O
influente cientista político Francis Fukuyama explica como as reivindicações
identitárias afetam as sociedades democráticas. Pré-publicamos um capítulo de “Identidades”,
o seu novo livro.
Depois
de em 2014 ter defendido que as instituições norte-americanas e mundiais
estavam em decadência devido a um Estado cada vez mais refém de grupos de
interesse poderosos, o cientista político Francis Fukuyama vê agora essa
previsão tornar-se realidade com a subida ao poder de políticos anti-sistema,
com tendências autoritárias e de nacionalismo económico. Quatro anos depois, o
autor norte-americano lança “Identidades: a exigência de dignidade e a política
do ressentimento”, um livro que retrata a forma como as exigências de identidade
e a lógica do politicamente correto norteiam muito daquilo que se passa na
atualidade política internacional. O Observador pré-publica um dos capítulos do
livro, com o título “Da identidade às identidades”.
Foto: GettyImages/Observador |
Francis
Fukuyama, autor, cientista político e economista norte-americano, é uma voz
influente na análise política internacional e ganhou notoriedade com o livro
“The End of History and the Last Man”, lançado em 1992, onde defendia que a
proliferação das democracias liberais e do mercado livre do ocidente era um
ponto final na evolução sociocultural da Humanidade. Integrou o Departamento de
Política Social da RAND Corporation e o staff de Planeamento de Políticas do
Departamento de Estado dos Estados Unidos. Foi professor na Johns Hopkins
University e na George Mason University e fez ainda parte do Conselho de
Bioética do Presidente dos Estados Unidos entre 2001 e 2004.
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