica mísseis, mas não os sapatos certos e Venezuela adquiriu 100 mil novos espingardas/fuzis
AK-103 e assinou um acordo com a Rússia para a construção de duas fábricas
desta arma.
Míssil balístico soviético na parada de 1 de maio em Moscovo | foto @arquivo |
Venezuela
pretende abrir sua primeira fábrica de produção de espingardas de assalto/fuzis
Kalashnikov em 2018, afirmou nesta sexta-feira (24 de novembro) Wilmar Castro
Soteldo, vice-presidente da Área Econômica do país sul-americano, após a
reunião de uma comissão intergovernamental russo-venezuelana: “Um dos
principais projetos entre os nossos países é a construção de uma fábrica para
produzir o fuzil mundialmente conhecido Kalashnikov. Esperamos que a fábrica
comece a funcionar no ano que vem”, disse Soteldo aos veículos de imprensa
russos. O político venezuelano destacou que, precisamente, na reunião de Sochi “foram
alcançados grandes progressos em matéria de cooperação militar”.
A parada militar norte-coreana e sapatos amarrados do destacamento feminino da elite |
A
Venezuela adquiriu 100 mil novos fuzis AK-103 e assinou um acordo com a Rússia
para a construção de duas fábricas desta arma e também de munição com o
objetivo de atender ao mercado latino-americano.
Mercearia saqueada pelos cidadãos venezuelanos esfomeados (2017) |
Este
projeto foi de iniciativa do falecido presidente Hugo Chávez, que chegou
inclusive a visitar em 2006 o homem que projetou o fuzil, Mikhail
Kalashnikov [conhecido como o
serralheiro do Hugo Schmeisser]. Chavéz também foi o responsável por
promover o início da cooperação militar entre os dois países.
Sargento Kalashnikov e Eng. Hugo Schmeisser |
Essa
cooperação, no entanto, acabou se reduzindo pelos problemas económicos
venezuelanos causados pela queda nos preços do petróleo, o que obrigou Moscovo
a conceder um crédito a Caracas para a compra de armamento e, recentemente,
para reestruturar parte de sua dívida.
Mais uma mercearia saqueada em Caracas (2017) |
O
vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, destacou que Moscovo e Caracas
tinham alcançado hoje uma “linguagem comum” praticamente em todos os casos,
seja em matéria comercial ou técnico-militar: “A Venezuela não precisa que lhe
deem o peixe, mas a vara de pescar. Hoje, falamos precisamente sobre essa vara”,
afirmou o político russo. Rogozin previu um aumento do comércio bilateral por
meio da compra dos aviões Sukhoi Superjet S-100 e os MC-21-300 por parte da
Venezuela.
Rogozin à ficar preso na escotilha do blindado russo T90A (2016) | hronika.info |
O governo russo anunciou
que ambos os países assinarão em breve um acordo de cooperação energética que
incluirá projetos já estabelecidos entre a companhia petrolífera russa Rosneft
e a venezuelana PDVSA, escreve Época
Negocios.globo.com
A nova e maior nota venezuelana de 100.000 bolívares, vale menos de 2 Euros... |
1 comentário:
Infelizmente, para o governo da Venezuela, é mais importante fabricar armas do que prover os cidadãos com remédios e alimentos de qualidade.
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