sexta-feira, outubro 20, 2017

Os nazis russos da guerra síria

Os nazis russos do bando armado “Rusich”, após a sua saída de Donbas desapareceram dos radares, mas os jornalistas russos os localizaram na Síria, na base dos mercenários russos da EMP grupo Vagner.

Natural de São Petersburgo, nazi sádico Alexey “Fritz” Milchakov, se tornou em 2014-15 num dos heróis dos terroristas russos na Donbas. Companheiro de trincheiras do Rafael Lusvarghi, Milchakov foi um dos que chamava os terroristas brasileiros e outros comparsas “não arianos” de macacos. A personagem mediática, Milchakov gostava de dar as entrevistas, era constantemente chamado às TV´s russas na qualidade de “perito” nas questões de Donbas.
"Fritz" Milchakov em 2012 (com a bandeira nazi) e em 2014 na Donbas
Ultimamente, ele desapareceu dos radares, afirmando que estava “participando na construção da ponte” entre Rússia e Crimeia ocupada. No entanto, os jornalistas russos acharam o nazi, na companhia dos amigos, na base da fábrica síria de Hayyan, no leste da província Homs.
Usando na guerra russo-ucraniana nom de guerre de Serb (Sérvio), Milchakov, conhecido pelo seu apreço pelo Hitler e 3º Reich, participou nos ataques e ações contra as forças ucranianas em Luhansk e depois em Donetsk. Em setembro de 2014 a sua unidade foi conhecida pelo tratamento degradante e sádico, dado aos corpos dos voluntários ucranianos mortos, pertencentes ao batalhão “Aydar”. Os “antifascistas” do Milchakov e ele próprio, desfiguravam os ucranianos mortos, tiravam as fotos junto aos corpos dos combatentes caídos. Comportando-se de uma forma tão “antifascista” que mereceram o repúdio veemente do Lusvarghi:
"Serb" Milchakov mostra com orgulho o dedo marcado com a sangue fresca
[O grupo neonazi russo] “Rusich”, eu trabalhei com eles, quando eu estava na primeira brigada eslava na “dnr”. Eles sentiam muito orgulho pelo que fizeram no aeroporto de Luhansk. Foi também a barbárie.

Em setembro de 2015 o grupo do Milchakov saiu da Donbas. O próprio nazi russo explicava a sua decisão pela exigência dos separatistas de assinar o contrato de serviço com “as forças armadas da dnr”.

Anteriormente, no dia 1 de janeiro de 2015, nos arredores da cidade de Lutuhino, na Ucrânia ocupada, foi metralhada a coluna de veículos pertencente ao comandante terrorista da dita “lnr”, Alexander “Batman” Bednov. Juntamente com o cabecilha terrorista foram abatidos cinco dos seus guarda-costas, entre eles militantes da unidade nazi “Rusich”, comandada pelo Milchakov.
Os nazis russos do bando "Rusich" abatidos na liquidação do "Batman"
(a imagem da "suástica eslava" do logo do grupo está censurada)
Como informou na altura a página pró-terrorista «Anna News», «no assassinato das seis pessoas é suspeita a EMP Vagner, contratada pelo [fuhrer da dita lnr] Plotnitsky». O próprio Milchakov partilhava essa leitura dos factos: “Plotnitsky ficou com medo de que a [unidade do Milchakov “Rusich”], juntamente com os cossacos, iria se rebelar contra ele [...] 2 blindados BTR e morteiros RPG destruíram o cortejo do Batman (onde o pessoal de “Rusich” estava de guarda)”. A visão semelhante do caso é largamente partilhada entre os separatistas e terroristas pró-russos.

Os jornalistas russos da publicação «Fontanka» souberam que na Síria Milchakov pertence à 3ª unidade de assalto (do grupo Vagner), com o número de identificação pessoal M-2691. A direção dos mercenários não se queixa do desempenho do nazi russo, podendo este ser promovido ao comandante de companhia, que, diga-se de passagem, desde outono de 2017, conta com outros seis membros do bando armado “Rusich”.    
O nazi Milchakov degolando um cão/cachorro e na sua qualidade de antifascista na Donbas 
Saindo de Donbas, Milchakov, tinha emitido o segundo manifesto: “O grupo cumpriu as suas tarefas, recebeu os recursos desta guerra, e não lutaremos nestas condições, pelos interesses de não se sabe de quem. Agradeço todos os que ajudaram (preservamos o equipamento do grupo). A próxima guerra está nos esperando”.

A próxima guerra é na Síria, onde a empresa russa “OOO Euro Polis” [Lda], celebrou um memorando de entendimento com o governo sírio em que comprometia-se à libertar os campos de petróleo e gás, as fábricas de processamento e outros objetos da infra-estrutura de gás e petróleo, capturados pelos opositores do regime, e depois defendê-los. Em resultado, a OOO Euro Polis deverá receber ¼ dos dividendos da produção de petróleo e gás destas mesmas unidades, também é reembolsada separadamente e de forma adicional nos seus custos de operações de combate. O memorando é válido por 5 anos, embora só entrará em vigor efetivo após a adopção de uma nova legislação síria, algo que pode simplesmente não acontecer.
Os dados fiscais russos da OOO Euro Polis (PDF, 107 Kb)
A própria  “OOO Euro Polis”, registada em julho de 2016 como uma empresa fantasma (com apenas um funcionário, sem escritório, página web ou contactos), em maio de 2017 aumentou o seu capital social dos 10.000 (174) aos 3 milhões de rublos (52.110 dólares) e abriu, oficialmente um escritório em Damasco. A mesma publicação russa, no decorrer da sua investigação jornalística chegou ao conclusão de que “OOO Euro Polis” pertence ao bilionário russo Yevgeny Prigozhin, conhecido como “cozinheiro do Putin” e que ocupa uma posição próxima de monopólio no mercado de logística militar do exército russo.

Bónus
Em março de 2016 na Síria, nos arredores da Palmira, foi abatido mais um terrorista russo, Alexei “Memphis” Savko (10/04/1987 – 28 anos), mercenário da EMP Vagner, com participação nas atividades terroristas no leste da Ucrânia entre junho de 2014 e verão de 2015.

1 comentário:

Unknown disse...

espero que todos morram por lá