sábado, maio 11, 2019

Dia 9 de maio: vitória de Kolyma sobre Buchenwald

Diversas razões não permitem aos ucranianos celebrar o dia 9 de maio, muito menos a “grande guerra patriótica”, dado que a vitória da URSS comunista sobre Alemanha nazi significou apenas a mudança do regime de ocupação, as duas ocupações foram cruéis e sanguinárias.

As perdas demográficas totais da Ucrânia na II G.M., incluindo os mortos, vítimas de campos de concentração e deportados, somam não menos de 14 milhões de pessoas.
Das 41,7 milhões de pessoas que viviam na Ucrânia Soviética antes da II G.M, apenas 27,4 milhões sobraram em 1945.
Em resultado das ações militares morreram, pelo menos, 8 milhões de ucranianos.
Deportação para a Sibéria, Cazaquistão e Extremo Oriente – totalizam mais de 1 milhão de habitantes da Ucrânia Soviética, principalmente moradores das suas regiões ocidentais.
O número de ostarbeiters ucranianos é de cerca de 2,4 milhões entre os 2,8 milhões de cidadãos soviéticos, levadas aos trabalhos forçados na escravidão nazi(sta).
720 cidades e vilas da Ucrânia, 28.000 aldeias foram transformadas em ruínas, das quais 250 foram totalmente queimadas; 16,5 mil empresas industriais; 18 mil instituições médicas, 33 mil escolas primárias e secundárias, escolas técnicas e institutos de pesquisa foram destruídos; além de mais de 33 mil kolkhozes (fazendas coletivas), sovkhozes (fazendas estatais), estações de reparações agrícolas (MTS), etc. E tudo isso foi feito não apenas pelos nazis(tas), mas também pelas tropas soviéticas e NKVD durante a sua retirada militar no versão de 1941.

A parada militar nazi-soviética na cidade de Brest em 22/09/1939:

Uma data na história

No dia 9 de maio de 2014 as unidades russo-terroristas ocuparam a cidade ucraniana de Mariupol (ler mais). Naquele dia, defendendo a cidade morreram 6 polícias, militares e voluntários ucranianos de mais diversas idades e origens étnicas:
A ocupação da cidade durou um pouco mais de um mês, até 13 de junho de 2014.

Não se pode esquecer isso.
Ucrânia e ucranianos, naturalmente, podem perdoar aqueles que se arrependerão, mas não é nada crível que isso venha a acontecer, tão pouco vindo dos “irmãos” russos...

Sem comentários: