terça-feira, outubro 16, 2018

Fukuyama: as identidades e a política do ressentimento

“Identidades: a exigência de dignidade e a política do ressentimento”, de Francis Fukuyama, chega às bancas em Portugal no dia 16 de outubro, pela editora D. Quixote
O influente cientista político Francis Fukuyama explica como as reivindicações identitárias afetam as sociedades democráticas. Pré-publicamos um capítulo de “Identidades”, o seu novo livro.

Depois de em 2014 ter defendido que as instituições norte-americanas e mundiais estavam em decadência devido a um Estado cada vez mais refém de grupos de interesse poderosos, o cientista político Francis Fukuyama vê agora essa previsão tornar-se realidade com a subida ao poder de políticos anti-sistema, com tendências autoritárias e de nacionalismo económico. Quatro anos depois, o autor norte-americano lança “Identidades: a exigência de dignidade e a política do ressentimento”, um livro que retrata a forma como as exigências de identidade e a lógica do politicamente correto norteiam muito daquilo que se passa na atualidade política internacional. O Observador pré-publica um dos capítulos do livro, com o título “Da identidade às identidades”.
Foto: GettyImages/Observador
Francis Fukuyama, autor, cientista político e economista norte-americano, é uma voz influente na análise política internacional e ganhou notoriedade com o livro “The End of History and the Last Man”, lançado em 1992, onde defendia que a proliferação das democracias liberais e do mercado livre do ocidente era um ponto final na evolução sociocultural da Humanidade. Integrou o Departamento de Política Social da RAND Corporation e o staff de Planeamento de Políticas do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Foi professor na Johns Hopkins University e na George Mason University e fez ainda parte do Conselho de Bioética do Presidente dos Estados Unidos entre 2001 e 2004.

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