quarta-feira, outubro 24, 2018

A campa russa do carrasco soviético


https://sapojnik.livejournal.com/2779969.html
Na cidade russa Rostov-on-Don está situada a campa do mais famosos carrasco do NKVD soviético, major-general Vasili Blokhin, cotado por fuzilar pessoalmente entre 35.000 à 50.000 prisioneiros, contando com os militares polacos/poloneses no decorrer do massacre de Katyn.
Aniversário da tragédia de Katyn
Futuro general fuzilou pessoalmente vários prisioneiros famosos, casos do marechal do RKKA Mikhail Tukhachevsky, comandante da 1ª categoria (general do exército) Iona Yakir, líderes comunistas ucranianos, casos do Vlas Chubar e Stanislav Kossior, proeminentes jornalistas, cientistas e escritores soviéticos, caso do Isaac Babel ou Vsevolod Meyerhold, entre outros. Em 1940 Blokhin comandava o assassinato em massa dos militares polacos na aldeia russa de Mednoe (a parte integrante do crime soviético conhecido genericamente como Massacre de Katyn). Pela sua participação no massacre de Katyn, Blokhin foi condecorado, em outubro de 1940, com a ordem militar “Bandeira Vermelha”.
As placas de trânsito: as paragens da esteira da morte
Como podemos ver na foto, a campa do carrasco está bem arranjada, os familiares e/ou fãs trazem as flores vivas. Povo russo ama e valoriza os seus heróis. Entre 35.000 à 50.000 disparos na nuca, usando “Walther” alemão. Não é para qualquer um...

No cemitério de Rostov-on-Don existe três grandes monumentos em memória de vítimas das repressões comunistas soviéticas. Mas debaixo dos monumentos não há campas...

No centro do cemitério está situado o famoso crematório Donskoy. Nas décadas de 1930-1940, durante o dia lá eram queimados, com pompa e circunstância, os bolcheviques famosos da “velha guarda”, falecidos das causas mais ou menos naturais. Nas noites, o mesmo crematório queimava os mesmos bolcheviques não menos famosos, mas que de alguma forma caíram na desgraça do regime e foram dispensadas e expulsas da elite estalinista. Muita gente fuzilada pelo Blokhin está neste mesmo local, neste mesmo cemitério, mas em forma de cinza. O chefe do crematório e a sua equipa/e, queimavam nas noites os corpos dos “inimigos do povo” para de manha, colocar as cinzas nas carrinhas de mão, as espalhando, um pouco aqui e um pouco ali, pelo enorme território do cemitério. Por isso as vítimas do comunismo estão realmente sepultados no cemitério Donskoy, só que não se sabe à onde concretamente.

Os fãs do comunismo naturalmente podem desculpar o carrasco, argumentando que este era apenas um funcionário do estado e executava as ordens superiores (embora este mesmo argumento não serviu aos nazis em Nuremberga). Mas, como podemos ver, o zé povão gosta genuinamente do homem, por isso lhe traz as flores. Como se diz, “tal país, tais heróis”…  

Texto e foto @ Sapojnik

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