Maria
Bahliy-Ivanenko nasceu em 1912 na região de Kyiv. Tinha apenas 25 anos, quando
foi fuzilada em 4/02/1938, decisão da “tróica” de NKVD, acusada da “atividade
de espionagem à favor do governo do Japão”. Maria era simples costureira em
Kyiv.
Cada
ano, no terceiro domingo de maio Ucrânia e os ucranianos recordam as vítimas do
Grande Terror comunista. As repressões
políticas — são perseguições de uma pessoa ou grupo na sociedade por razões
políticas, a fim de restringir ou impedir a sua capacidade de participar na
vida política de uma sociedade, reduzindo assim as suas posições entre os seus
concidadãos.
Hoje,
podemos não sentir, ao nível individual, as repressões da época da União
Soviética, mas estamos precisamente todos os dias lidando com suas consequências
como país, como comunidade e como a nação. O regime bolchevique matou centenas
de milhares de pessoas que deveriam viver e criar. Perda de Independência política
transformou-se aos ucranianos no exílio, tortura e balas na nuca. Para o
resto, foi um medo constante de se comunicar, unir, ter fé ou confiar.
Há 81 anos, neste dia em Kyiv,
em 19 de maio de 1938, nas prisões do NKVD foram fuziladas 563 pessoas. Os fuzilamentos, por via de regra, conduziram-se no
pátio de prisões, em porões do
NKVD ou imediatamente antes do enterro. Inicialmente, nos
cemitérios eram designadas áreas
especiais para os enterros em massa. No auge das repressões
comunistas, a fim de ocultar
a escala dos
crimes, NKVD mudou essa prática. Nos pomares, parques, florestas suburbanas,
eram
escavadas valas comuns, muitas vezes os cadáveres eram
cobertos pelo cal.
Segundo
os historiadores, na área secreta do NKVD na floresta de Bykivnya, o número
total de mortos e executados pode ser de 20 à 100 mil pessoas. Aqui estão
sacerdotes e estudiosos, camponeses e operários, artistas e escritores, atores
e engenheiros, compositores e funcionários públicos. Suas vidas foram
brutalmente interrompidas como parte da implementação do mais um “plano” de Estaline/Stalin
de construção do paraíso comunista. Os túmulos na floresta de Bykivnya são comuns,
mas não são anónimos.
As
comunidades e nações desenvolvidas diferem de outros pela sua capacidade de
lembrar as páginas mais terríveis de sua história e não se esconder delas, mas se fortalecer à partir delas. O poder de divulgar a verdade sobre aqueles que já não
podem fazer isso sobre si mesmos. O poder de proteger o outro e o mundo do mal.
O Presidente e a 1ª Dama, Petró e Maryna Poroshenko |
Este
é o nosso passado. Que este nos torne mais fortes. Vamos se lembrar.
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