Na cidade russa Rostov-on-Don
está situada a campa do mais famosos carrasco do NKVD soviético, major-general Vasili Blokhin, cotado
por fuzilar pessoalmente entre 35.000 à 50.000 prisioneiros, contando com os militares
polacos/poloneses no decorrer do massacre de Katyn.
Aniversário da tragédia de Katyn |
Futuro general fuzilou
pessoalmente vários prisioneiros famosos, casos do marechal do RKKA Mikhail Tukhachevsky,
comandante da 1ª categoria (general do exército) Iona Yakir, líderes
comunistas ucranianos, casos do Vlas Chubar e Stanislav Kossior,
proeminentes jornalistas, cientistas e escritores soviéticos, caso do Isaac Babel ou Vsevolod
Meyerhold, entre outros. Em 1940 Blokhin comandava o assassinato em massa
dos militares polacos na aldeia russa de Mednoe
(a parte integrante do crime soviético conhecido genericamente como Massacre de Katyn). Pela
sua participação no massacre de Katyn, Blokhin foi condecorado, em outubro de 1940, com
a ordem militar “Bandeira Vermelha”.
As placas de trânsito: as paragens da esteira da morte |
Como podemos ver na foto, a campa do carrasco está bem arranjada, os familiares e/ou fãs trazem as flores
vivas. Povo russo ama e valoriza os seus heróis. Entre 35.000 à 50.000 disparos
na nuca, usando “Walther” alemão. Não é para qualquer um...
No cemitério de Rostov-on-Don
existe três grandes monumentos em memória de vítimas das repressões comunistas soviéticas.
Mas debaixo dos monumentos não há campas...
No centro do cemitério está
situado o famoso crematório Donskoy. Nas décadas de 1930-1940, durante o dia lá
eram queimados, com pompa e circunstância, os bolcheviques famosos da “velha
guarda”, falecidos das causas mais ou menos naturais. Nas noites, o mesmo crematório
queimava os mesmos bolcheviques não menos famosos, mas que de alguma forma caíram
na desgraça do regime e foram dispensadas e expulsas da elite estalinista. Muita
gente fuzilada pelo Blokhin está neste mesmo local, neste mesmo cemitério, mas
em forma de cinza. O chefe do crematório e a sua equipa/e, queimavam nas noites
os corpos dos “inimigos do povo” para de manha, colocar as cinzas nas carrinhas
de mão, as espalhando, um pouco aqui e um pouco ali, pelo enorme território do
cemitério. Por isso as vítimas do comunismo estão realmente sepultados no
cemitério Donskoy, só que não se sabe à onde concretamente.
Os fãs do comunismo
naturalmente podem desculpar o carrasco, argumentando que este era apenas um
funcionário do estado e executava as ordens superiores (embora este mesmo
argumento não serviu aos nazis em Nuremberga). Mas, como podemos ver, o zé
povão gosta genuinamente do homem, por isso lhe traz as flores. Como se diz, “tal
país, tais heróis”…
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