segunda-feira, dezembro 01, 2025

Bombardeamentos intensos russos atingem a cidade de Kyiv

Por duas noites seguidas, rússia ataca Kyiv — como se tentasse pressionar Ucrânia, em extremis, a aceitar os acordos impostos. No distrito de Svyatoshyne, um drone atingiu diretamente a janela de um prédio residencial. Em Vyshgorod — um outro ataque: oficialmente um míssil, mas há quem diga que poderiam ter sido dois drones com carga termobárica. Ardeu por um longo tempo e de forma incontrolável.





Esta é a verdadeira resposta da rússia a todos os esforços de paz do mundo — e as suas reais intenções relativamente ao fim desta guerra. Ou seja: continuar a guerra e matar ainda mais.

Duas pessoas foram mortas no ataque de 29 de novembro à noite contra Kyiv. Vinte e nove pessoas ficaram feridas, incluindo crianças. Edifícios residenciais, automóveis, casas particulares e garagens foram danificados. Alvos civis.




A guerra não irá parar sozinha, porque o agressor está determinado a continuá-la a qualquer custo. A tarefa do mundo hoje é tornar insustentável para a rússia o custo de prosseguir esta guerra. Só a força — e apenas a pressão sobre Moscovo — surtirá efeito.

Havia confusão no pátio: as pessoas corriam, sem saber o que fazer. No nono andar, um homem estava preso em um apartamento completamente tomado pela fumaça — ele iluminou a janela com uma lanterna, mostrando que estava vivo e aguardando socorro. Lá embaixo, os homens, junto com a polícia, gritavam para que todos se afastassem. Como costuma acontecer em cenas de ataque, havia tensão: um policial agarrou um jornalista pela roupa e o puxou atrás do cordão de segurança, como se este fosse o principal culpado pelo caos.





Há mortos. Há um pequeno mercado perto da casa — a onda de choque estourou as janelas e portas, juntamente com as suas bases; os prédios estão praticamente à descoberto.

Fotos: Efrem Lukatsky; Serviço de Emergências (DSNS); Anton Shtuka, Kostiantyn & Vlada Liberovy

Texto: Efrem Lukatsky; Embaixada da Ucrânia em Portugal

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