domingo, maio 19, 2019

Os retratos do Grande Terror comunista na Ucrânia

Maria Bahliy-Ivanenko nasceu em 1912 na região de Kyiv. Tinha apenas 25 anos, quando foi fuzilada em 4/02/1938, decisão da “tróica” de NKVD, acusada da “atividade de espionagem à favor do governo do Japão”. Maria era simples costureira em Kyiv.

Cada ano, no terceiro domingo de maio Ucrânia e os ucranianos recordam as vítimas do Grande Terror comunista. As repressões políticas — são perseguições de uma pessoa ou grupo na sociedade por razões políticas, a fim de restringir ou impedir a sua capacidade de participar na vida política de uma sociedade, reduzindo assim as suas posições entre os seus concidadãos.

Hoje, podemos não sentir, ao nível individual, as repressões da época da União Soviética, mas estamos precisamente todos os dias lidando com suas consequências como país, como comunidade e como a nação. O regime bolchevique matou centenas de milhares de pessoas que deveriam viver e criar. Perda de Independência política transformou-se aos ucranianos no exílio, tortura e balas na nuca. Para o resto, foi um medo constante de se comunicar, unir, ter fé ou confiar.

Há 81 anos, neste dia em Kyiv, em 19 de maio de 1938, nas prisões do NKVD foram fuziladas 563 pessoas. Os fuzilamentos, por via de regra, conduziram-se no pátio de prisões, em porões do NKVD ou imediatamente antes do enterro. Inicialmente, nos cemitérios eram designadas áreas especiais para os enterros em massa. No auge das repressões comunistas, a fim de ocultar a escala dos crimes, NKVD mudou essa prática. Nos pomares, parques, florestas suburbanas, eram escavadas valas comuns, muitas vezes os cadáveres eram cobertos pelo cal.
 
Segundo os historiadores, na área secreta do NKVD na floresta de Bykivnya, o número total de mortos e executados pode ser de 20 à 100 mil pessoas. Aqui estão sacerdotes e estudiosos, camponeses e operários, artistas e escritores, atores e engenheiros, compositores e funcionários públicos. Suas vidas foram brutalmente interrompidas como parte da implementação do mais um “plano” de Estaline/Stalin de construção do paraíso comunista. Os túmulos na floresta de Bykivnya são comuns, mas não são anónimos.
As comunidades e nações desenvolvidas diferem de outros pela sua capacidade de lembrar as páginas mais terríveis de sua história e não se esconder delas, mas se fortalecer à partir delas. O poder de divulgar a verdade sobre aqueles que já não podem fazer isso sobre si mesmos. O poder de proteger o outro e o mundo do mal.
O Presidente e a 1ª Dama, Petró e Maryna Poroshenko
Este é o nosso passado. Que este nos torne mais fortes. Vamos se lembrar.

Instituto Ucraniano de Memória Nacional (UINP).

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