A
“cortina de ferro” que cercava União Soviética, favorecia, de certo modo, a sua
classe criativa, alinhada com o regime. Os compositores copiavam as canções
ocidentais, os estilistas as roupas, os cineastas os filmes. Quem irá saber o
que se passava na pátria dos “operários e camponeses”?..
Em
1930, o realizador norte-americano Lionel Barrymore, produziu The Rogue Song (Amor de
Zíngaro (título no Brasil) ou A Canção do Bandido (em Portugal)), uma
tragicomédia do género musical, estrelada por Lawrence Tibbett e Catherine Dale
Owen.
Na
foto são os atores americanos (de esquerda à direita): Stan Laurel (Ali-Bek); Lawrence Tibbett (bandido
romântico Yegor) e Oliver Hardy (Murza-Bek). O trama se gira ao torno de uma jovem
mulher, raptada algures no Cáucaso e o seu amor-ódio impossível ao chefe dos
seus raptores.
37
anos depois, em 1967, na União Soviética fez o enorme sucesso (visto por 76,54
milhões de espetadores) a comédia do realizador Leonid Gaidai, chamada A
prisioneira do Cáucaso ou as Novas aventuras do Shúrik (título internacional em inglês: Kidnapping, Caucasian Style).
Na
foto são os atores soviéticos (de esquerda à direita): Yuri Nikulin (Parvo); Yevgeny Morgunov
(Habilidoso) e Georgy Vitsin (Medroso). O trama se gira ao torno de uma jovem mulher, «estudante,
membro da Komsomol, desportista e finalmente, uma beleza!», raptada algures no
Cáucaso e o seu ódio aos seus raptores.
O
desenrolar da história, o “interior da trama” são realmente diferentes, mas
parece mais de que evidente que as personagens dos bandidos patetas foram
simplesmente plagiados pelo Gaidai e a sua equipa de guionistas.
Mais
uma vez, quem é que irá saber o que se passava na pátria dos “operários e camponeses”?..
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